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14/06/2018 - 07:19

Professor da FGV CPDOC analisa reunião entre Kim Jong-un e Donald Trump

Para o coordenador do MBA de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Oliver Stuenkel, a reunião entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma grande vitória do ditador asiático. Para ele, é o maior reconhecimento que Kim Jong-un que poderia ter.

"É a primeira vez que um líder de um pequeno estado totalitário, com pouquíssima relação com o resto do mundo, consegue um encontro com o presidente dos Estados Unidos. É um reconhecimento do regime, que muito se parece com uma seita. O país cresceu muito pouco economicamente e Kim possui inimigos internos. Com esse encontro, ele ganha força, e reduz a probabilidade de uma rebelião contra o seu governo", analisa Oliver Stuenkel.

O professor da FGV CPDOC aponta que é muito improvável que a reunião resulte agora em decisões importantes. Isso porque, segundo ele, existe um histórico de não cooperação dos líderes norte-coreanos. "Acredito que Kim Jong-un quer apenas ganhar tempo para desenvolver ainda mais o seu programa nuclear", diz o especialista em relações internacionais.

Oliver Stuenkel afirma ainda que é muito improvável que Kim Jong-un abandone seu projeto de fabricação de armas de alta destruição. A razão, de acordo com Stuenkel, é que ele sabe que o governo dos EUA tem rasgado diversos tratados recentemente assinados. "Muammar Kadafi, ex-primeiro-ministro da Líbia, depois de aceitar a proposta dos EUA, viu seu país sob intervenção militar comandada pelos EUA e foi morto", lembra o professor da FGV.

Por fim, Stuenkel ressalta que alguns especialistas em relações internacionais dizem que o processo, articulada pelo assessor de Trump John Bolton, foi feito para fracassar. "Esse resultado poderia ser usado para justificar uma intervenção militar no país, o que a China não quer, porque causaria uma onda de imigração para o seu país e causaria e um colapso econômico mundial que incluiria prejuízos até para o Brasil", avalia Oliver Stuenkel.

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