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12/04/2008 - 10:03

Na FIESC, SCGás diz que vai reavaliar aumento

Reunião sobre o preço do gás com a direção da distribuidora e palestra com Márcio Zimmermann foram realizadas no dia 11 de abril.

Florianópolis(SC) – Em reunião realizada no dia 11 de abril (sexta-feira), na sede da Federação das Indústrias (FIESC), a diretoria da SCGás informou que vai reavaliar a majoração no preço do gás natural para o setor industrial prevista para maio. “Vamos voltar a nos reunir, avaliar e seguir a discussão”, disse o presidente da distribuidora, Ivan Ranzolin. Presente ao encontro, o presidente da Celesc, Eduardo Pinho Moreira, que preside o conselho de administração da SCGás, reforçou a mesma posição. “O governador pediu para segurarmos o aumento e temos que revê-lo. Minha posição é a mesma do governador, pois a decisão é importante para a sustentabilidade de Santa Catarina. Voltaremos a discutir o assunto no conselho de administração”, afirmou.

A reunião, que precedeu a palestra do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, na FIESC, contou com a participação dos maiores consumidores do combustível no Estado. Os empresários ressaltaram as dificuldades para absorver a majoração. “Nossa posição é que não pode haver novo aumento em 2008. O debate não é apenas técnico, sobre índices. É uma questão estratégica para o estado, crucial para a viabilidade do setor cerâmico”, disse o presidente da FIESC, Alcantaro Corrêa. Os industriais ressaltaram no encontro que as margens de rentabilidade da SCGás permitem que a distribuidora adie temporariamente a majoração.

Entre os empresários presentes, além dos presidentes da Câmara de Energia da FIESC, Albano Schmidt, e do Sindicato da Indústria Cerâmica de Criciúma, Otmar Muller, estiveram Edson Gaidzinski, da Eliane, César Gomes, da Porbolello, Cláudio Ávila, da Infragás e João Paulo Freitas, da Cecrisa.

Depois da reunião sobre o preço do gás entre a FIESC e a SCGás, o secretário Márcio Zimmermann fez uma radiografia da produção e demanda de gás natural no Brasil. Ele destacou que as recentes descobertas de petróleo e gás na camada pré-sal colocam o país em um novo patamar no setor, embora as reservas ainda não estejam totalmente dimensionadas.

Ele destacou, que para dar mais segurança ao suprimento de gás no Brasil, é importante instalar os novos terminais de regasificação, que recebem navios com Gás Natural Liquefeito (GNL) e recolocam o insumo na forma gasosa na rede de distribuição. O investimento nas duas primeiras plantas, no Ceará e no Rio de Janeiro, representa investimento de R$ 2,9 bilhões, para uma capacidade de 20 milhões de metros cúbicos por dia.

Santa Catarina disputa o terceiro terminal, que pode ser instalado no Porto de São Francisco do Sul. Questionado por Ranzolin sobre a pressão do Rio Grande do Sul para instalar o terminal em Tramandaí, a secretário-executivo do MME afirmou que Santa Catarina tem as melhores condições técnicas para receber o terminal, mas há grande pressão política de outros estados, como Pernambuco, que querem sediar a planta.

Incluindo o gás boliviano, a oferta de gás natural ao mercado brasileiro hoje totaliza 57,5 milhões m³/dia. Considerando o atual consumo, as reservas provadas permitem abastecimento por 25 anos. Nesta conta não estão as recentes descobertas anunciadas pela Petrobras na camada pré-sal. | Site: www.fiescnet.com.br .

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