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16/04/2008 - 11:00

Relatório destaca a importância da inovação para resolver o “quebra-cabeça da energia”

O Mundo enfrenta um verdadeiro dilema energético: como fornecer energia segura, acessível e com baixo teor de carbono para economias e populações em crescimento .O relatório intitulado “Resolvendo o quebra-cabeça da energia por meio de inovação” aborda o papel fundamental da inovação para criar soluções . O estudo está sendo divulgado na durante uma sessão sobre Estratégia em relacao a Energia realizada durante o World Economic Forum na América Latina, em Cancun, no Mexico.

Cancun, México – Como podemos oferecer energia segura, acessível e com baixo teor de carbono para uma população global que deve crescer dos atuais 6,4 bilhões de pessoas para mais de 8 bilhões em 2030? Essa pergunta preocupa a indústria energética, legisladores e consumidores, porém não existem respostas fáceis. Por meio de seu Comitê de Energia, o World Economic Forum lançou hoje o relatório chamado “Resolvendo o enigma da energia por meio de inovação”. Produzido em parceria com a Cambridge Energy Research Associates (CERA), o relatório aborda perspectivas de vários especialistas e líderes globais.

“O desafio para transformar o sistema energético é imenso, dados o volume de recursos necessários, a necessidade de novas tecnologias e sua adoção pelo mercado. O nosso relatório mostra não somente a importância do trabalho em conjunto por parte de investidores, fornecedores de tecnologia e legisladores para aumentar a inovação, assim como a necessidade de envolver consumidores de energia e retirar lições de experiências inovadoras em outros países”, afirma Christopher Frei, Diretor Sênior e Chefe de Indústria de energia do World Economic Forum. Leia a entrevista em: http://www.youtube.com/watch?v=_zVYsHLoz9M.

O relatório foi lançado em uma coletiva de imprensa em Cancun, no México, durante o World Economic Forum na América Latina. Durante o encontro, vários executivos e legisladores se reuniram para uma sessão privada sobre Estratégia em relacão à Energia em Cancun, organizada com o patrocínio da Parceria de Indústria Energética do World Economic Forum e presidida por Georgina Kessel, Secretária de Energia do México. Durante o debate, os participantes discutiram os principais assuntos energéticos nas agendas globais e regionais.

O Dilema Energético - O caminho energético atual não é sustentável. Se os padrões atuais de consumo e produção global de energia se mantiverem, o mundo, em 2030, precisará de 50% mais do que consome hoje. Com isso, as emissões de carbono devem aumentar nas mesmas proporções. Os aumentos no custo de energia já estão prejudicando economias do mundo inteiro. O principal fator para colocar o sistema energético global em um caminho mais sustentável é quebrar as ligações entre a atividade econômica, a demanda por energia e a emissão de gases que causam o efeito estufa. Isso não é fácil e a inovação será um dos principais aspectos para a resolução desse “quebra-cabeça da energia”.

A Fronteira da Inovação - Positivamente, o relatório identifica vetores potentes e convergentes que estão buscando mudanças na procura de um futuro energético mais sustentável: “A alta dos preços [de energia] em conjunto com preocupações relativas a segurança energética e mudança climática estão estimulando efetivamente a busca por inovações no setor energético”, comentou Dan Yergin, Presidente do CERA. “E isso vale se você estiver conversando sobre fontes renováveis, alternativas ou tradicionais de energia. A inovação vem a partir de uma necessidade e nesse caso e real”. O crescimento atual da tecnologia verde parece ser uma tendência, não um atalho. O relatório verificou que um número crescente de novos players no mercado energético de tecnologia verde é capaz de transformar o modo pelo qual a energia e gerada, distribuída e consumida.

O investimento em energia renovável e em eficiência energética passou de US$ 70 bilhões no mundo inteiro em 2006 e as estimativas para 2007 estão em torno de US$ 110 bilhões.

No entanto, negativamente, verificou-se que apesar do alto volume de investimento em tecnologias de energia limpa, isso representa apenas uma pequena porcentagem do investimento total desse segmento todos os anos. Além disso, de avanços fundamentais ainda são necessários antes da possibilidade de adoção de tecnologias inovadoras. Ademais, considerando o ciclo de vida prolongado da infra-estrutura energética, é claro que qualquer transformação do sistema energético será mais uma questão de evolução que revolução.

