Brasileiro foge dos grandes bancos para enviar dólares para o exterior

“Infelizmente, após três tentativas, uma taxa ruim e 48 horas para me responderem, percebi que o meu banco não tinha interesse neste tipo de operação”, explica Jorge Maia, empresário com imóvel nos EUA.

Os grandes bancos de varejo possuem diversos produtos e serviços, entretanto, não conseguem priorizar absolutamente tudo. As metas impostas para os gerentes são focadas nos produtos mais rentáveis, como concessão de crédito, seguros e venda de CDBs para correntistas. Outros produtos como assessoria especializada para investimentos e câmbio, são oferecidas condições atrativas. Entretanto, desde a crise de 2008, quando os imóveis nos EUA chegaram a cair mais de 50% e o dólar estava desvalorizado em relação ao real, muitos brasileiros aproveitaram a oportunidade e realizaram o sonho de comprar um imóvel na América. Alguns deixaram alugados como investimento, outros usam para férias com a família ou até mesmo foram morar.

Porém, para toda esta operação é necessário o envio de dólares através de remessas de câmbio, ou seja, o dinheiro precisa sair do Brasil e ser transferido para os Estados Unidos, muitas vezes em 60 prestações, porém, de forma legal, de acordo com a Receita Federal e Banco Central e com uma taxa de câmbio atrativa. É exatamente neste momento que o brasileiro encontra dificuldade em realizar a operação nos grandes bancos de varejo nacionais. “Infelizmente, após três tentativas, uma taxa ruim e 48 horas para me responderem, percebi que o meu banco não tinha interesse neste tipo de operação”, explica Jorge Maia, empresário com imóvel nos EUA.

O diretor de Câmbio da FB Capital, assessoria de câmbio especializada neste tipo de operação, reconheceu este nicho de mercado e criou a maior empresa independente do segmento, responsável pelo envio de remessas para mais de 1.100 imóveis no exterior, totalizando mais R$ 512 milhões, divididos em 700 clientes. “Um negócio para dar certo precisa resolver a dor do cliente. No passado fomos pioneiros a verificar que existia este nicho e começamos a atender grande parte dos corretores de imóveis americanos que vendem para brasileiros. Esses profissionais querem uma empresa que resolva para seu cliente de forma segura e, principalmente, muito, muito rápido, desde a aprovação do cadastro até o dinheiro chegar na outra ponta. Já recebemos oferta de compra de duas grandes instituições financeiras, mas vender o negócio não faz parte dos nossos planos, tendo em vista que é um mercado que não para de crescer, pela segurança que a economia americana oferece”, explica Fernando Bergallo.