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29/06/2018 - 08:54

Relatório mostra o impacto do acesso digital no bem-estar e nas conexões sociais dos marítimos

A organização internacional de beneficência dos marinheiros Sailors’ Society, que oferece assistência social e apoio prático aos marítimos e suas famílias, e a Inmarsat, empresa de comunicações móveis globais por satélite, trabalharam juntamente com pesquisadores da Royal Holloway da Universidade de Londres para examinar o efeito do acesso digital limitado ou inexistente sobre os marítimos.

O novo relatório analisou a conectividade para a tripulação em navios e revelou o impacto emocional e operacional que ocorre em marinheiros profissionais que estão sempre ausentes por até seis meses, com oportunidades limitadas de interagir digitalmente com amigos e familiares.

Os pesquisadores deste mais recente estudo, “Navigating Everyday Connectivities at Sea” (“Navegando as conectividades do dia-a-dia no mar”), usaram uma abordagem de estudo imersivo de 10 dias de duração a bordo de dois navios de contêineres, um dos quais com recursos de Wi-Fi a bordo e outro sem. Eles observaram como os marítimos usam celulares e outros dispositivos habilitados digitalmente em suas vidas diárias durante longos períodos no mar, e as oportunidades e riscos que esse uso traz.

Os resultados revelaram a importância fundamental da conectividade confiável e do impacto que ela tem no bem-estar mental, na eficiência operacional e na segurança, bem como o seu papel crítico na atração de novos talentos para o setor.

O relatório mostrou que o acesso a Wi-Fi a bordo de navios – mesmo que limitado – ajudou a reduzir alguns dos estresses emocionais que vêm com a separação dos marítimos de suas famílias. No entanto, a pesquisa também mostrou que onde havia limites semanais de conectividade, isso forçava os marinheiros a racionar sua quota para determinados períodos ou a priorizar o contato com os amigos. Restringir o uso também significa que os problemas domésticos não podem ser resolvidos imediatamente ou em tempo real, aumentando o estresse ou a ansiedade pessoais. A capacidade de um marítimo se conectar regularmente com a família enquanto estiver longe também foi compreendida como um facilitador da transição para a vida em casa ao retornar do mar. Em especial, estar em contato frequente permitiu que as pessoas se atualizassem com os eventos e atividades cotidianas em casa, minimizando a sensação de que estavam perdendo eventos importantes de suas vidas.

Além disso, uma dos principais resultados do relatório foi como a conectividade está se tornando um fator significativo no recrutamento, especialmente para aqueles que entram hoje no setor. Os jovens - que foram criados com uma conectividade constante - estão vendo a capacidade de ficarem online como um fator decisivo para decidir se eles se dedicam a uma carreira no mar.

Um dos argumentos históricos dos armadores para não fornecer conectividade a bordo foi o fato de que ela interrompe os padrões de trabalho e descanso. No entanto, esta pesquisa mais recente mostra que, na verdade, não ter internet confiável a bordo é que afeta esses padrões. Ela mostra que, se o único método de engajar digitalmente com a família e com redes de amigos for através de telefones celulares pessoais, os marítimos se conectariam quando o navio estivesse dentro do alcance do sinal móvel, independentemente da hora do dia, fatores externos, ou horários de trabalho ou descanso.

“A conectividade digital no mar tem sido um dos principais pontos de discussão da década no setor marítimo, que tem demorado a adotar uma tecnologia que permita melhorias na conectividade em toda a frota comercial mundial”, disse o Dr. Rikke Bjerg Jenson, um dos principais pesquisadores da Royal Holloway da Universidade de Londres. “Embora vários estudos tenham usado pesquisas para tentar estabelecer a taxa dessas melhorias e suas implicações abrangentes, nenhuma delas – que sejam de nosso conhecimento - considerou o comportamento da tripulação e as conversas com os marítimos como ponto de partida”.

Stuart Rivers, CEO da Sailors’ Society, disse: “Este estudo oferece valiosas informações sobre o enorme impacto que a conectividade pode ter no bem-estar dos marítimos, que é de grande importância para o setor marítimo. Todos nós temos o dever de cuidar daqueles que são a base dos nossos negócios – e, com a saúde mental desempenhando um papel fundamental em suas habilidades de tomada de decisão, se negligenciarmos esse dever, as consequências poderão ser mortais e caras”.

”Com 1,65 milhão de marítimos empregados no mar e um setor responsável por transportar 90% do total do comércio global, melhorar a eficiência operacional, que é impactada pelo bem-estar da tripulação, é uma preocupação econômica global”, disse Drew Brandy, Vice-Presidente Sênior de Estratégia do Mercado Marítimo da Inmarsat. “Em termos de sustentabilidade futura, o setor precisa considerar as significativas expectativas da próxima onda de talentos que ingressarão no setor, que verão o acesso à Internet como um fator importante em suas decisões de carreira”. | www.inmarsat.com.

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