O termo “inovação” lembra tecnologias revolucionarias e mudanças de paradigmas, com visões de geração distribuída de eletricidade ou veículos operando com hidrogênio. Embora esses tipos de inovação devam ser parte de uma solução futura, devem levar alguns anos antes da sua integração no sistema energético. O terreno mais fértil para inovação dramática e rápida na área de energia pode ocorrer com as tecnologias de menor escala, como medidores “inteligentes”, energia solar, sistemas de micro-controle, veículos elétricos híbridos, capacitores para o armazenamento de energia etc. O desenvolvimento dessas fontes e de outros avanços de escala menor devem ocorrer num prazo relativamente curto e podem nos levar a direções novas e inusitadas.

Várias lições nascem da comparação entre a energia e indústrias de alta tecnologia que mudam rapidamente:

As mudanças marginais são importantes. As tecnologias revolucionárias devem levar muito tempo para serem desenvolvidas e adotadas. Enquanto isso, inovações na atual estrutura da indústria podem ser bastante relevantes. Por exemplo, os efeitos cumulativos permitem que um ganho de eficiência energética de 2% por ano gera um avanço de 22% em apenas dez anos.

A liberdade para inovação resulta em um aumento na base de novas tecnologias. Ninguém sabe qual caminho levará ao próximo salto energético. Um ambiente de liberdade de inovação está ganhando força e será fundamental para garantir que novas idéias encontrem aplicações na indústria energética. Por exemplo, tecnologias TCI podem ajudar a reduzir o consumo de energia.

Existem oportunidades de cooperação entre os atuais player e novos estreantes. Pela escala de crescimento da demanda energética, há espaço no mercado para a entrada de novos participantes junto com os atuais. Os novos podem aproveitar da infra-estrutura dos fornecedores atuais e uma cultura de liberdade de inovação permite que os atuais fornecedores se aproveitem das ações realizadas pelos novos integrantes.

Consumidores de energia farão parte da solução. Consumidores de energia – indivíduos e usuários comerciais – são árbitros finais do sucesso de qualquer produto inovador. As tecnologias que permitem avanços no monitoramento e otimização do uso da energia são capazes de aumentar o envolvimento do consumidor e mudar seu comportamento. Uma mudança para “a consumerização da energia”, semelhante às mudanças da indústria de tecnologia de informação e comunicação, devem desafiar os modelos energéticos tradicionais.

Criando um Novo Futuro Energético - O relatório verificou que sera necessaria uma busca mais intensa por inovação para enfrentar o desafio energético global, que requer mais colaboração entre a indústria energética, governos e consumidores, além de novos participantes como empresas de capital de risco e de tecnologia. Qualquer tentativa de transformar o modelo energético atual também precisa de um pensamento inovador, muitos recursos financeiros e um pouco de sorte, para alcançar o sucesso. A interação entre os principais “catalisadores de inovação” – tecnologia, pessoas, recursos e políticas – deve influenciar a disponibilidade de energia com baixos teores de carbono a preços accessíveis para as gerações futuras.

A Tecnologia será o principal meio, mas nenhuma solução técnica será capaz de reverter a situação presente sozinha – a solução requer o maior número possível de recursos e tecnologias que conseguimos desenvolver e implementar. As Pessoas representam a demanda crescente e mudanças no seu comportamento podem impulsionar o desenvolvimento. O Capital é o combustível financeiro e as expectativas a respeito do possível tamanho do mercado serão importantes para os investimentos em tecnologias inovadoras. As Políticas criam um ambiente competitivo e são capazes de gerar incentivos financeiros para tecnologias nascentes. Essas Políticas também precisam oferecer a base sólida para atrair investidores.

Por maior que seja o investimento em tecnologia limpa, precisamos fazer muito mais. Isso resume um imenso desafio e uma tremenda oportunidade de mercado. As empresas inovadoras devem se aproveitar dessas oportunidades. Quantas delas serão empresas da América Latina? O relatório completo no www.weforum.org/pdf/energy_industry/EnergyVision.pdf

Site: http://www.weforum.org/en/media/PressKitLA2008/index.htm | A reunião, visite: http://www.weforum.org/latinamerica2008

Perfil - O World Economic Forum é uma organização internacional e independente compromissada em melhorar as condições do mundo, envolvendo lideranças para estruturar agendas locais, regionais e globais.Incorporada como uma fundação em 1971 e sediada em Genebra na Suíça, o World Economic Forum é imparcial, não tem fins lucrativos e não está ligado a interesses políticos, partidários ou nacionais. | Site: http://www.weforum.org

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