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26/07/2018 - 07:54

CDIAL Halal já certificou produtos Halal

Principalmente, carnes bovinas e de frangos, para mais de 150 países. Brasil pode dobrar sua capacidade de exportação de produtos halal para os muçulmanos no mundo até 2020.

São Bernardo (SP) — O Brasil entrou no ramo de certificação Halal no final dos anos 70. Ahmad Ali Saifi, hoje, presidente do Centro de Divulgação Islâmica no Brasil e também da CDIAL Halal, comenta que foram pioneiros na certificação de carnes halal – frango – para atender ao pequeno mercado interno consumidor no Brasil. A primeira exportação brasileira de frango ocorreu em 1975, quando foram embarcadas 3.500 toneladas para a Arábia Saudita e Kwait.

A partir de 2002, os produtores brasileiros perceberam o imenso potencial mundial do setor e começaram a investir. Desde então, o mercado só cresce. O gasto muçulmano com a economia halal atingiu US$ 2,1 trilhões em 2016, representando 11,9% das despesas globais. Só o setor de alimentos e bebidas leva os muçulmanos a gastarem US$ 1,24 trilhão, de acordo com o Centro de Desenvolvimento da Economia Islâmica de Dubai (DIEDC). Em segundo lugar as roupas e acessórios consomem US$ 254 bilhões, em seguida vem o segmento de mídia e entretenimento com US$ 198 bilhões, turismo US$ 169 bilhões e produtos farmacêuticos e cosméticos US$ 83 bilhões e US$ 57,4 bilhões respectivamente.

Há um potencial enorme para ser explorado. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de carne bovina e segundo maior de frangos e líder nas vendas de carne halal para a comunidade muçulmana. “Nosso principal desafio é a logística no Brasil, porque ainda faltam portos com estruturas. Os localizados no Sul e em Santos (SP) estão estruturados, mas faltam incentivos para fomentar a produção destas regiões. Já no Norte e Nordeste, há uma movimentação muito inteligente que é o porto no Maranhão. Se este projeto for concretizado os produtores se sentirão incentivados para produzir mais e a logística de exportação será muito mais prática e rápida para atender o mundo asiático islâmico. Ganharemos no mínimo sete dias, caso as exportações sejam realizadas também pelo porto do Maranhão. Temos capacidade e um mercado abundante para atendermos”, ressalta Ali Saifi, diretor-executivo da CDIAL Halal (filho de Ahmad Ali Saifi).

A CDIAL halal, as embaixadas no Brasil e o MAPA estão trabalhando fortemente para que a política – principalmente assuntos referentes à documentação – seja única para atender às exigências dos países importadores. “Há um movimento intenso no Oriente Médio, na Ásia e na Europa para que consigamos unificar esta política e exportar com mais agilidade. Nosso objetivo é fazer com que a comunidade seja atendida com eficiência, qualidade e com maior diversidade de produtos halal, não somente carnes (bovina e frango)” afirma Saifi.

Recentemente, o Brasil ganhou um processo na Organização Mundial do Comércio(OMC) — que dará a oportunidade às empresas brasileiras exportadoras de atender um mercado de 200 milhões de muçulmanos na Indonésia. “Esta é uma ótima notícia. Hoje a exportação de proteína animal brasileira depende do mercado islâmico, ou seja, 50% de exportação de carne do Brasil é via halal. Há um imenso mercado que a gente pode abrir, além dos alimentos, como o de cosmético, fármaco, entre outros. Os produtos brasileiros são muito bem vistos pela comunidade islâmica. Eles gostam de negociar com brasileiros”, esclare Saifi.

Em 2016, a receita de exportação atingiu quase US$ 2.939 bilhões. São 60 países muçulmanos no mundo. Atualmente há em torno de 1,8 bilhão islâmicos, ou seja, praticamente um quarto da população.

De acordo com pesquisas da Pew Research Center´s Forum on Religion & Public Life, se as tendências atuais continuarem crescendo, em 2030, a população mundial atingirá 8,3 bilhões de habitantes.

Onde há uma comunidade islâmica, há necessidade de alimentos halal. A África do Sul não é um país islâmico, mas 3% de sua população é muçulmana. Em torno de 25% do poder de compra está nas mãos desta comunidade. (Confira mais dados de muçulmanos na tabela abaixo).

