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16/04/2008 - 11:57

Mercado automotivo brasileiro cresce e já é o sétimo maior do mundo

A partir do final da década de 80, quando o Brasil entrou em franco processo de redemocratização, a economia do país adquiriu novas configurações e o mercado brasileiro, notadamente, tornou-se diversificado e concorrido. O setor automotivo se encaixou perfeitamente nessa nova perspectiva de mercado e acompanha, nos últimos vinte anos, o seu crescimento, oferecendo aos consumidores produtos cada vez melhores em acabamento, tecnologia, solidez e variabilidade.

Nos primeiros anos da década de 90, Volkswagen, Fiat, Ford e Chevrolet dominavam quase que exclusivamente o mercado nacional de carros de passeio. Atualmente, marcas como Peugeot, Honda, Mahindra e Renault incorporam esse grupo também. A diversidade de marcas permite ao consumidor um vasto leque de acessórios, potências, formatos, cores e modelos. O que não falta para o consumidor, na hora de comprar seu veículo, são opções.

A vinda de indústrias de outras partes do mundo, sem dúvida, decorre do crescimento da própria marca ou do seu país de origem. Entretanto, é inegável que para o Brasil entrar na mira de corporações que adquiriram o poder da transnacionalidade, é necessário haver cenário para o desenvolvimento. E esse panorama foi alcançado por meio da abertura política, do crescimento econômico e do aumento do poder de compra do brasileiro.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o licenciamento de veículos no primeiro bimestre deste ano cresceu 38,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de veículos de passeio, 23%; e a de máquinas agrícolas, 62,6%. Entre 2004 e 2008, foram criados mais de 31 mil novos postos de trabalho nas linhas de produção de todo o país. O crescimento, ano após ano, tornou-se via de regra e hoje, o Brasil já é o sétimo maior produtor de veículos do mundo.

Os números da produção nacional remetem ao mercado varejista, intermediador do negócio entre fabricantes e consumidores comuns, que são boa parte dos compradores de veículos novos. Em levantamento feito no Distrito Federal, constatou-se que a comercialização de veículos acompanha o crescimento do mercado produtivo. No primeiro bimestre deste ano, as vendas das concessionárias foram 27,16% maiores que em 2007. Dados como esse se convertem em novo ânimo para a produção crescer no ano subseqüente.

Os consumidores são os maiores beneficiários dessa conjuntura. Os preços estão mais acessíveis, os sistemas de consórcio e financiamento mais variados e as taxas de juros sob controle. A manutenção dessa estrutura atende a todo tipo de comprador, não é necessário ser magnata para ter veículo hoje em dia.

Os governos, nas suas distintas esferas, devem continuar a desenvolver políticas públicas modernas, para a manutenção da escalada do mercado. Para continuar crescendo, produzindo e vendendo, aqui e no exterior, a indústria automotiva carece de infra-estrutura, incentivos fiscais e parcerias. Crescer é uma necessidade em ambientes de competição. O Brasil está bem alocado no mercado interno e externo, mas manter esse status com a ascensão de mercados emergentes requer trabalho árduo e coletivo, entre os setores público e privado. Instalar indústrias de outras partes do mundo no Brasil não é problema, mas permitir a perda de mercado para indústrias instaladas em outras partes do globo não é bom negócio.

Hoje, no Distrito Federal, há dez concessionárias em processo de instalação. Uma concessionária gera, em média, 100 postos diretos e 200 indiretos de trabalho. No setor automobilístico, o crescimento do mercado está, necessariamente, alinhavado à criação de novos postos de trabalho e projetar um futuro ascendente é benéfico não só para quem gere o negócio, mas também para todo o país enquanto nação de trabalhadores.

Indústrias e concessionárias pagam impostos, empregam gente, geram divisas e devem ser protegidas e incentivadas pelo Estado. Pensar e agir dessa forma é dar vida longa ao crescimento e a garantia de trabalho para uma gama cada vez maior de profissionais.

. Por: Diretor de Vendas do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal – SINCODIV/DF

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