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10/04/2008 - 08:58

Hamburg Süd registra em 2007 maior volume de investimentos da história


Foram cerca de €600 milhões, quase 70% acima dos valores do ano anterior.

Hamburgo, 09 de abril de 2008 - Estimulada pela continuidade do grande crescimento mundial de cerca de 5%, os embarques de cargas em contêineres registraram um aumento no volume pouco menor que 11% em 2007. Com ganhos de volume de 17%, para 2,14 milhões de TEUs, o Grupo Hamburg Süd ficou novamente acima da média do mercado. Esse forte impulso é reflexo do crescimento do Serviço Trident, que liga a Europa aos EUA e Austrália/Nova Zelândia, bem como do forte crescimento no volume de cargas da Ásia.

Isto produziu um crescimento significativo no turnover dos serviços com relação ao ano anterior. O setor “tramp” também registrou um crescimento de dois dígitos, mantendo sua participação de aproximadamente 13%. Apesar do dólar americano muito fraco, a Hamburg Süd, juntamente com a empresa de navegação brasileira Aliança, registrou um aumento no turnover de 12%, ou €400 milhões, chegando a quase €3,6 bilhões.

Em virtude, principalmente, do aumento dos custos operacionais, infelizmente esses fatos não foram totalmente registrados nos resultados. De especial importância nesse contexto são os custos significativamente maiores do bunker. Apesar de tudo, o resultado geral do Grupo Hamburg Süd em 2007, em virtude das operações de bulk (granel) foi extremamente bem sucedido, sendo classificado como completamente satisfatório.

As operações da Costa Container Lines S.p.A. (CCL), que passaram a ser controladas pela Hamburg Süd em 1º de dezembro de 2007 e cujos serviços continuam a operar com o mesmo nome, ainda não fizeram nenhuma contribuição perceptível para o turnover e para os resultados do ano passado.

Com o objetivo de dar suporte ao crescimento dos negócios e ao aumento da participação de navios e contêineres próprios, os investimentos de aproximadamente €600 milhões ficaram quase 70% acima dos valores do ano anterior, tornando-se o mais alto volume de gastos de capital na história da Hamburg Süd. O maior item individual foi representado pelos pagamentos dos seis novos navios da classe Bahia, que começaram a operar com bandeira alemã.

Outro dado importante foi o crescimento de 3% no número de funcionários, subindo de 4.096, em 2006, para 4.217, em 2007. A força de trabalho em terra cresceu em 85 colaboradores, totalizando 3.163. Cerca de 430 funcionários na Itália, Espanha, Argentina e em vários países da América Central foram acrescentados à folha de pagamento com a aquisição dos negócios da CCL, sendo que esses números foram incluídos no total apenas com base pro rata (proporcionalmente). Em termos mundiais, 108 trainees foram empregados em terra, doze a mais do que em 2006. A força de trabalho empregada no mar também aumentou 3%, para 1.050 (2006: 1.016). Como parte de sua iniciativa de treinamento, a Hamburg Süd preencheu 49 vagas para posições gerenciais náuticas e técnicas, onze a mais do que no ano anterior. Além disso, está contratando, cada vez mais, graduados em universidades para terceiros oficiais ou terceiros engenheiros, como medida de desenvolvimento da gerência júnior.

O ambiente econômico - A evolução positiva do crescimento econômico mundial em 2007 foi sustentada pelas principais economias emergentes, particularmente pela China (11,5%). As beneficiárias foram as transportadoras da Ásia. Em virtude de um dólar americano fraco, as exportações dos EUA também aumentaram, enquanto que o real forte do Brasil, inversamente, desacelerou as exportações brasileiras.

O forte crescimento da economia mundial foi acompanhado de um forte aumento na demanda de energia – principalmente nas economias emergentes – o que resultou em um aumento preocupante nos preços dos combustíveis para a indústria de navegação. Em 2007, o preço médio do bunker para o ano aumentou para quase USD 300/ton (base Roterdam), aproximadamente USD60/ton, ou 20% a mais do que o ano anterior. No início de novembro de 2007, a marca dos USD500/ton foi ultrapassada. No final de 2007, o preço manteve-se em USD 470/ton.

