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03/10/2018 - 08:39

Fator de carga recorde reflete forte demanda de passageiros em agosto

Genebra — A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA - International Air Transport Association) anunciou os resultados gerais do tráfego de passageiros de agosto de 2018, mostrando que a demanda (medida em quilômetros por passageiro e receita, ou RPKs) subiu 6,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado ficou um pouco acima do aumento anual de 6,1% em julho. A capacidade mensal (medida em assentos disponíveis por quilômetro, ou ASKs) aumentou 5,5%, e o fator de carga subiu 0,7 ponto percentual, atingindo 85,3%, a maior taxa desde 1990.

"O setor teve um forte crescimento no tráfego em agosto, fechando a alta temporada que foi muito boa. O fator de carga recorde indica que as companhias aéreas estão maximizando a eficiência dos seus ativos em um momento de aumento nos preços dos combustíveis e outros custos que limitam as oportunidades de estímulo à redução de tarifas", disse Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da IATA.

Mercados internacionais de transporte aéreo de passageiros — A demanda internacional de passageiros em agosto subiu 5,6% em relação a agosto de 2017, resultado semelhante ao do mês passado, quando a taxa foi de crescimento foi de 5,5% na comparação com julho de 2017. Todas as regiões registraram aumento, o maior deles foi relatado pelas companhias aéreas da região Ásia-Pacífico. A capacidade subiu 5,1% e o fator de carga aumentou 0,4 ponto percentual, atingindo 85,0%.

As companhias aéreas da região Ásia-Pacífico registraram aumento de 7,5% no tráfego de passageiros em relação ao mesmo período do ano passado, que foi uma aceleração na comparação com o crescimento de 7,2% em julho. A capacidade aumentou 6,1% e o fator de carga subiu 1,1 pontos percentuais, atingindo 82,6%. A tendência de alta no tráfego de passageiros continua muito forte em parte por causa de mudanças estruturais, incluindo aumentos contínuos nos padrões de vida na região e aumento no número de rotas para passageiros, reduzindo o tempo e, por fim, estimulando a demanda.

As companhias aéreas da Europa apresentaram aumento da demanda em agosto de 5,1% na comparação com o ano passado, além de aumento em relação à taxa de crescimento de 4,5% registrada em julho. Porém, no ajuste sazonal, o crescimento não teve alteração desde o final da primavera no Hemisfério Norte. A capacidade cresceu 4,5% e o fator de carga subiu 0,5 ponto percentual, atingindo 88,9%, o maior entre as regiões. A demanda na Europa está sendo afetada por diferentes impactos na economia e possíveis interrupções causadas por greves de controladores de tráfego aéreo.

As companhias aéreas do Oriente Médio registraram aumento de tráfego de 5,4% em agosto, uma desaceleração em relação à taxa de 6,2% obtida em julho. O volume de passageiros tem crescido a uma taxa anual de 8% desde o início do ano. A capacidade aumentou 6,3%, com o fator de carga caindo 0,7 ponto percentual, atingindo 80,7%.

As companhias aéreas da América do Norte registraram aumento de 3,7% na demanda internacional em relação a agosto de 2017. Este resultado representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 4,1% registrado em julho, mas refletiu a evolução no ano passado, e não indica mudança na atual tendência saudável. A capacidade cresceu 3,3% e o fator de carga aumentou 0,4 ponto percentual, atingindo 87,2%.

As companhias aéreas da América Latina tiveram aumento de 4,8% na demanda em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado, uma alta em relação à taxa de 3,5% obtida em julho. A capacidade aumentou 6,5% e o fator de carga caiu 1,3 pontos percentuais, atingindo 81,4%. As comparações ano a ano estão distorcidas devido às paralisações relacionadas a furacões há um ano, e o tráfego tem se mantido sem alteração desde abril, no ajuste sazonal.

As companhias aéreas da África apresentaram aumento de 6,8% no tráfego de passageiros em agosto, uma desaceleração em relação ao crescimento de 7,4% registrado em julho; porém, o cenário em geral indica que a demanda continua forte, apesar de um ambiente cada vez mais difícil nas maiores economias do continente. A África do Sul entrou em recessão no segundo trimestre e a confiança nos negócios na Nigéria se mantém tímida nos últimos meses. A capacidade aumentou 3,8% e o fator de carga subiu 2,2 pontos percentuais, atingindo 78,2%.

Mercados domésticos de transporte aéreo de passageiros — A demanda por viagens domésticas subiu 7,7% em agosto em relação a agosto de 2017, resultado que ficou acima da taxa de crescimento de 7,2% registrada em julho. A capacidade aumentou 6,2% e o fator de carga aumentou 1,2 pontos percentuais, atingindo 85,7%. Todos os mercados relataram aumento de demanda, mas com grande variação.

As companhias aéreas da Índia atingiram o 48º mês consecutivo de aumento de dois dígitos no tráfego doméstico, com a demanda subindo 22,6%. O tráfego continua estimulado pelo aumento no número de rotas domésticas oferecidas.

As companhias aéreas da China tiveram aumento de 14,9% no tráfego doméstico em agosto de 2018, pelo quarto mês seguido. Tanto na China quanto na Índia, os grandes aumentos na demanda são resultado do aumento nos padrões de vida e no número de opções de voo.

"A aviação é o negócio da liberdade, que reúne amigos e familiares e conecta empresas aos seus mercados. Para manter essa liberdade, as conexões aéreas precisam ser mantidas. Por isso, é absolutamente fundamental que as autoridades da aviação um acordo após a saída do Reino Unido da União Europeia. Não se trata apenas de permissão para pousos e decolagens de voos. Isso inclui desde licenças de pilotos até medidas de segurança, e muito mais, tudo isso precisa estar no acordo. O reconhecimento mútuo dos padrões já existentes pode resolver grande parte desses problemas, mas não podemos deixar a situação se complicar. A suposição de que 'tudo ficará bem' mostra pouca compreensão das complexidades envolvidas. Preparações devem ser feitas para cada contingência, em um ambiente com mais transparência do que vimos até agora", disse Alexandre de Juniac.

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