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16/04/2008 - 11:32

Nova política industrial eleva participação do Brasil nas exportações globais

Rio de Janeiro - A nova política industrial, que será anunciada pelo governo nos próximos dias, estabelecerá como meta, na área do comércio exterior, que o Brasil detenha 1,25% do comércio internacional em 2010, contra os atuais 1,14%. A informação foi dada no dia 15 de abril, pelo secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral.

Com a meta, as exportações do Brasil deverão chegar a US$ 220 bilhões por ano em 2010. Barral refutou a tese de que a meta de 1,25% de exportações do cenário mundial seja reduzida ou conservadora. “Nós tivemos um salto. Há cinco anos, o Brasil tinha só 0,8% do comércio internacional. Nós saltamos em 2007 para 1,14% e queremos chegar a 1,25% em 2010. Parece pouco. Mas isso vai deixar o Brasil entre os 20 maiores exportadores mundiais”.

O secretário enfatizou que, para chegar a essa fatia do comércio mundial, o Brasil terá que elevar as exportações até que cheguem a um patamar superior ao de outros mercados. “E o comércio mundial está crescendo muito. Então, a gente tem um efeito duplicado, que é crescer as exportações e crescer mais ainda que as exportações mundiais. Se nós conseguirmos atingir essa meta, nós vamos ficar à frente, por exemplo, da Suíça e da Suécia, que são exportadores bastante tradicionais”, avaliou.

Em relação a outros países emergentes, o Brasil enfrenta a concorrência da China, que detém 8% das exportações globais, e da Rússia, com 2,5%. Já a Índia tem 1% dos embarques internacionais, percentual inferior ao do Brasil.

Barral abre amanhã (16), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, no Rio de Janeiro, o 124º Encontro de Comércio Exterior (Encomex), cujo principal objetivo é estimular a participação de micro e pequenos empresários fluminenses no mercado externo.

Segundo ele, o governo quer que a fatia exportada pelas micro e pequenas empresas aumente no próximo ano. “Temos a meta de aumentar a participação de micro e pequenas empresas para, pelo menos, 4%. E o estado do Rio de Janeiro, que tem um número muito grande de micro, pequenas e médias empresas, é um fermento importante para promover essa participação”, disse.

Hoje, as micro e pequenas empresas têm uma participação de 1,7% no valor exportado pelo Brasil, enquanto as médias empresas alcançam 6,7%.

Barral disse que a pauta das exportações brasileiras é diversificada e rebateu as críticas de que se baseie, principalmente, em commodities, bens primários com cotação no mercado internacional, tais como produtos agrícolas e minério. “A exportação brasileira é muito variada”, afirmou.

A indústria, exemplificou o secretário, tem como principal produto exportado os aviões. Os produtos que se seguem nesta lista são os automóveis, maquinas em geral e tratores. “Você tem uma diversidade tecnológica e industrial muito grande”, disse.

As commodities são o segundo grupo da pauta de exportações e não são exclusivamente produtos básicos, conforme destacou o secretário. “Não é verdade [que commodities sejam só produtos básicos]. Alguns produtos químicos de alto valor agregado são considerados commodities”.

O terceiro grupo é aquele que engloba produtos com alto grau de inovação, o que, segundo Barral, não diz respeito somente a componente tecnológico. Neste caso, pode envolver também aspectos como marca e design. “Falando especificamente do Rio de Janeiro, onde há uma exportação expressiva de biquinis, por parte de pequenas e médias empresas, onde a marca e o design são quesitos extremamente importantes”, concluiu. | Por: Alana Gandra \ABr

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