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29/08/2018 - 07:54

ONS 2018: Brasil novamente na rota dos investimentos internacionais

Na Noruega, delegação brasileira se reúne com potenciais investidores para apresentar o novo panorama de negócios, criado após mudanças nas leis que regulam o setor de energia O Brasil foi tema de destaque na ONS 2018 — evento com foco na indústria de óleo e gás que acontece entre 27 e 30 de agosto (segunda a quinta-feira), em Stavanger, na Noruega. Organizado pela Norwep – Norwegian Energy Partners, o painel brasileiro promoveu o encontro de representantes de instituições governamentais brasileiras e empresas norueguesas com alto potencial de investimentos neste setor.

O objetivo foi apresentar um novo cenário para os investimentos no Brasil, que se configurou após a implementação de medidas que beneficiam as áreas de E&P, Gás, Downstream e Biocombustíveis — entre as mais relevantes a flexibilização das regras de conteúdo local, a extensão do Repetro e a criação de um calendário regular para as próximas rodadas.

“Brasil e Noruega são parcerias na indústria de óleo e gás e certamente irão caminhar juntas para construir um futuro com maior eficiência em termos de custo e performance”, disse a vice-ministra de Óleo e Gás da Noruega, Ingvil Smines Tybring Gjedde na abertura do encontro.

Adhemar Freire, gerente da Norwep no Brasil, forneceu um panorama atual do mercado. “A crise econômica brasileira foi uma das barreiras que afastou o mercado norueguês. Nossa intensão é mostrar que o Brasil está em outro momento e cheio de oportunidades. A expectativa dos investimentos em E&P nos próximos dez anos é de US$ 490 bilhões, motivados pela oferta de novos blocos, entrada de novos players e o olhar das empresas de energia para o mercado das renováveis, além da entrada em operação, até 2021, de 19 novos FPSOs”, disse Freire.

O Ministério de Minas e Energia (MME) foi representado pelo secretário-executivo Márcio Felix, que destacou as políticas nacionais recentemente implementadas para destravar o setor. Ele também ressaltou o momento de transição energética: “A criação dos programas RenovaBio e Gás para Crescer e a adesão do Brasil no Bio Future Platform, para criar uma economia de baixo carbono, são políticas nacionais que refletem o comprometimento do governo brasileiro com a redução de emissão de gases na atmosfera. As energias renováveis e o gás têm papel fundamental neste processo de transição e irão representar 50% da matriz energética brasileira em 2026.” Ainda neste âmbito, ele apresentou a plataforma Ubarana (PUB-2), na Bacia de Potiguar, no Rio Grande do Norte, com potencial para ser o primeiro projeto offshore de energia eólica no Brasil.

Felipe Kury, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), falou sobre as ações da agência frente aos efeitos da incerteza política no País. “A direção da ANP vai permanecer no mandato após a transição do governo, o que contribui para manter a estratégia de tornar o ambiente regulatório mais previsível e estável, com vistas a fomentar as atividades exploratórias e criar valor para que a indústria de óleo e gás possa se desenvolver, se diversificar e ser mais competitiva”, afirmou Kury. O resultado das últimas cinco rodadas vai gerar um impacto econômico de US$ 80.9 bilhões em novos investimentos e US$ 334 bilhões em arrecadação de impostos.

Anders Opedal, CEO da Equinor no Brasil, disse que o País é estratégico para a operadora norueguesa. “As mudanças que resultaram na maior dinâmica da indústria e a força de trabalho local competente motivaram a expansão das atividades para as descobertas de Carcará e Pão de Açúcar”, disse Opedal, que ressaltou o amplo portfólio da empresa, com investimentos no pré-sal e na Bacia de Campos, onde o foco é a recuperação de campos maduros. A operadora elegeu o Brasil para inaugurar sua entrada no segmento de energia solar, no projeto Apodi, em parceria com a norueguesa Scatec Solar, localizado no estado do Ceará e que irá prover energia para cerca de 160 mil residências. Dimitrios Chalela Magalhães, Gerente Geral de Compras da Petrobras, falou da reorganização promovida pela companhia para ampliar os canais e simplificar os contratos com os fornecedores. “Adicionalmente, criamos um novo sistema de licitação que vai centralizar todas as informações e indicar novas oportunidades para a oferta de equipamentos e serviços — tanto para quem já fornece como para quem deseja iniciar algum negócio com a companhia”, explicou.

Luiz Carvalho, coordenador da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX) finalizou apresentando a instituição. “A APEX atua como ponto de apoio às empresas estrangeiras, para que haja um melhor entendimento sobre o mercado e as leis brasileiras que regulamentam o setor”, disse Carvalho.

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