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20/09/2018 - 08:14

21 de Outubro - Dia Mundial de Combate à Doença de Alzheimer

Uma das doenças degenerativas do cérebro que mais cresce entre os idosos é o Alzheimer. Hoje é uma das formas mais comuns de demência, responsável, segundo a Organização Mundial de Saúde, por 60 a 70% dos casos. Agora em setembro, dia 21, é o Dia Mundial de Combate a Doença de Alzheimer. Ainda não há um diagnóstico definitivo, apenas um diagnóstico de exclusão. No momento não há cura e não tem como ser evitada. O que é possível fazer é minimizar as causas ainda quando se é jovem, tendo uma melhor qualidade de vida.

Medidas simples como ter uma alimentação saudável, se manter hidratado, praticar atividades físicas, ter vida social com familiares e amigos e uma mente ativa, são dicas que ajudam a envelhecer bem, preservando a saúde do cérebro e a memória.

Exercitar o cérebro com jogos de tabuleiro, cartas, palavras cruzadas, aprender uma língua ou a tocar um instrumento musical traz um ganho enorme para a plasticidade cerebral, além de proporcionar melhora na coordenação motora, na agilidade, no raciocínio lógico e na atenção.

Já a prática de exercícios físicos faz o coração bater mais forte e há um aumento do fluxo de sangue no cérebro, aumentando a oxigenação.

Sair com amigos e familiares é outro ponto que colabora para evitar depressão, que é maléfica para a cognição. Rir, conversar e estar sempre otimista perante a vida é muito importante.

Dormir bem ajuda a fixarmos o aprendizado. Quem dorme pouco corre o risco de sofrer com o declínio cognitivo e a apneia do sono aumenta o risco de demência. Uma noite mal dormida reflete no raciocínio e na dificuldade de se lembrar de coisas simples.

Outra dica bem fácil para forçar o seu cérebro a trabalhar, é sair da rotina. Mude os caminhos de casa para o trabalho e faça coisas diferentes nos finais de semana.

Segundo a ONU, 75% dos doentes de Alzheimer desconhecem que sofrem do mal e a família, às vezes, é a última a perceber que aquele “simples” esquecimento, no idoso, é um dos sintomas iniciais. Além disso, muitos enfrentam o problema com a assistência médica. Com a crise e o achatamento das aposentadorias, a maioria não tem condições de pagar um plano de saúde e depende dos hospitais públicos/SUS que não oferecem um atendimento de excelência e acompanhamento constante.

O tratamento da doença requer um atendimento multidisciplinar com atendimento por profissionais da área da neurologia, clínica médica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição. A doença manifesta-se através de uma demência progressiva, que aumenta sua gravidade com o tempo e os sintomas começam lentamente e se intensificam ao longo dos anos. É um conjunto de sintomas que provoca alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento e habilidades visuais-espaciais), físico (problemas de marcha e deglutição) e também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros), limitando, progressivamente, a pessoa nas suas atividades diárias.

Pode ser que os primeiros sintomas comecem alguns anos antes dos familiares perceberem que o idoso está com demência. Podem ser esquecimentos simples, como troca de nomes dos parentes, repetição de uma mesma história várias vezes e mudança de comportamento ou comportamento não adequado. Quanto antes se iniciar um tratamento, procurando a ajuda de um profissional da área médica, melhor será para retardar o avanço da doença. Um diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento, que tem como objetivo frear o progresso da doença.

Os cuidados com o paciente são essenciais para que ele tenha conforto. O convívio familiar também é muito importante. Sempre observar as mudanças de comportamento, ter cuidados com a higiene para evitar infecções, não entrar em conflitos e principalmente ter muita paciência e amor.

Junto com os doentes, cresce também o número de familiares cuidadores que possuem sua rotina afetada pela doença. É comum este cuidador desenvolver doenças originadas pelo estresse. Além de vários outros problemas físicos, esse familiar pode apresentar também depressão, exaustão, insônia, irritação e falta de concentração. São problemas tanto físicos quanto psicológicos. Isso ocorre devido à sobrecarga de tarefas com o doente que aumenta com a evolução da doença.

Algumas dicas podem ajudar o cuidador a diminuir o estresse diário. Uma delas é aumentar o conhecimento sobre a doença, isso faz com que o familiar se prepare para as etapas do processo de demência, encarando as dificuldades de maneira mais prática. É importante que a pessoa tenha um sono reparador, pratique atividades físicas, tire um momento para si, mantenha uma rotina com amigos, medite, exercite a espiritualidade e se preciso participe de grupos de apoio.

Dia 20 de setembro, às 18h30, o neurologista André Lima vai realizar uma palestra sobre Alzheimer na Clínica Neurovida. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelos telefones: 3738-9800/97513-2413 (whatsapp). Vagas limitadas. A Neurovida fica na Av. Lúcio Costa, 17.970 – loja E, esquina com a Rua Gilka Machado, no Recreio dos Bandeirantes.

. Por: André Lima, neurologista, Diretor Médico da Clínica Neurovida, membro da Academia Brasileira de Neurologia, membro do Departamento Científico de Doppler Transcraniano da Academia Brasileira de Neurologia, membro do Departamento Científico de Acidente Vascular Cerebral da Academia Brasileira de Neurologia, membro fundador da Associação de Neurologistas do Estado do Rio de Janeiro, membro da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral e membro da Europe Stroke Organization. Cursou a especialização em Doença Cerebrovascular no Hospital Santa Maria, em Lisboa, Portugal.

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