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18/08/2018 - 08:18

Fibras ópticas com base 8: uma ideia com poder para revolucionar os datacenters

Em um passado nem tão distante, datacenters comportavam todas as demandas do mundo informacional com uma necessidade de transmissão relativamente baixa, de até 1 GB por segundo. Há cerca de dez anos, com a explosão do envio de dados, esse volume saltou para até 10 GB, uma velocidade que passou a exigir uma nova estrutura nas redes de fibra óptica.

Para facilitar a compreensão, podemos fazer analogia com uma estrada: imagine que os dados são carros e os antigos cabos funcionam como rodovias de mão dupla (um sentido para ir e outro para voltar). Com baixa necessidade de transmissão, era possível manter todas as operações dessa forma. No entanto, à medida em que o fluxo aumentou exponencialmente (por fatores como o aumento de páginas na internet, a popularização dos serviços de streaming, a maior migração de dados para nuvens, etc.), os datacenters logo precisaram se transformar diante de suas limitações.

Assim, foi criado o sistema "duplex" (ou duas fibras), que trouxe "vias paralelas". Dentro da mesma metáfora, a rodovia de mão dupla ganhou "estrada secundárias", pistas afluentes à principal que aumentaram o tamanho para vazão dos dados. Essa solução foi ampliada gradativamente até a chegada dos cabos de 12 fibras.

O cabo de 12 fibras se popularizou, e, com o desenvolvimento de novos switches, foram criados vários protocolos com transmissão em velocidades como 10 GB, 40 GB e até 200 GB por segundo. Um problema, porém, impede o máximo aproveitamento desse modelo: enquanto ele se encaixa perfeitamente em bases com 12 ou 24 fibras paralelas, há dificuldade para instalá-lo em sistemas de base 20.

A saída mais comum para essa complicação passou a ser inutilizar certas fibras ou entrar na rede com módulos capazes de realizar conversões de uma base para a outra. Porém, ao acrescentar novos elementos, naturalmente há um custo e redução da capacidade máxima que a instalação pode atingir – aquilo que, em termos técnicos, chamamos de atenuação.

Para encerrar essa dificuldade e otimizar a utilização dos cabos multifibra em datacenters, foi criada recentemente a fibra de base 8, adaptável a todos os conectores quando utilizada em conjunto com a base 2. Com ela, passa a ser possível garantir o aproveitamento de 100% das fibras em uma instalação e alcançar velocidades de até 400 GB (ou seja, o dobro dos 200 GB hoje possíveis nos datacenters mais capacitados).

É a flexibilidade a serviço da velocidade. Datacenters em todo o mundo já começam a se preparar para o futuro utilizando a base 8, cientes de que a demanda para o fluxo de dados seguirá em constante evolução. Graças a ela poderemos avançar muito mais rapidamente em um mundo cada vez mais conectado (e repleto de dados).

. Por: Gilberto Gonzaga, engenheiro de vendas da Corning para América Latina e Caribe| Perfil — Corning Incorporated.

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