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25/09/2018 - 06:42

Rio Oil & Gas 2018 discute o novo momento da indústria de petróleo


Autoridades e palestrantes internacionais marcam o início do congresso no Centro de Convenções Riocentro, Rio de Janeiro.

A 19ª edição da Rio Oil & Gas teve início com discussões sobre o atual cenário do setor e foco na transição energética. Autoridades e nomes de peso da indústria reforçaram também a necessidade de desenvolver um senso de urgência para atrair investimentos e melhorar a economia do Brasil.

Na sessão de abertura, o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), José Firmo, afirmou que a indústria de óleo e gás vive uma fase de transformação que abre espaço para dinamizar o setor e colocar em evidência os benefícios que podem ser gerados ao país. Segundo o executivo, é necessário aproveitar o momento de transição energética com “senso de oportunidade para converter reservas em riqueza”.

Firmo destacou ainda que, se forem feitos os ajustes necessários, é possível elevar a produção de óleo e gás para 6,3 milhões de barris/dia, com a geração de 400 mil novos empregos e arrecadação de R$ 6 trilhões para o país. “O Brasil precisa ser competitivo e investir em planejamento e gestão para aproveitarmos essa fase”, disse.

O foco na janela de oportunidades do setor e nas mudanças que estão por vir também foram reforçadas nos discursos do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, e do diretor-geral da ANP, Decio Oddone. Segundo Márcio Félix, é importante evoluir em temas como gás e assegurar que as mudanças já realizadas para o avanço do setor prossigam. Décio Oddone destacou que, mantidos os avanços regulatórios, a previsão de investimentos para o país é de R$ 250 bilhões ao ano até 2030. “Para atingir essa estimativa, precisamos de mais empresas e um mercado competitivo para atrair investimentos e gerar benefícios para a sociedade”, disse Oddone.

A nova geopolítica e a transição energética — O cenário mundial com a produção de xisto em larga escala pelos Estados Unidos e a demanda energética da China, maior consumidor mundial de energia, também foram destaque no congresso. No painel “A nova geopolítica de petróleo e gás”, o diretor sênior do Centro de Estudos de Energia do Baker Institute (EUA), Kenneth Medlock, afirmou que “os EUA reconheceram a importância da energia e conseguiram mudar sua posição de importador para exportador. Com isso, se declararam um país superpoderoso em energia”. Medlock destacou ainda que a questão geopolítica dos países produtores tem determinado a dinâmica dos importadores de energia. “O mundo está procurando fornecimento seguro baseado em comércio e em geopolítica”, afirmou o executivo.

A analista sênior da Agência Internacional de Energia, Toril Bosoni, destacou que foi a instabilidade geopolítica que provocou a redução da produção em países como Venezuela, México, Nigéria e Líbia. Já Fareed Mohamedi, diretor do SIA Energy Internationational, apontou que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, tem criado novas tensões no Oriente Médio e mostrou preocupação com a maneira com que o resto do mundo vai lidar com as sanções dos norte-americanos ao Oriente Médio.

Toril Bosoni fez ainda um alerta para o impacto do uso dos veículos elétricos, que vem transformando a matriz energética do futuro. “Em 2025, teremos 50 milhões de veículos elétricos. A projeção para 2040 é de 300 milhões, o que é muito significativo”.

A significativas transformações que vêm ocorrendo na atual matriz energética global também foram abordadas durante o almoço-palestra “Os desafios e oportunidades do setor de upstream no mundo em transição energética”. O diretor internacional de Upstream da Shell, Andy Brown destacou as tendências de cenário futuro, quando os governos terão que se comprometer cada vez mais com a redução das emissões de CO2, a crescente presença dos carros elétricos e a mudança na mentalidade dos consumidores de energia.

“Para a indústria de petróleo e gás, não se trata de sobreviver à transição energética, mas sim de prosperar e crescer durante esse momento. Por isso, é extremamente importante que as empresas voltem suas atenções para o valor agregado dos seus produtos”, disse Brown.

Outro aspecto apresentado pelo executivo foi a digitalização como fator para geração de valor ao Upstream. De acordo com Brown, as novas tecnologias são fundamentais para melhorar processos, bem como auxiliar o setor nesse grande momento de transformação. “Somos uma indústria em que os dados fazem parte do core business. É impressionante o quanto se pode extrair de processos como o machine learning. O desafio atual está em como promover a inovação”, afirmou.

A Rio Oil & Gas acontece até o dia 27 de setembro (quinta-feira), com cinco blocos temáticos que tratarão de Exploração e Produção, Downstream, Gás e Energia, Abastecimento, Gestão da Indústria, e Tecnologias Digitais. Serão realizados paralelamente onze eventos, que reunirão especialistas em tecnologia, sustentabilidade, SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança), certificação, exploração, downstream e formação profissional.

. A programação completa pode ser acessada no portal www.riooilgas.com.br ou pelo App, disponível para download na Google Play ou na App Store.

E, nos Canais do Petróleo, e Gás “Vídeo Fator Brasil” da abertura da Rio Oil & Gas.

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