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18/07/2018 - 08:33

Pesquisador do FGV IBRE aponta desafios na economia para o próximo presidente

O coordenador de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Armando Castelar, adverte que os brasileiros precisam cobrar dos candidatos à presidência um debate em torno das soluções econômicas do país. Castelar alerta que o Brasil corre o risco de voltar para os tempos de hiperinflação caso as reformas da previdência e fiscal não sejam aprovadas.

"O próximo presidente vai receber um país com grandes problemas econômicos. O candidato tem que deixar claro para a sociedade que esses problemas existem e que as reformas precisam ser feitas para sairmos dessa crise. Quanto ao cidadão, cabe inteirar-se das propostas e não acreditar em candidatos que apresentam soluções fáceis", ressalta Armando Castelar.

Na contramão das soluções, o economista do FGV IBRE alerta que, apesar de o país viver uma crise fiscal sem precedentes, o atual congresso aprovou mais gastos. Medidas que, para Castelar, agravam ainda mais as dificuldades orçamentárias, abalando a confiança dos investidores. "Vai chegar um momento em que o país não encontrará quem queira fazer empréstimo para o governo, porque todos saberão que o país não terá condições de honrar o pagamento. Quando isso acontecer, a inflação vai voltar com força", explica o especialista.

Armando Castelar diz ainda que o próximo presidente deve resolver os problemas da gestão pública com urgência. Segundo ele, é necessário buscar cada vez mais gastar melhor os recursos com novos métodos e parcerias com o setor privado. "Temos que aprender a fazer mais com menos", frisa.

Reforma da Previdência — O economista assegura que caso a Reforma da Previdência não seja feita, todo o gasto do setor público será voltado para o pagamento do benefício. "Sem equilibrar as contas da previdência é impossível resolver o problema do gasto público", salienta Castelar.

Avanços — Armando Castelar reconhece que o país teve avanços sociais nos últimos anos, no entanto, abaixo do esperado. "Deveríamos ter crescido ainda mais. Crescemos 1,2% ao ano e o resto do mundo a 3,5% ao ano. Países emergentes, como nós, cresceram 5% ao ano. Tínhamos que ter investido para criar uma economia voltada para a produtividade e infraestrutura", pondera o especialista. Ele afirma que, para isso, quem for eleito nas próximas eleições terá o desafio de atrair mais investidores. "É importante, neste caso, deixar as regras mais claras".

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