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07/06/2018 - 08:18

A (in)segurança na quarta revolução industrial

Nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, robótica, internet das coisas, inteligência artificial, veículos autônomos e blockchain são algumas das inovações que estão, na sua maioria, em estágio inicial, mas já próximas do ponto de inflexão do seu desenvolvimento, ou seja, daqui a pouco a sociedade terá acesso a essas inovações. Segundo o professor Klaus Schwab, autor do livro A Quarta Revolução Industrial, as mudanças provocadas por essa revolução são tão profundas, que, na perspectiva histórica da humanidade, nunca houve um momento tão promissor e potencialmente perigoso.

Para o indiano naturalizado americano Vivek Wadhwa, um dos mais influentes especialistas em inovação e tecnologia da atualidade, em 20 anos os humanos serão superados por sistemas de inteligência artificial (IA). Em uma entrevista concedida em 2017, Wadhwa afirmou: "Estamos criando uma nova espécie e não temos ideia do que ela é. Os macacos sabiam o que resultaria de sua evolução, o que viria a ser um humano?"

Elon Musk, presidente executivo da Tesla, é outro que constantemente chama atenção para a ameaça potencial que a IA pode representar à nossa civilização. Ambos defendem a regulamentação para evitar que a corrida pela adoção da IA não extrapole os limites de segurança. Cabe lembrar que a IA é parte da profusão de novidades tecnológicas que marcam a quarta revolução industrial.

A privacidade é impactada por grande parte das mudanças tecnológicas que fazem parte dessa revolução e provoca algumas reflexões; o quanto a sociedade está disposta a abrir mão do direito à privacidade em nome da comodidade ou de benefícios, por exemplo, ao adotas as tecnologias implementáveis? Marcos legais, como o General Data Protection Regulation (GDPR), serão suficientes para garantir o direito à privacidade?

Ataques cibernéticos a carros inteligentes podem provocar acidentes fatais, o comprometimento de dispositivos inseguros conectados à internet para realização de ataques de negação de serviço será cada vez mais comum, caso não tenhamos controles eficientes para proteger a internet das coisas.

Novos modelos de negócios, como aqueles que surgem com a evolução da impressão 3D, no qual o ativo comercializado é o modelo, e não mais o produto em si, estão suscetíveis à pirataria, caso não sejam adotados modelos de controle de acesso eficientes. A quarta revolução industrial, diferentemente do que o título deste artigo possa sugerir, não é necessariamente insegura, contudo impõe uma série de desafios no que diz respeito à proteção e à continuidade dos novos modelos de negócios. A superfície de ataque é bastante ampla (reúne diferentes tipos de sistemas ciberfísicos interconectados via nuvem), o ambiente é mais complexo, se comparado com redes corporativas (as comunicações não ocorrem apenas baseadas em protocolos conhecidos), e os impactos de ataques cibernéticos bem-sucedidos em uma fábrica ou cidade inteligente podem resultar em um cenário que nem mesmo as equipes mais qualificadas de resposta a incidentes possuem experiência para tratar.

. Por: Leonardo Lemes, diretor de Segurança Cibernética da Service IT, integradora de soluções e serviços de TI especializada em outsourcing e consultoria, com mais de 20 anos de atuação.| Service IT — Integradora de soluções e serviços de TI desde 1995, a Service IT é especializada em outsourcing e consultoria. A empresa possui uma equipe de profissionais altamente treinados e distribuídos em escritórios em Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Santiago, com estrutura preparada para atender toda a América Latina. Com um Centro de Operações próprio, a Service IT monitora e gerencia o ambiente de TI de seus principais clientes. Representa, como parte de seu portfólio de soluções de infraestrutura: AWS, Dell EMC, IBM, Oracle, Microsoft, Red Hat, ServiceNow, Veeam, Veritas e VMware, e soluções de segurança: Palo Alto, PhishX, Sophos, SonicWall, Symantec e Trend Micro, atuando como um parceiro estratégico em cada um desses fabricantes. Mantém unidades de negócios especializadas em infraestrutura, serviços gerenciados, nuvem e segurança e investe na certificação e capacitação de seus profissionais, para se destacar no mercado e prestar serviços que superem as expectativas de seus clientes.

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