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15/04/2008 - 11:07

Indústria de refeições coletivas projeta expansão para 2008, com receita de R$ 9,5 bi

A indústria brasileira de refeições coletivas trabalha com a perspectiva de ver sua receita crescer 12% neste ano, mesmo percentual de expansão registrada em 2007, quando o faturamento bruto atingiu R$ 8,4 bilhões. “O principal fator para essa perspectiva otimista é a tendência de aquecimento econômico que continua o embalo de 2007 e repercute no aumento do emprego, demandando, por sua vez, mais serviços de alimentação”, explicou Rogério da Costa Vieira, 1º Vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas – Aberc, durante coletiva de imprensa realizada hoje (14), em Porto Alegre/RS. Para este ano, as projeções apontam para um faturamento bruto da ordem de R$ 9,5 bilhões.

Segundo Vieira, ano passado foi servida a média diária de 7,5 milhões de refeições pelas empresas associadas a Aberc, o que gerou um aumento de 7,1% em relação a 2006. Para este ano, a estimativa é de um crescimento na faixa dos 11%, o que representará uma média diária de 8,3 milhões de refeições servidas. “Nós acreditamos que, se a economia continuar com o bom desempenho apresentado nos últimos anos, nossas projeções tendem a se confirmar”, disse.

A agricultura, por exemplo, viu a safra crescer 40% acima da anterior; o setor automotivo teve aumento médio de 27,8% nas vendas diárias de veículos em 2007, na comparação com 2006; e a área de construção civil contratou mais 750 mil pessoas no ano passado. No caso da indústria automotiva, ela continua em franca evolução e também o primeiro trimestre de 2008 apontou para novo recorde de produção e de vendas.

Além desses segmentos, também a indústria petrolífera deverá ter forte expansão em decorrência do anúncio de reservas na bacia de Santos. Acrescente-se a esses dados, o fato de o setor automotivo ter iniciado este ano superando as marcas de produção de 2007. No total, Vieira estima o mercado potencial de refeições no Brasil em 24 milhões de refeições por dia em empresas, e da ordem de 17 milhões em escolas, hospitais, presídios e nas Forças Armadas. Atualmente, as empresas do setor empregam 180 mil pessoas.

O setor de refeições coletivas em números:.Principais empresas atuantes - 100 | Micros e pequenas empresas – 1.900 | Receita bruta anual - R$ 9,5 bilhões (*) | Empregos diretos - 180 mil | Nutricionistas atuando no setor - 6.500 | Média de refeições servidas diariamente em empresas - 7,47 milhões (*) | Média de refeições servidas diariamente em escolas, hospitais, etc - 830 mil (*) | (*) previsão 2008

Tendência de alimentação saudável é incorporadapelas empresas de refeições de coletividade - A crescente preocupação das pessoas com uma alimentação saudável e equilibrada, tendência que se acentuou de forma expressiva nos últimos dez anos no País, também tem influenciado no gerenciamento dos negócios das empresas de refeições coletivas. Segundo análise da Aberc, entidade que reúne as 100 maiores empresas do setor de refeições de coletividade, nos últimos anos diversos dos seus associados, percebendo essa alteração de hábitos alimentares, desenvolveram formas de atendimento ao seu consumidor final que contemplam tais mudanças.

No seu cotidiano e em sua casa, as pessoas procuram cada vez mais se alimentar de uma forma saudável, isso também ocorreu em relação à alimentação que recebe no seu trabalho. Para atender essa demanda, as empresas do setor ampliaram a diversidade de produtos orgânicos, naturais e light ofertados em seus cardápios. Hoje, são inúmeros os exemplos de refeitórios com disponibilidade de diversas opções de produtos que levam em conta preocupações desse tipo. Além disso, foram introduzidos novos conceitos de exposição dos alimentos, com a implantação do chamado “Espaço Gourmet” e “Estação Doce”, de forma a transformar os refeitórios num lugar parecido com uma “Praça de Alimentação”, com o máximo de opções para o consumidor.

E essa tendência de maior demanda por produtos light e orgânicos também acabará, segundo a Aberc, influenciando no preço final dessas mercadorias, pois na medida em que aumenta o consumo, a tendência é ocorrer um barateamento desse tipo de insumo, favorecendo as empresas e ampliando a oferta ao usuário final.

Junto com essa tendência por alimentos mais saudáveis, as empresas de refeições coletivas notaram também uma necessidade de valorização dos serviços prestados aos usuários dos seus restaurantes. O atendimento passou a ser requisito estratégico. Da mesma forma, a pesquisa para identificar preferências e queixas se tornou ferramenta decisiva para a afinação de cardápios, alterações de opções ou introdução de pratos novos. O objetivo passou a ser “cativar, valorizar e fidelizar” o consumidor, mesmo sendo ele um “freguês cativo” por estar se alimentando no seu local de trabalho.

O setor avalia constantemente todo o leque de atendimento e de aproximação que pode ser construído com cada um dos clientes atendidos. Entende-se que o mundo mudou e que, mesmo um cliente ´aparentemente cativo` como é o de restaurantes de coletividade tem à sua disposição uma infinidade de opções na hora de se alimentar.

Aqui entrou um outro ingrediente bastante valorizado nos últimos anos pelas empresas do setor: o sabor. O desafio dos empresários é conferir a uma refeição feita em quantidade manter o gosto e o sabor que satisfaça plenamente ao paladar de cada um dos consumidores. Nesse caso, o desafio tem sido contornado com rigor extremo no armazenamento, preparo e cocção dos alimentos, de maneira a assegurar a perfeita higiene em todo o processo.

Além disso, como a experiência do sabor envolve sensações individuais e pouco objetivas, o zelo no preparo se prolonga também na forma de apresentação e de servir dos pratos. Aqui, novamente, ganha especial relevância o atendimento e a prestação de serviço na hora da refeição. Vale apenas ressaltar – embora isso já tenha se incorporado à rotina do setor – o cuidado com o uso de insumos e matéria-prima de primeira qualidade, pois isso também interfere no sabor do produto final. Nada disso acontece sem outra coisa fundamental, que é o constante treinamento e capacitação dos funcionários. Nesse aspecto, todas as empresas e também a Aberc têm investido para o aperfeiçoamento do pessoal.

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