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05/07/2018 - 07:26

Dores e feridas crônicas


Nas últimas semanas, assistimos a agonia perpetrada pela insegurança em todo território brasileiro, explodir novamente na capital capixaba. Desta vez, a brutalidade produziu uma desordem social nos Morros da Piedade e do Moscoso, Centro de Vitória.

As alvoradas das comunidades supramencionadas estão sombrias, nas vielas e pinguelas destruídas pela segregação econômica e humana, concomitante, evoluída por feridas sociais, produzidas, pela violência à principal ferramenta do crime e da desigualdade social, procedentes da falta de investimentos básicos para a manutenção do bem-estar social dos moradores.

Essas anomalias registraram uma desordem socioeconômica nos morros da Piedade e do Moscoso, a princípio, praticadas por cidadãos que desafiam a ordem pública, com a prática dos seguintes ilícitos: homicídios, tráfico de entorpecentes, invasões das casas, fechamento das escolas e a expulsão de alguns moradores dos bairros em questão.

Diante da ação comportamental, contrária ao art. 144 da Constituição Federal Brasileira, que aborda a “defesa e a preservação da ordem política, social, pública e da paz (...) dever do Estado, (...)”, o secretário de Estado de Segurança Pública adotou providências imediatas, com o deslocamento de várias modalidades de policiamento para a região, objetivando, minimizar as dores e feridas cometidas por meliantes contra os munícipes das comunidades ora aterrorizadas.

A fim de exemplificar a qualidade gerencial governamental estratégica, vale destacar a Colômbia como o país, em que durante o mecanismo de reestruturação socioeconômico e cultural, facilitou a interação das células de controle social em todos os níveis da nação. De acordo com Velásquez (2006), são resultados desse processo, a aplicação de verbas no desenvolvimento cultural dos moradores da periferia; a reformulação normativa, disciplinadora e regulamentadora das ações administrativa e operacional da força policial, destacando o setor operacional para as áreas identificadas “zonas seguras”.

Enquanto no Brasil, segundo Erlacher (2007), foram registradas experiências interativas e de integração, através das agências responsáveis pelo controle social e planejamento das diretrizes internas/nacional, que auxiliaram na aplicabilidade de um policiamento eficaz nas áreas de alto índice de criminalidade, ocasionando a redução do crime de homicídio.

Apesar disso, no que tange à minimização dos conflitos, identifica-se a “ocupação social” como um programa governamental que visa reduzir o alarmante índice criminal, por projetos socioculturais, educacionais e esportivos, atualmente distribuídos em 26 comunidades da Grande Vitória e do Interior.

Perante a exposição das anomalias sociais, corroboramos que a desativação do Destacamento Policial Militar (DPM) em várias cidades capixabas, afirmado no artigo de minha autoria, denominado, DPM como gerador de segurança local, publicado neste espaço, no dia 06 de outubro 2010, auxiliou em parte na redução do bem-estar das comunidades em solo espírito-santense.

Contudo, as dores e feridas crônicas da sociedade, são geradas ainda, pela falta de investimentos em: escolas, saneamento básico, pavimentação, saúde e lazer. É anseio de todos nós que algo possa ser feito no sentido de restaurar a ordem pública e o bem-estar social.

. Por: Alcy Belizário de Souza; Especialista em Políticas e Gestão em Segurança Pública e Graduado em Comunicação Social.

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