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15/04/2008 - 11:33

A primeira etapa da parceria firmada entre o Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, e a Secretaria Municipal de Educação para impla

Brasília – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgopu no dia 14 de abril (segunda-feira), em seu site (http://www.cni.org.br) a primeira edição do Observatório Brasil-China, produto trimestral elaborado pela Unidade de Negociações Internacionais da instituição. O informativo analisará o comércio brasileiro com a China, a concorrência entre brasileiros e chineses em terceiros mercados e também questões relacionadas à defesa comercial, como processos antidumping.

A primeira edição do Observatório Brasil-China aponta que, pela primeira vez nessa década, o saldo da balança comercial entre os dois países pende para o lado chinês. O Brasil vinha tendo superávits com os chineses desde 2001 mas, no ano passado, a China exportou US$ 12,618 bilhões para cá, ante US$ 10,749 bilhões em produtos e serviços comprados dos brasileiros. O lado positivo é que a corrente de comércio nunca foi tão grande entre os dois países, tendo se multiplicado por 10 entre 2000 e 2007.

Apesar dessa virada no saldo, as exportações brasileiras para a China vivem um bom momento, pois têm crescendo a um ritmo mais acelerado do que para o restante do mundo. Entre 2006 e 2007, o crescimento das vendas brasileiras para o país asiático foi de 27,93%, superior aos 22,93% verificados de 2005 para 2006. As importações de produtos chineses, contudo, vêm crescendo a uma velocidade ainda maior: 57,91% em 2007 ante 2006.

O Observatório Brasil-China analisou as exportações brasileiras para o país asiático. Há uma crescente concentração nos produtos básicos. Os minérios, por exemplo, responderam por 35,4% das vendas brasileiras para a China no ano passado. Quando somam-se aos minérios as sementes e oleaginosas (basicamente a soja), a participação chega a 60%. Os produtos básicos foram, no ano passado, responsáveis por 76% das exportações brasileiras para a China, contra 17% dos produtos semimanufaturados e 7% dos manufaturados.

O informativo mostra ainda que há uma tendência de estabilização da participação dos produtos nacionais na pauta de importações chinesas. Depois de um crescimento expressivo no começo da década, tendo dobrado entre 2000 e 2003, a participação brasileira nas importações chinesas praticamente estacionou nos dois últimos anos: 1,83% em 2006 e 1,92% em 2007. Hoje o Brasil é o 12º maior exportador para o mercado chinês.

No lado das importações de produtos chineses, os bens de capital e os eletroeletrônicos são mais da metade da pauta. Os produtos manufaturados responderam por 95% de tudo o que o Brasil comprou da China em 2007, num caminho inverso ao verificado nas exportações brasileiras para o parceiro asiático. Os produtos básicos correspondem a 4% das importações brasileiras da China e os semimanufaturados, a 1%.

A primeira edição do Observatório Brasil-China analisou ainda a competição do Brasil com a China em dois mercados prioritários para o Brasil: Estados Unidos e Argentina. Nos Estados Unidos, verificou-se que a China é um fornecedor relevante na maioria dos produtos brasileiros exportados para lá. No ano passado, a China ultrapassou o Canadá como o maior vendedor para os EUA, depois de ter dobrado a participação nos últimos oito anos. A China respondeu por 16,46% das compras de importados pelos EUA em 2007, enquanto o Brasil teve 1,31% no mesmo período, na 16ª posição entre os fornecedores principais para o mercado norte-americano.

No caso do mercado argentino, a China tem aumentado consideravelmente a concorrência com as empresas brasileiras. O Brasil ainda é o líder no mercado vizinho, mas viu sua participação cair de 35,91% em 2006 para 32,48% no ano passado. No mesmo período, a China praticamente dobrou sua participação nas importações argentinas, apesar da distância e dos fretes caros: foi dos 6,3% em 2006 para 11,39% no ano passado.

O sinal amarelo acendeu para as empresas brasileiras de alguns setores, em que as chinesas conseguiram maior participação no mercado argentino. Isso aconteceu principalmente com os produtos têxteis e com os calçados.

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