A boa utilização da capacidade resultou no aumento das taxas de “time-charter” dos navios porta-contêiner em quase todos os portes de classes, embora sem alcançar os níveis recordes do verão de 2005. No caso da tonelagem bulk, em contrapartida, um “boom” excepcional impulsionado pela forte demanda da China por carvão, minério de ferro e grãos produziu altas sem precedentes para os charters spot e por período.

Contêineres e navios - Paralelamente ao aumento das cargas, a capacidade de slots dos navios da Hamburg Süd (excluindo a CCL) cresceu 20%, para 241.000 TEUs, com a frota de contêineres composta de 93 navios, um acréscimo de cinco unidades. A capacidade média dos navios cresceu 13%. Um fator que contribuiu para esse aumento foi a entrada em operação dos seis novos navios da classe Bahia (3.750 TEUs) e do primeiro novo modelo da série “Monte” (5.560 TEUs). Juntamente com os 62 graneleiros e navios-tanque, 155 navios (excluindo a CCL) estavam sendo operados no final do ano, 16 a mais do que em 2006.

Vinte e dois navios da CCL, com capacidade de slots de 35.000 TEUs, foram incorporados. A inclusão das operações da CCL deu ao Grupo o comando de mais de 115 navios porta-contêiner, com uma capacidade total de slots de 275.000 TEUs no final do ano. O inventário de contêineres também cresceu, aproximadamente, 15%, passando para 295.000 unidades no final do ano, e para 343.000 unidades com a inclusão dos 48.000 contêineres da CCL.

A cota de navios próprios vai crescer ainda mais nos próximos anos. No final de 2007, dezessete navios com uma capacidade aproximada de 104.000 TEUs estavam encomendados. O investimento total em navios e contêineres no período de 2008 a 2011 será de aproximadamente €1,7 bilhões.

Liner shipping - Em 2007, a Hamburg Süd obteve aumentos significativos no volume de cargas em praticamente todos os mercados. O impulso mais forte para o crescimento geral de 17% veio do Serviço Trident e dos serviços do Extremo Oriente. Graças a um real forte e ao crescimento robusto no Brasil (4,4%), o volume do Sul da Ásia, em particular, cresceu substancialmente. Isto também se aplica, embora em menor grau, aos demais comércios para a Costa Leste da América do Sul vindos da Europa e da América do Norte. Os embarques da Costa Leste da América do Sul para a Europa – especialmente commodities refrigeradas – apresentaram um aumento satisfatório, enquanto que o volume de mercado nas rotas comerciais para a América do Norte sofreu um declínio em conseqüência de um fortalecimento considerável do real com relação ao dólar americano.

A infra-estrutura logística nos portos sul-americanos continuou a se mostrar significativamente sobrecarregada em 2007. Os atrasos nos portos causaram transtornos à programação e produziram um aumento substancial nos custos.

Lançado em 2006, o Serviço Trident, de três continentes (Europa – Costa Leste da América do Norte – Austrália/Nova Zelândia) foi tão bem recebido pelos clientes, que a freqüência do serviço foi aumentada para embarques semanais no início de 2007. Entretanto, uma concorrência feroz evitou que as taxas dos fretes aumentassem o suficiente para compensar o aumento drástico nos custos de bunker. Na metade de 2008, com uma implementação otimizada de navios em conjunto com a Maersk Line, a Hamburg Süd colocará o serviço em um nível de melhor custo-benefício, mantendo o mesmo alto nível de qualidade.

Em termos gerais, o resultado dos serviços esteve de acordo com o planejado e significativamente melhor do que no ano anterior. Porém, está se tornando cada vez mais difícil absorver os aumentos dos custos por meio de melhorias da produtividade e ganhos adicionais.

Embarques Tramp - O comércio de granel seco operado por Rudolf A. Oetker (RAO), Hamburgo, Furness Withy Chartering, Londres e Melbourne, assim como pela Aliança Bulk, Rio de Janeiro, experimentou uma melhoria da evolução positiva que emergiu em 2006. O aumento contínuo nos volumes de cargas de carvão e minério de ferro amarrou a tonelagem em um grau ainda maior em virtude das condições de manuseio extremamente pobres nos principais portos de carvão da Austrália. Como o crescimento da tonelagem oriunda dos novos navios chegou a meros 7%, os charters spot e por período aumentaram consideravelmente em 2007. Em outubro de 2007, os índices alcançaram os maiores recordes de altas de todos os tempos em todos os portes de classe, antes da correção ocorrida nos últimos dois meses do ano.

