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13/07/2018 - 08:03

CNC revisa para 4,8% projeção de crescimento do varejo ampliado

Queda de 4,9% em maio, em relação ao mês anterior, representa perda de R$ 7,4 bilhões para o setor segundo avaliação da Confederação.

Cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que os dez segmentos que compõem o varejo ampliado tiveram uma perda de R$ 7,4 bilhões no mês de maio, em decorrência dos 11 dias de paralisações provocadas pela greve dos caminhoneiros. Esse valor corresponde à queda de 4,9% nas vendas do varejo ampliado, em relação ao mês anterior. “Essa foi a primeira queda do ano e o pior resultado para meses de maio em mais de 15 anos de levantamentos da série com ajustes sazonais”, informou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes.

Diante desse resultado, a Confederação revisou a sua expectativa de avanço do varejo ampliado em 2018 de +5,0% para +4,8%. “Embora as significativas quedas provocadas pelas paralisações de maio estejam restritas ao terceiro bimestre de 2018, dificilmente o ritmo de vendas verificado nos cinco primeiros meses do ano (+6,3% ante o período de janeiro a maio de 2017) se manterá no segundo semestre”, afirmou Fabio Bentes.

A maior base de comparação da segunda metade do ano passado, associada à lenta recuperação do emprego, ao novo patamar da taxa de câmbio e à maior volatilidade nos níveis de confiança de consumidores e empresários decorrentes das indefinições do cenário eleitoral, deverá levar o setor a sustentar um ritmo de crescimento mais lento nos próximos meses.

Quedas inéditas em quase todos os segmentos — Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgados em 12 de julho pelo IBGE, os setores que mais sentiram os efeitos da greve foram os de comércio automotivo (-14,6%), livrarias e papelarias (-6,7%) e de combustíveis e lubrificantes (-6,1%). Todas as quedas registradas foram inéditas para o período analisado. O único ramo do varejo que conseguiu compensar os efeitos das paralisações foi o de hiper e supermercados, com alta de 0,6%.

As paralisações geraram consequências também para os consumidores, que, pela necessidade de reequilíbrio da oferta e demanda de produtos, enfrentaram a maior alta de preços (1,3%) dos últimos 28 meses, desde janeiro de 2016 (+1,5%). Segundo o último IPCA-15, apurado entre os dias 15 de maio e junho, os bens de consumo não duráveis, como alimentos e combustíveis, registraram o maior avanço de preços (+1,72%) desde fevereiro de 2016 (+2,22%).

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