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22/06/2018 - 07:52

Estou falando demais


Saber ouvir é um aspecto chave para a liderança mas, ainda assim, muitas vezes falamos mais do que o necessário. Mesmo quando estamos "ouvindo", já estamos pensando na nossa resposta, mesmo antes das pessoas terminarem o que estão nos dizendo, ou interrompemos para fazer valer o nosso ponto de vista.

Já vi trabalho ser recusado por se falar demais. Sabe quando a campanha já está praticamente vendida, mas continuamos tentando convencer o cliente de que o trabalho é o melhor para a marca — até que ele, na mesma reunião, acaba recusando? Pois bem: falar demais pode ter consequências ruins. E isso vale também para negociações.

Portanto, se você está tentando convencer alguém sobre algo, o ato de ouvir é, na maioria das vezes, muito mais poderoso do que falar.

Trabalhamos com a comunicação e uma das maiores habilidades que deveríamos ter é a de saber ouvir (ou como falamos aqui nos EUA, “active listening”). O bom ouvinte também tem a sua opinião mais respeitada.

Trabalhamos com a comunicação e uma das maiores habilidades que deveríamos ter é a de saber ouvir (ou como falamos aqui nos EUA, “active listening”). Saber ouvir de verdade mostra que você ganhou o direito de dar a sua opinião ou colocar o seu ponto de vista.

A comunicação existe para promover o entendimento entre as pessoas, mas sem ouvir de verdade, com presença, isso não acontece. Parece simples, mas exige atenção e prática.

Por aqui, numa cultura globalmente conhecida por ser muito competitiva, este tema é muito relevante. Encontrar “active listeners”, onde todos querem falar e liderar, não é fácil; por isso, aqui, treinamos e prestamos muita atenção na nossa habilidade em ouvir.

Não dá pra ser um bom atendimento, criativo, estrategista, mídia, GP ou qualquer outra posição sem saber ouvir e praticar. É imprescindível. Não seja pego de surpresa por você mesmo.

Não dá para ser um bom atendimento, criativo, estrategista, mídia, GP ou qualquer outra função ou posição sem saber ouvir e praticar. É imprescindível. Não seja pego de surpresa por você mesmo.

O primeiro passo é o de autoanálise. Esteja atento ao seu próprio comportamento enquanto ouve. Evite julgar e use a empatia como sua aliada: ela é fundamental para mostrar que você está presente, em sintonia e conectado com o seu interlocutor.

Mostrar que ouve de verdade, com presença, faz com que o outro sinta-se à vontade para falar de maneira mais aberta. Dê sinais de que está ouvindo. Fazer uma pergunta ou repetir algo que foi dito, para marcar ou esclarecer o ponto discutido, mostra que você entendeu a mensagem (só não faça isso interrompendo a pessoa).

Este é um exercício muito interessante e aqui, em nossas conversas quando juntamos todo o grupo, dividimos nossas experiências, e aprendemos uns com os outros sobre como “active listening” influencia na liderança. Parece ser algo pequeno mas tem um grande impacto desde o entendimento do problema que à ser resolvido até em apresentações e mesmo em negociações.

Nossos clientes procuram parceiros que saibam ouvir de verdade, que tenham e demonstrem interesse genuíno sobre as suas necessidades e problemas. De modo que a pergunta a ser feita é: “Estou ouvindo de menos?”

. Por: Alec Cocchiaro, publicitário e há dois anos trabalha no mercado americano; é hoje o vice-presidente executivo de atendimento da FCBde Nova Iorque (FCB NY). Formado na Universidade Metodista de São Paulo onde foi palestrante e professor de Planejamento Publicitário, trabalhou em grandes agências do Brasil, como Leo Burnett, Lowe, Y&Re FCB, obtendo as principais premiações na área. Liderou marcas reconhecidas internacionalmente com excelentes resultados para os seus clientes. | [email protected] | + 1 (804) 269-6562 (NY-USA).

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