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11/08/2018 - 07:47

Vendas sobem em junho, mas varejo vê desaceleração, diz CNC

CNC revisa previsão de crescimento do varejo ampliado para 4,5%. Mesmo com o melhor resultado na comparação semestral, com alta de 5,8%, as vendas do varejo devem desacelerar até o fim do ano.

As vendas do primeiro semestre de 2018 foram as melhores desde 2012, com um crescimento de 5,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo análise da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base nos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE.

Em junho, o varejo também registrou alta de 2,5% em relação ao mês anterior, passados os efeitos negativos provocados pelas paralisações dos caminhoneiros. “No entanto, esse resultado deve ser creditado à baixíssima base de comparação de maio, mês em que o comércio varejista experimentou a maior retração mensal nas vendas reais em mais de cinco anos”, explicou o chefe da Divisão Econômica da CNC, Fabio Bentes. Em maio, o varejo ampliado teve retração de 5,1%.

Além das paralisações ocorridas no terceiro bimestre, outros fatores também podem ser apontados como inibidores do consumo no segundo semestre deste ano, como o ritmo fraco do mercado de trabalho, a desvalorização do real, as pressões de custos impostas pelo ritmo mais acelerado de preços administrados e, principalmente, a elevada incerteza decorrente da indefinição do cenário político.

Por conta desse panorama, a Confederação revisou a sua previsão de crescimento do varejo em 2018 de 4,8% para 4,5%. “Dificilmente, o setor conseguirá repetir as taxas de crescimento do primeiro trimestre de 2018”, completou Fabio Bentes.

Desaceleração — Segundo a análise da CNC, o crescimento mensal foi impulsionado pelo avanço nas vendas do comércio automotivo (+16,0%) e de materiais de construção (+11,6%), segmentos que compensaram as perdas observadas no mês anterior. Por outro lado, a venda de alimentos, pressionada pela maior variação mensal de preços destes produtos nos últimos dois anos e meio (+2,0% em junho), registrou queda real de 3,5% no mês – pior resultado desde março de 2017 (-5,6%).

“O desempenho do setor no segundo trimestre, portanto, reforça a percepção de desaceleração da economia, já que, em oito dos dez segmentos avaliados, os resultados das vendas foram piores do que os do primeiro trimestre deste ano”, afirmou Bentes.

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