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08/06/2018 - 06:57

Riscos causados pelo homem preveem custos de US$ 320 bilhões por ano, em média

Londres — Riscos causados pelo homem como crimes cibernéticos, conflitos internacionais ou colapsos no mercado financeiro representam uma ameaça maior à produção econômica do que desastres naturais como furacões, enchentes, terremotos e vulcões, colocando um valor estimado de US$ 320,1 bilhões do PIB global em risco a cada ano em média, de acordo com o Lloyd's, especialista mundial no mercado de seguros e resseguros.

O Lloyd's City Risk Index, construído em colaboração com a Universidade de Cambridge, é um estudo único que mede o impacto de 22 ameaças na produção econômica projetada de 279 cidades.

O índice revela que 279 cidades em todo o mundo - os principais motores do crescimento econômico global com um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de US$ 35,4 trilhões — arriscam perder em média US$ 546,5 bilhões da sua produção econômica anualmente (“PIB em Risco”), considerando todas as 22 ameaças. Isso compreende US$ 320,1 bilhões para riscos gerados pelo homem e US$ 226,4 bilhões para catástrofes naturais.

As principais tendências identificadas pelo índice são: As ameaças geradas pelo homem estão em ascensão: Estes tipos de ameaças representam 59% de todo o “PIB em Risco” global. O colapso do mercado financeiro é identificado como a maior ameaça à economia global, colocando em média US$ 103,3 bilhões em produção econômica global em risco por ano. Refletindo o crescente nível de instabilidade geopolítica em todo o mundo, o estudo indica que conflitos entre nações é o segundo maior risco — totalizando US$ 80,0 bilhões de “PIB em Risco”.

As alterações climáticas ainda são um grande fator de risco: os riscos relacionados ao clima respondem juntos por US$ 123,0 bilhões de “PIB em Risco”, e espera-se que essa soma cresça à medida que os eventos climáticos extremos se tornarem cada vez mais frequentes e graves. Os eventos climáticos mais custosos são os vendavais, que representam US$ 66,3 bilhões de “PIB em Risco” e as enchentes, o que coloca em risco mais US$ 42,9 bilhões da produção econômica.

A maior parte do risco está concentrada em algumas cidades: as 10 cidades com maior “PIB em Risco” enfrentam juntas US$ 126,8 bilhões em perdas potenciais para a produção econômica a cada ano. Isto representa quase um quarto do “PIB em Risco” total e mais do que o montante do “PIB em Risco” na África, no Oriente Médio e na América Latina combinados. Essa descoberta reflete a crescente concentração de riqueza em certas regiões geográficas e, portanto, a vulnerabilidade da economia global a eventos perturbadores.

A construção de resiliência é uma prioridade urgente: o índice classifica a resiliência de cada cidade com base em critérios como financiamento para serviços de emergência e níveis de seguro. Se cada cidade do índice melhorasse sua resiliência ao nível mais alto, o “PIB em Risco” global diminuiria em até US$ 73,4 bilhões.

Eventos extremos são raros, mas geram muitos custos quando ocorrem. Para refletir esse fato, o índice calcula a média dessas grandes perdas para produzir uma estimativa de perda média anual – chamado de “PIB em Risco” (PIB@Risk, em inglês).

No entanto, as perdas reais de um evento extremo qualquer podem ser muito mais altas. Uma ilustração é fornecida por Los Angeles, onde, de acordo com o índice, a estimativa média de perda anual para um terremoto é de US$ 2,7 bilhões do “PIB em Risco”. No entanto, de acordo com o mesmo índice, em um cenário extremo, um terremoto em Los Angeles poderia fazer com que a cidade perdesse até US$ 380,4 bilhões de PIB.

Segundo o presidente do Lloyd’s, Bruce Carnegie-Brown, “nenhuma cidade será completamente livre de riscos. Rupturas sempre ocorrerão, seja o resultado de um furacão ou um ataque cibernético. Criamos esse índice exclusivo para ajudar as cidades em todo o mundo a identificar, entender e quantificar sua exposição ao risco, o que ajudará a priorizar investimentos e criar resiliência”.

“O índice mostra que investir em resiliência - de defesas físicas contra inundação a firewalls e cibersegurança aprimorada, combinadas com seguro — ajudará a reduzir significativamente o impacto de eventos extremos nas cidades, melhorar a estabilidade econômica e aumentar a prosperidade para todos. Peço às seguradoras, governos e empresas que analisem o índice e trabalhem em conjunto para reduzir essas exposições, construindo infraestrutura e instituições mais resilientes”, prosseguiu Carnegie-Brown.