As taxas diárias de time-charter em embarques de produtos em tanques relaxaram perceptivelmente ao redor da metade do ano, após um primeiro trimestre forte. Somente após o “Summer Slump” (queda do verão) as taxas spot novamente aumentaram rumo ao final do ano. O preço às vezes extremamente alto do petróleo, assim como as incertezas freqüentes sobre os acontecimentos políticos no Oriente Médio, Irã/Iraque e Venezuela, reprimiram o desenvolvimento do mercado consideravelmente.

Panorama para 2008 - Em 2008, as hipóteses apontam para um crescimento contínuo da economia mundial a uma taxa aproximada de 4%, que provavelmente será sustentada pelo poderoso progresso econômico da China (taxa de crescimento prevista de 10%), Índia (8%), Rússia (6,5%) e Brasil (4%). O setor de transporte marítimo por contêineres espera um aumento no volume mundial de carga de cerca de 8%.

Embora a capacidade de slots deva crescer um tanto mais rapidamente do que o volume mundial de carga, em virtude da entrada dos novos navios, não prevemos um excesso da capacidade global. Como o crescimento das cargas está ocorrendo predominantemente na área de longa distância, rotas de comércio mais movimentadas, entre Europa e Ásia, a capacidade ficará distribuída de forma desproporcional. Além disso, em virtude da lenta operação dos navios em muitos portos e do empenho dos armadores para reduzir a velocidade das embarcações para economizar combustível, os navios adicionais ficarão ocupados, sem aumentar a capacidade geral dos serviços marítimos.

Os cálculos mostram que, para manter a freqüência semanal nas rotas comerciais com longos trechos oceânicos, é necessário um navio adicional para reduzir a velocidade de 24 para 20 nós. Mesmo com a implementação de um navio adicional, a redução em consumo de bunker de mais de 100 toneladas por dia e navio a preços de bunker de USD480-500/ton produz uma economia geral de custos de, aproximadamente, US$ 30 milhões por ano para o sistema de navios.

Podemos esperar um crescimento substancial nos custos do serviço intermodal, transbordo, portos e bunker, como reação ao cenário de mais aumentos nos preços da energia e dos constantes gargalos na infra-estrutura dos portos e acessos. Para absorvê-los, os armadores precisam aumentar as sobretaxas de bunker e cambial, e implementar aumentos de USD200-250/TEU.

Neste cenário mais desafiador, as opções organizacionais internas assumem uma importância fundamental. Portanto, os serviços da Hamburg Süd e da CCL do Mediterrâneo para a Costa Leste da América do Sul, e da América do Sul para o Caribe, estão sendo integrados atualmente para explorar as grandes sinergias operacionais. Além disso, após a aquisição da CCL, a Hamburg Süd pode gerar produtividade adicional em muitos de seus escritórios. Finalmente, a implementação dos novos navios deverá refletir em significativas economias de escala, reduzindo os custos de slots.

No transporte de granéis, a expectativa é da manutenção de altas taxas de charter e níveis de embarques. Entretanto, a Hamburg Süd espera que a entrega de novos navios em 2010 tenha o efeito de amortecer os níveis das taxas. No caso dos navios tanque, o cenário será similar, com base em uma demanda de energia ainda maior e uma capacidade limitada de refinar nos EUA e no norte da Europa, embora se espere aqui um declínio dos níveis de embarques já para 2008/2009, em virtude de muitas entregas de novos navios.

A criação de sistemas de EDP (Processamento Eletrônico de Dados) novos também deverá trazer uma maior racionalização através da automação e da padronização dos processos de trabalho e, ao mesmo tempo, permitir uma melhoria contínua da qualidade dos serviços. O futuro sistema GLOBE foi planejado para oferecer um suporte eficiente a todas as funções comerciais e operacionais das atividades do Grupo Hamburg Süd.

Além disso, o staff receberá apoio na otimização dos processos logísticos para, por exemplo, aumentar a produtividade dos contêineres e minimizar o posicionamento vazio. Após anos de desenvolvimento do conceito e programação, o grupo pretende introduzir a primeira fase do sistema GLOBE na organização no final de 2009.

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