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20/06/2018 - 08:34

Resgate de tradição cultural gera oportunidades em comunidade carioca

Projeto em parceria com a Fundação BB possibilitará o funcionamento anual da Casa do Jongo.

Um patrimônio cultural preservado por gerações tem permitido que jovens e crianças da comunidade de Serrinha, no Rio de Janeiro, tenham acesso à educação e ao lazer. Trata-se do Jongo, uma expressão afro-brasileira que agrega dança e percussão, trazida pelos negros escravizados do Congo e de Angola, que se fixaram na região sudeste do País. O movimento cultural foi reconhecido como Patrimônio Imaterial do Brasil, título concebido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2005.

A Casa do Jongo, sediada na comunidade, tem sido uma ferramenta de inclusão social, uma vez que há uma carência de equipamentos escolares e culturais na região. São apenas duas creches e duas escolas municipais de educação fundamental, deixando muitas crianças e jovens ociosos na maior parte do tempo.

A instituição oferece oficinas de capoeira, percussão afro, percussão de samba, teatro, cultura popular e jongo recreação. As atividades regulares têm mudado a realidade local e, ao mesmo tempo, incentivado os jovens e as crianças a resgatarem a cultura ancestral.

É o caso de Gabriel Nunes, 25. Frequentador assíduo dos cursos da Casa, desde os 11 anos, hoje é diretor de bateria e um dos fundadores do grupo Herdeiros do Jongo, com mais de 60 alunos. “Quando saía da escola, vinha para cá ao invés de ficar na rua. Acredito que não me envolvi com coisas erradas, devido a este centro cultural, que me acolheu e introduziu essa cultura linda na minha vida”, declarou.

Já a adolescente Maria Júlia Mendes também é grata à instituição que permitiu a ela assumir uma grande responsabilidade aos 16 anos de idade: ser diretora de bateria do grupo. “Estamos aqui para não deixar essa cultura morrer, para ensinar tudo que aprendemos a outras crianças”, disse.

Um dos ícones do espaço é também fundadora da entidade, Maria de Lourdes Mendes, de 97 anos, também conhecida como Tia Maria do Jongo. Ela é uma das principais responsáveis pela manutenção da memória dessa tradição e por transmitir às novas gerações os ensinamentos do ritmo, um dos precursores do samba. A casa já atua há mais de cinquenta anos.

A parceria com a Fundação Banco do Brasil dará continuidade ao projeto, permitindo a preservação das atividades pedagógicas a 400 participantes no contraturno escolar. O investimento social é de R$ 497 mil.

A assessora da Fundação BB, Mariana Oliveira, destacou a importância do apoio à Casa do Jongo, que apesar de seu importante papel, chegou a ter suas atividades paralisadas por falta de recursos financeiros. “Quando fomos procurados por suas representantes, logo nos sensibilizamos.

A Fundação Banco do Brasil, cumprindo seu papel de apoiar a educação como instrumento de transformação de vidas, imediatamente se comprometeu a viabilizar a continuidade das oficinas que proporcionará educação inclusiva e ações de aprendizagem dessas crianças e adolescentes.

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