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20/06/2018 - 08:34

Pesquisadora da FGV Energia explica o recente aumento do petróleo no mercado internacional

Para a pesquisadora da FGV Energia Fernanda Delgado, o recente aumento do petróleo no mercado internacional é motivado pelo aumento dos riscos geopolíticos e pelo declínio dos estoques norte-americanos. De acordo com ela, o Oriente Médio é o epicentro dessa crise, mas a Venezuela também contribui, uma vez que sua indústria petrolífera precisa de investimentos, mas o colapso econômico e a situação política volátil do país levaram a um rápido declínio da produção.

"No Oriente Médio, o Irã viu-se novamente embargado pelos Estados Unidos, o que removeu 1 milhão de barris de petróleo diários da oferta internacional. Já a Arábia Saudita tem buscado reformas econômicas, religiosas e sociais, o que tem levado o país a, assertivamente, reduzir a influência iraniana, com apoio dos EUA", explica Fernanda Delgado.

Ainda segundo a especialista, os cortes de produção propostos visam incrementar os preços no mercado internacional com foco na abertura de capital da Saudi Aramco – companhia petrolífera estatal da Arábia Saudita. "Ainda pelo lado da oferta, a estimativa da Energy Information Administration (EIA) para o crescimento da produção dos não participantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em 2018 é de 2 milhões de barris por dia e 1,4 milhões de barris por dia para 2019. Está incluído aí um possível modesto aumento da produção russa, visto como uma contribuição para compensar a perda de produção do Irã e da Venezuela", analisa a pesquisadora da FGV Energia.

Fernanda Delgado, no entanto, diz que mesmo que as ofertas de Irã e Venezuela sejam contrabalançadas, esse ajuste fino no mercado no próximo ano pode levar a preços mais altos, no caso de novas perturbações.

Preços em 2018 e 2019 - A pesquisadora da FGV Energia diz que com base nas evidências geopolíticas e entendendo que o IPO da estatal saudita só deverá ocorrer no fim de 2018, os indícios levam a entender que o novo patamar de preços deve se manter. No curto prazo, Delgado espera uma queda ainda maior dos estoques mundiais, corroborando com o ambiente atual de preços.

"Entretanto, a expectativa para 2019 é de crescimento de produção e desaceleração da demanda global, mesmo que os riscos geopolíticos se mantenham para 2019, assim como os cortes de produção da OPEP", destaca Fernanda Delgado.

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