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06/07/2018 - 07:37

Embraer e Boeing assinam acordo para joint venture em aviação comercial: negócio de US$ 4,75 bilhões


Memorando que estabelece parceria estratégica para acelerar crescimento aeroespacial global.

Chicago & São Paulo — A Boeing (NYSE: BA) e a Embraer (B3: EMBR3, NYSE: ERJ) anunciaram no dia 5 de julho de 2018 (quinta-feira), a assinatura de um 'Memorando de Entendimento' para estabelecer uma parceria estratégica que possa impulsionar seu crescimento no mercado aeroespacial global.

Boeing fica com 80% — O acordo não-vinculante propõe a formação de uma joint venture que contempla os negócios e serviços de aviação comercial da Embraer, estrategicamente alinhada com as operações de desenvolvimento comercial, produção, marketing e serviços de suporte da Boeing. Nos termos do acordo, a Boeing deterá 80% da propriedade da joint venture — onde terá um portfólio com aeronaves de 70 a 450 lugares — , e a Embraer, os 20% restantes — uma empresa separada que produz jatos militares e privados, enquanto reberá receita da nova parceria.

Boeing e Embraer vão criar uma outra joint-venture para promover e desenvolver novos mercados para produtos e serviços na área de Defesa, especialmente a aeronave KC-390.

— Ao formarmos essa parceria estratégica, estaremos muito bem preparados para gerar valor significativo para os clientes, empregados e acionistas de ambas as empresas — e para o Brasil e os Estados Unidos — disse Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing. — Esta importante parceria está claramente alinhada à estratégia de longo prazo da Boeing de investir em crescimento orgânico e retorno de valor aos acionistas, complementada por acordos estratégicos que aprimoram e aceleram nossos planos de crescimento — disse Muilenburg.

— Esse acordo com a Boeing criará a mais importante parceria estratégica da indústria aeroespacial, fortalecendo ambas as empresas e sua posição de liderança do mercado mundial — disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer. — A combinação de negócios com a Boeing deverá gerar um novo ciclo virtuoso para a indústria aeroespacial brasileira, com maior potencial de vendas, aumento de produção, geração de emprego e renda, investimentos e exportações, agregando maior valor para clientes, acionistas e empregad o—completou o executivo.

Boeing adquire 80% por US$ 3,8 bilhões — R$ A transação avalia 100% das operações e serviços de aviação comercial da Embraer em US$ 4,75 bilhões e contempla o pagamento por parte da Boeing do valor de US$ 3,8 bilhões pelos 80% de propriedade na joint venture. A expectativa é que a parceria proposta seja contabilizada nos resultados da Boeing por ação, no início de 2020, e gere sinergia anual de custos estimada de cerca de US$ 150 milhões —antes de impostos — até o terceiro ano.

A parceria estratégica reunirá mais de 150 anos de liderança combinada no setor aeroespacial e potencializará as linhas de produtos comerciais altamente complementares das duas empresas. A parceria é a evolução natural de um extenso histórico de colaboração entre Boeing e Embraer que remonta há mais de 20 anos.

Uma vez consumada a transação, a joint venture na aviação comercial será liderada por uma equipe de executivos sediada no Brasil, incluindo um presidente e CEO. A Boeing terá o controle operacional e de gestão da nova empresa, que responderá diretamente a Muilenburg.

A joint venture se tornará um dos centros de excelência da Boeing para o desenvolvimento de projetos, a fabricação e manutenção de aeronaves comerciais de passageiros e será totalmente integrada à cadeia geral de produção e fornecimento da Boeing.

A Boeing e a joint venture estarão aptas a oferecer uma linha abrangente e complementar de aeronaves de passageiros de 70 a mais de 450 assentos, além de aviões de carga, oferecendo produtos e serviços do mais alto nível para melhor atender uma base global de clientes.

Além disso, as empresas também irão criar outra joint venture para promoção e desenvolvimento de novos mercados e aplicações para produtos e serviços de defesa, em especial o avião multimissão KC-390, a partir de oportunidades identificadas em conjunto.

— Os investimentos conjuntos na comercialização global do KC-390, assim como uma série de acordos específicos nas áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento e cadeia de suprimentos, ampliarão os benefícios mútuos e aumentarão ainda mais a competitividade da Boeing e da Embraer — disse Nelson Salgado, vice-presidente executivo Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer.

A finalização dos detalhes financeiros e operacionais da parceria estratégica e a negociação dos acordos definitivos da transação devem continuar nos próximos meses. Uma vez executados estes acordos definitivos de transação, a parceria estará, então, sujeita a aprovações regulatórias e de acionistas, incluindo a aprovação do governo brasileiro, bem como outras condições habituais pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo. Caso as aprovações ocorram no tempo previsto, a expectativa é que a transação seja fechada até o final de 2019, ou seja, entre 12 a 18 meses após a execução dos acordos definitivos.

— Esta parceria estratégica é a evolução natural de um longo histórico de colaboração entre a Boeing e a Embraer em uma série de iniciativas no setor aeroespacial há quase três décadas — afirmou Greg Smith, vice-presidente executivo Financeiro e vice-presidente de Estratégia e Desempenho da Boeing. — Ela está alinhada com a estratégia da Boeing de buscar oportunidades estratégicas de investimento que demonstrem valor real e acelerar nossos planos de crescimento orgânico. Esta parceria irá fortalecer as capacidades verticais da Boeing e aumentar o valor gerado para nossos clientes durante todo o ciclo de vida de produtos e serviços de ponta da indústria — completou Smith.

A Boeing e a Embraer se beneficiarão de uma escala, recursos e presença mais amplos, incluindo uma cadeia global de fornecedores, vendas, marketing e serviços, que lhes permitirá obter benefícios com eficiências de alto nível em toda a organização. Além disso, a parceria estratégica permitirá compartilhar as melhores práticas de fabricação e desenvolvimento de aeronaves.

A transação não terá impacto nas projeções financeiras da Boeing e da Embraer para 2018, bem como na estratégia de implantação de capital e no compromisso da Boeing de retornar cerca de 100% do fluxo de caixa livre para os acionistas.

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