O professor Daniel Ralph, diretor acadêmico do Centro de Estudos de Risco de Cambridge, da Universidade de Cambridge, Judge Business School, acrescentou: “Uma forma de pensar sobre o ‘PIB em Risco’ é quanto de dinheiro que uma cidade prudente precisa separar a cada ano para cobrir o custo de eventos em risco. O Lloyd's City Risk Index ajuda governos, empresas e o setor de seguros a entender as implicações econômicas de uma variedade de riscos naturais e provocados pelo homem e usa a métrica do ‘PIB em Risco’ para melhorar sua preparação e resiliência.

“Uma das características mais proeminentes do índice é o aumento mundial do risco geopolítico, impulsionado em grande parte pela ameaça de conflitos entre nações e distúrbios civis. Provavelmente veremos esta tendência continuar em um nível global”, finalizou o acadêmico.

Perfil — O Lloyd's City Risk é o produto de uma parceria de pesquisa entre o Lloyd’s e o Centro de Estudos de Risco da Universidade de Cambridge, Judge Business School. Para ver o índice, visite www.lloyds.com/cityriskindex

Os 22 riscos medidos pelo índice são: . Provocados pelo homem: falta de energia, acidente nuclear, colapso nos preços das commodities, distúrbios sociais, conflito civil, ciberataques, terrorismo, conflito entre nações, calote na dívida soberana, colapso do mercado financeiro.

Naturais: onda de calor, tempestade solar, geada, tempestade tropical, tempestade temperada, seca, enchente, terremoto, tsunami, erupção de vulcão, epidemia de plantas, pandemia humana.

O primeiro Lloyd’s CityRisk Index foi lançado em 2015. Para 2018, a metodologia foi atualizada, o que significa que não é possível comparar os dados entre os dois índices.

O índice de 2018 inclui três novos riscos: conflito entre estados, conflito civil e revolta social para refletir a ameaça que representam para as economias em todo o mundo. Tempestades foram divididas em tempestades temperadas e tropicais. Choque de preço do petróleo se tornou choque no preços de commodities.

O índice de 2018 também agrupa algumas cidades contíguas em áreas metropolitanas. Assim, embora haja menos de cidades do que no índice de 2015 — 279 versus 301 — a população total permanece a mesma e ainda representa a mesma quantidade de produção do PIB.

O indicador mostra quanta produção econômica (PIB) uma cidade perderia em média anualmente como consequência de vários tipos de eventos de risco raros que podem ocorrer uma vez a cada poucos anos, como um terremoto, ou de eventos mais frequentes, como como ataques cibernéticos.

O “PIB em Risco” é uma estimativa de perda média anual - em outras palavras, é uma projeção baseada na probabilidade de perda da produção econômica da ameaça. Os níveis de resiliência de cada cidade são levados em conta, incluindo a governança da cidade, a coerência social, o acesso ao capital e a infraestrutura estatal. Se uma cidade é muito resiliente, pode esperar perdas menores.

Utilizando o valor do “PIB em Risco”, o indicador fornece uma estimativa da perda média anual para a economia de cada cidade, de cada risco. Riscos extremos são muito raros. Um terremoto, por exemplo, não acontece todos os anos, mas quando isso acontece, pode causar uma perda muito grande. O índice, portanto, calcula a média dessas grandes perdas para produzir uma estimativa de perda média anual. Essa perda média anual é equivalente à quantia que uma cidade precisaria anular a cada ano para substituir essas perdas à sua economia no longo prazo. Além disso, quando ocorre uma grande catástrofe, a ruptura econômica normalmente dura vários anos. Por esse motivo, o índice contabiliza todas as perdas plurianuais na estimativa de perda média anual.

Perfil — O Lloyd’s é o especialista mundial em mercado de seguros e resseguros. Com a expertise adquirida ao longo dos séculos, o Lloyd’s é a fundação da indústria de seguros e o seu futuro. Liderado por seguradores e corretores especializados em mais de 200 territórios, o mercado do Lloyd’s desenvolve os seguros essenciais, complexos e críticos necessários para garantir o progresso humano. Apoiado por um capital global diversificado e excelentes classificações financeiras, o Lloyd’s trabalha com uma rede global de mais de 4.000 profissionais de seguros para aumentar o mundo segurado - construindo resiliência para negócios e comunidades locais, além de fortalecer o crescimento econômico em todo o mundo.

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