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14/08/2018 - 07:49

Ricardo Anhesini — Transformação digital nas instituições financeiras

Ricardo Anhesini é sócio-líder de Serviços Financeiros da KPMG no Brasil | Perfil — A KPMG é uma rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory. Estamos presentes em 154 países e territórios, com 200.000 profissionais atuando em firmas-membro em todo o mundo. No Brasil, são aproximadamente 4.000 profissionais, distribuídos em 22 cidades localizadas em 13 Estados e Distrito Federal

Os últimos dez anos trouxeram inovações sem precedentes para as instituições financeiras com o surgimento de novos canais de relacionamento e automação dos modelos operacionais em todos os ciclos do back office. No entanto, de acordo com executivos do setor, a transformação apenas começou. Essa é uma das conclusões da pesquisa CEO Outlook 2018, conduzida pela KPMG Internacional, que consolidou a opinião de 120 CEOs de instituições financeiras globais.

Quase metade dos entrevistados disseram que esperam que a onda de transformações se intensifique nos próximos três anos. A boa notícia é que a maioria dos CEOs parece ter a atitude correta, já que mais de dois terços veem oportunidades na disrupção tecnológica, e não apenas ameaças. Além disso, 63% disseram acreditar que as Organizações que lideram já contribuíram para a renovação do setor.

Os entrevistados também revelaram planos para seguir incentivando a inovação nos próximos anos. Cerca de 70% dos executivos planejam investir mais em infraestrutura digital, tecnologias emergentes e inovações nos produtos e serviços. A maioria, 81%, informou que deve aumentar o investimento em Data & Analytics nos próximos três anos, enquanto 72% investirão mais em IoT e 66% em tecnologias cognitivas.

Os números sugerem que estabelecer o roteiro certo da mudança será um diferenciador crítico, com 43% dos entrevistados revelando preocupação com a capacidade de escolher a plataforma adequada de inovação, em um ambiente em que as alternativas se multiplicam rapidamente. A pesquisa ainda revelou quais as principais barreiras à inovação na visão dos CEOs: 1. complexidade da implementação de novas tecnologias, 2. a disponibilidade orçamentária e 3. a atração de talentos.

As instituições financeiras precisarão superar esses desafios rapidamente se quiserem participar da próxima fase da transformação digital. Embora a última década tenha proporcionado mudanças maciças, os próximos dez anos trarão um novo nível de desafios com a constante evolução dos negócios e modelos operacionais. Nesse sentido, destacamos a seguir os cinco elementos, que a compilação dessa pesquisa nos revela como chave para impulsionar a inovação: - Customer Experience. As organizações financeiras estão desmembrando silos dentro dos negócios para expor uma visão única e possibilitar novos insights sobre necessidades, desejos e expectativas dos clientes.

- Inovação é prioridade. Responsabilidade compartilhada, sendo prioridade de diretoria e imperativo organizacional. A estratégia de inovação deve ser conduzida pelo CEO e apoiada por executivos engajados.

- Aprimoramento das capacidades. Os principais bancos estão na vanguarda na retenção de talentos para garantir a variedade de novas habilidades da equipe. Transformação no RH é fundamental para apoiar o ciclo de inovação.

- Dados são ativos relevantes. As principais Organizações já compreendem a importância da gestão dos dados. Sua qualidade e acessibilidade são fatores fundamentais e o uso da nuvem em arquiteturas abertas.

- Parcerias não convencionais. Parcerias com players menos convencionais, como redes do varejo, provedores de serviços ou até outros bancos estão se tornando comuns para inspirar e manter a inovação.

Os líderes do setor estão convencidos que suas Organizações podem ser protagonistas na inovação bancária, coexistindo com os agentes de disrupção e com a vantagem de empenharem, nesse processo, seu conhecimento do setor, dos clientes e seus melhores talentos. Mas também reconhecem que precisarão ser ainda mais ágeis e assertivos para responder à velocidade da evolução tecnológica, e que a próxima onda de inovação será ainda mais proeminente.

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