Muitos países que não tem comunidade muçulmana estão exigindo produtos halal, como é o caso do Japão. O país começou a exigir carnes halal exatamente pelo fato de ter qualidade. O mercado de alimentos halal representa US$ 20 bilhões em movimentações financeiras.

Os muçulmanos buscam cada vez mais empresas qualificadas com grande potencial de inovação e que sigam rigorosamente as práticas consideradas lícitas pela lei islâmica.

Previsão de muçulmanos no mundo para 2030: Ásia - 1,2 bilhão | África - 800 milhões | Europa - 58 milhões | Américas- 10 milhões. | Total aproximado: 2,190 bilhões|. Fonte: Research Center´s Forum on Religion & Public Lifes.

Os países com maiores projeções de muçulmanos no mundo: Paquistão, Indonésia, Índia, Bangladesh, Nigéria, Egito, irão, Turquia, Afeganistão e Iraque.

Certificação halal – definição e processos — Halal: a palavra significa lícito ou permitido. Os produtos que tem a certificação halal significa que estão autorizados e adequados para o consumo de acordo com a lei islâmica.

A certificação Halal é um processo sistematizado, com regras pré-definidas, devidamente acompanhado e avaliado, de forma que o consumidor, intermediário ou final, possa ter a maior confiança no produto de um fornecedor. Quando os produtos e sua produção, além do ambiente, estão em conformidade com os preceitos islâmicos, é emitido o certificado que atesta que aquele determinado produto atende aos requisitos da norma Halal.

A CDIAL Halal audita e certifica as categorias: carnes bovinas e de frango; frutas; legumes; produtos industrializados (biscoitos, doces, etc); produção de alimentos para animais entre outros.

Todo o processo de certificação de produtos segue os critérios islâmicos internacionais – autoridades que controlam a certificação halal dos países - como o Comitê da ESMA – Emirates Authority for Standardization and Metrology; MUI (Majelis Ulama Indonésia); MUIS (Majelis Ugama Islam Singapura); JAKIM (Jabatan Kemajuan Islam Malaysia); Liga Mundial Islâmica da Árabia Saudita.

A certificação CDIAL Halal pode ser emitida em 30 dias ou mais. Depende da estrutura e da disponibilidade da empresa (cliente) para realizar todos os procedimentos para que seja certificada. O certificado de habilitação é válido por três anos com manutenção anual (acompanhado de visitas técnicas e aprovação). Mas todos os produtos devem receber um novo certificado por lote.

Um pouco mais sobre a técnica de Abate Halal 1 Todos os alimentos são considerados halal desde que não seja: carne de porco e derivados; álcool; animais que são abatidos de forma imprópria; não desrespeitem as leis do alcorão e que não sejam em nome Alláh (significa Deus em árabe); sangue ou produtos feitos com sangue; produtos que tenham sido contaminados com os citados acima.

Há toda uma técnica que deve ser respeitada, para que a carne seja consumida.

Passos: 1.- O animal deve ser abatido por um muçulmano. Na hora do abate o profissional deve pronunciar o nome de Alláh e a face do animal deve ser voltada para a Meca.

2.- A faca deve estar bem afiada e atingir de uma única vez os três principais vãos (jugular, traqueia e esôfago) do pescoço em movimento de meia-lua.

3.- A morte deve ser rápida para evitar o sofrimento do animal.

4.- O sangue deve ser retirado totalmente da carcaça para evitar qualquer contaminação.

5.- Após a degola e o escoamento do sangue, a carcaça deve ser lavada e higienizada e toda a água do processo deve ser extraída.

6.- Para higienização deste ambiente não pode ser realizado de forma alguma com álcool (produto proibido para os muçulmanos).

7.- Todo o processo de abate e de transporte (do congelamento ao carregamento) desta carne são fiscalizados por um auditor ou supervisor da CDIAL Halal.

8.- Para que não haja contaminação com outros tipos de carne (porco, por exemplo), é importante que aquele determinado frigorífico seja destinado somente ao abate Halal.

Cdial Halal — É uma referência global em Certificação Halal e mantém parcerias estratégicas com empresas de alimentos de classe mundial. Cresceu focada no seu negócio com atividades relacionadas ao abate de frangos, perus, patos e bovinos, incluindo também produtos industrializados. | www.cdialhalal.com.br

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