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27/06/2018 - 08:56

Como aplicar ferramentas de melhoria contínua em larga escala?


Em todo o mundo há uma vasta variedade de tecnologias aplicáveis à produção de alimentos em diferentes esferas. Muito se investe em técnicas modernas de cultivo, material genético, maquinário, técnicas de processamento e estudos econômicos avançados para que a produção de alimentos seja garantida da maneira mais lucrativa aos elos da cadeia.

No entanto, uma nova preocupação tem direcionado as pesquisas nos últimos anos, migrando os esforços para os possíveis impactos da produção de alimentos: o chamado desafio da produção sustentável.

Desta preocupação derivam estudos e iniciativas diversas, entre elas as ações promovidas pelo Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS), a primeira associação sobre o tema com aplicação na cadeia da pecuária. Mas, determinar o que é sustentabilidade e o que caracteriza uma atividade sustentável é uma tarefa árdua, que necessita da colaboração de todos os elos do setor.

Afinal, a sustentabilidade pode ser medida? Esse é um objetivo da cadeia de valor, ou um caminho a ser seguido? Neste sentido, há mais de dois anos, o Grupo de Trabalho se dedicou na elaboração de um Guia de Indicadores da Pecuária Sustentável (GIPS), que tem por objetivo realizar o diagnóstico da situação atual das fazendas, por meio de uma autoavaliação voluntária que indica a evolução do nível de atendimento aos indicadores.

O GIPS foi desenvolvido com propósito de ser aplicável a toda cadeia de valor da pecuária e seus princípios estão alinhados a Mesa Redonda Global da Carne (GRSB). A proposta é que os indicadores sejam utilizados como uma ferramenta de busca da sustentabilidade e no processo de melhoria contínua.

Em sua mais recente atualização, o GTPS em parceria com WWF/CFA, avançou na missão de difundir os princípios de sustentabilidade, desenvolvendo a plataforma online do GIPS que pode ser acessada por qualquer dispositivo eletrônico, além da criação de material de apoio para consultas e orientações no preenchimento do Guia.

Desde sua criação já são mais de 300 preenchimentos na plataforma, sendo que atualmente sete projetos utilizam o GIPS parcial ou integralmente em suas atividades no Brasil. A iniciativa também treinou técnicos para aplicação do GIPS, em parceria com 15 instituições, em seis estados da federação.

A proposta é continuar desenvolvendo potenciais multiplicadores para o uso do Guia e torná-lo uma ferramenta oportuna para coleta e interpretação de informações sobre pecuária brasileira, que pode direcionar, de forma estratégica, ações de apoio à melhoria contínua – como dias de campo, treinamentos, ciclos de palestras, etc.

Produtores, fornecedores de insumos e indústria em geral têm passado por um processo bastante intensivo de conscientização sobre a importância de produzir de forma sustentável, preocupados em garantir o uso eficiente de recursos naturais, de técnicas que não agridam o meio ambiente e que sejam sustentáveis nos três âmbitos do termo: ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo. Neste sentido, investir em conhecimento é primordial para o bom uso de técnicas que permitam melhorar a produção e, o GTPS é um parceiro neste processo de desenvolvimento e melhoria continua da atividade.

. Por: Ruy Fachini, Presidente do GTPS| O GTPS: em formato de Mesa Redonda, o Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS) é a primeira associação mundial sobre práticas sustentáveis na cadeia da carne bovina e referência para países como Estados Unidos, Canadá, Colômbia, Paraguai, Argentina e Austrália. O GTPS, formado por representantes de diferentes segmentos que integram a cadeia de valor da pecuária bovina no Brasil, tem como missão promover o desenvolvimento da pecuária sustentável por meio da articulação da cadeia, melhoria contínua e disseminação de informação.

Estão representados no GTPS produtores rurais de todos os estados do país, 73% dos abates do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e 92% do volume das exportações de carne bovina. A instituição também tem representação de diversas ONG's que atuam com responsabilidade socioambiental nas principais cadeias de commodities do agro no mundo, bem como de 70% do mercado brasileiro de insumos e serviços. Em 2016, mais de R$ 170 bilhões em crédito rural oferecido ao setor foram originários de instituições financeiras representadas no GTPS e mais de 2 milhões de pessoas são atendidas diariamente no Brasil por empresas de varejo que integram a mesa redonda.

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