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26/07/2018 - 07:41

Comércio perde fôlego da recuperação e recua em julho, aponta FGV/ IBRE

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) da Fundação Getulio Vargas caiu 0,8 ponto em julho, ao passar de 89,6 para 88,8 pontos, o menor nível desde agosto de 2017 (84,4 pontos). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou 2,6 pontos.

"O resultado negativo de julho sugere que o setor continua perdendo o fôlego da recuperação que vinha ocorrendo até o início do ano. A avaliação desfavorável sobre a demanda e a vagarosa retomada do mercado de trabalho contribuíram para a piora da percepção sobre a situação atual. Os resultados indicam que os empresários do setor continuarão cautelosos nos próximos meses, sob influência dos níveis elevados de incerteza política e econômica", avalia Rodolpho Tobler, Coordenador da Sondagem do Comércio da FGV IBRE.

A queda da confiança em julho foi concentrada em 4 dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,7 ponto, registrando 86,5 pontos, menor nível desde dezembro de 2017 (85,6 pontos). Entre seus componentes, o indicador de percepção dos empresários com o volume de da demanda no momento recuou 3,1 pontos, para 86,3 pontos. O indicador de situação atual dos negócios avançou 1,7 ponto, atingindo 87,1 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-COM) caiu 0,6 ponto, para 91,8 pontos, menor valor desde agosto de 2017 (89,6 pontos), influenciado pela piora do indicador de vendas previstas, que recuou 2,2 pontos para 91,1 pontos. Já o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses subiu 0,9 ponto, para 92,8 pontos.

Evolução do Indicador de Estoques do Comércio — O Índice de Confiança do Comércio começou sua recuperação da última recessão a partir de 2016, evoluindo favoravelmente até o início de 2018. Porém desde 2017, o Indicador de Estoques do Comércio (composto da diferença entre os percentuais de empresas afirmando que estão com estoques excessivos e insuficientes, acrescido de 100 pontos) já começava a dar sinais de alta. Depois de registrar o máximo da série iniciada em julho de 2015 (114,4 pontos), o indicador mostrava que o setor vinha reduzindo os estoques até abril de 2017. No ínicio desse ano, o indicador voltou a atingir níveis próximos do período do início da recessão, possivelmente com uma expectativa de recuperação da demanda mais rápida do que estava ocorrendo. Porém a partir de maio, com os problemas de distribuição decorrentes da greve dos caminhoneiros, os empresários do setor parecem estar ajustando o nível dos estoques.

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