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11/04/2008 - 10:09

Brasileiro assume responsabilidade moral, mas não financeira por danos ambientais

Market Analysis constata, em estudo, que 47% admitem preocupação com sustentabilidade acima de benefícios como emprego e inflação.

A Market Analysis, instituto de pesquisa e opinião pública, apresenta os resultados do estudo "Os Brasileiros Diante das Mudanças Climáticas - A Superação do Dilema Economia versus Meio Ambiente". A pesquisa analisou um dos habituais questionamentos diante da evidência de alta sensibilidade à questão, propondo reflexão sobre o que ocorre quando o assunto é inserido como parte do conflito real entre cuidar do meio ambiente ou crescer mais economicamente.

O debate sobre a viabilidade do modelo sustentável de desenvolvimento fica claro quando se expõe a questão de prioridade entre economia e o cuidado com a natureza. Este antagonismo captura o verdadeiro desafio com o qual consumidores, governos e empresas lidam diante do tema meio ambiente.

Segundo Fabian Echegaray, diretor da Market Analysis, mesmo quando provocados a pensar no peso relativo da preocupação ambiental perante outras questões de importância cotidiana, como desemprego ou inflação, há uma proporção substancial de consumidores que colocam o meio ambiente como questão central. "Esta proporção revela uma opinião pública dividida ao meio, que alimenta a tensão entre o crescimento e o ambientalismo", afirma Echegaray. "Mesmo em circunstâncias favoráveis a um discurso de relativização do peso ambiental sobre o econômico, 47% dos entrevistados admitem preocupação privilegiada pela sustentabilidade acima de benefícios de impacto material, como mais emprego e menos inflação", acrescenta.

Outra mostra da existência de uma clara divisão de opiniões surge ao avaliar as implicações econômicas de um ajuste ambiental na sociedade. Quando perguntados sobre a possibilidade de a economia sofrer um desgaste ao tentar cortar as emissões de gases, 49% se identificaram com essa opção, revelando orientações conservadoras, enquanto 44% a questionaram.

Visão do consumidor sobre atuação empresarial - Se existe uma crença ambientalista relativamente imune aos apelos de crescimento econômico entre parte dos brasileiros, isso ocorre também, como resultado da impressão que os atores econômicos ainda precisam fazer mais a respeito. Esta é a opinião de 40,4% dos entrevistados, que julgam as atitudes realizadas pelo empresariado não suficientes para assegurar a preservação do meio ambiente.

Quem paga por isso? - O problema do aquecimento global envolve dimensão financeira: quem deve pagar pela solução? O estudo revela que na visão dos brasileiros, a resposta predominante é que quem polui deve contribuir para neutralizar o impacto, porém com o comprometimento dos países ricos em financiarem esta ação. No Brasil é alto o senso de responsabilização moral (63%) - maior que nos outros integrantes da América Latina (média 59%) e da Europa (61%). Porém foi constatado que a adesão à opinião de que os países mais abastados (desenvolvidos) devem financiar esta ação é ainda maior (73%).

Ficha técnica - Os dados fazem parte da pesquisa Barômetro Ambiental, estudo anual realizado com exclusividade pela Market Analysis no Brasil, sendo reproduzido simultaneamente em outros 21 países, por meio de uma rede de institutos de pesquisas parceiros. Amostras representativas dos adultos entre 18 e 69 anos, residentes nas oito principais capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife e Brasília. Entrevistados 802 adultos, pessoalmente no domicilio do entrevistado. Margem de erro de aproximadamente 3,4%.

Perfil da Market Analysis - Instituto de pesquisas de mercado e opinião pública, a Market Analysis Brasil possui mais de dez anos de experiência em estudos relacionadas aos mais diversos temas sócio-econômicos do mercado nacional e internacional, principalmente para os países da América Latina. Com destaque para os assuntos relacionados à sustentabilidade, meio ambiente, saúde, telecomunicações, comportamento social, novas tecnologias de informação e comunicação e bens de consumo; além de projetos relacionados ao custo-benefício entre preços e atributos, tamanho e segmentação dos mercados, identificação de prospects, introdução de novos produtos e conceitos no mercado (turismo, marketing esportivo e entretenimento). Afiliada da Abep (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa) e da Esomar (Associação Mundial das Empresas de Pesquisa de Mercado), a entidade realiza anualmente pesquisas sobre Reputação Empresarial e Responsabilidade Social e já coordenou mais de 700 projetos em 20 estados brasileiros. O instituto desenvolve regularmente projetos para empresas de atuação global, como BBC World News, Nestlé, Philips, Roche, Unilever, Petrobras, Coca-Cola e Pão de açúcar.

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