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03/10/2018 - 08:42

Confusão no palco, insegurança na plateia!

O que as empresas podem aprender com as campanhas políticas!

O teatro das campanhas políticas brasileiras contempla em seu repertório cenas que vão das mais grotescas às mais hilárias, deixando grande parte do eleitorado brasileiro perplexo, confuso, inseguro e extremamente desanimado em relação ao futuro do nosso País.

Não basta ser patriota para acreditar nos dias que virão. Temos que ter atores patriotas que com suas falas, ideias, ações e sobretudo vida pregressa mereçam nossos aplausos e votos.

Uma cena por exemplo, fruto de falta de ensaio prévio, mostra o ator principal solicitar que seu coadjuvante cale imediatamente a boca, pois está falando tudo errado e que não é nada disso. A plateia se movimenta desconfortavelmente em suas poltronas e não sabe o que fazer e pensar.

Na próxima cena, outro ator se apresenta com um script melhor ensaiado, deixando a seguinte mensagem para a distinta massa de cidadãos: caso me torne o ator escolhido atuarei conforme as ordens que virão da coxia. Mais uma vez o distinto público reage desconfortavelmente. Para o público surge a dúvida: em quem acreditar? No ator ou na turminha atrás dos panos?

Não podemos esquecer os atores dotados de poderes mágicos. Estes ainda não apresentam seus números de prestidigitação, mas tentam encantar a distinta plateia do que serão capazes de realizar assim que forem confirmados no cargo. Dos mágicos pouco se pode esperar pois seus truques vêm falhando regularmente e não convencem.

Ao término do espetáculo, o público deixa a sala triste e desnorteado, pensando cá consigo: “ Meu Deus o que será que acontecerá?"

Nas empresas os gestores são os atores, mas com uma grande diferença. Eles não representam, mas encarnam de fato o papel que exercem. Mesmo assim podem deixar o seu público inseguro e desnorteado como o público do teatro caricaturado acima.

Quantas vezes não assistimos à desorientação dos funcionários quando recebem ordens e logo em seguida contra ordens dadas por outros gestores. Em quem acreditar ou obedecer?

Temos ainda inúmeros processos de sucessão mal encaminhados onde o sucessor passa a ser o vilão da história. Isto acontece em muitas empresas familiares, onde mesmo o pai passando o bastão de mando para o herdeiro não deixa de dar ordens a seu bel prazer. Afinal das contas, ele é o dono e quem manda é ele mas não percebe que está cavando a cova da liderança do próprio filho.

Em grupos maiores, não é raro acompanhar até pela imprensa, notícias de mandos e desmandos oriundos de brigas entre sócios e o Conselho de Administração ou deste com os gestores.

Em resumo, o nosso público formado por funcionários é muito sensível ao que assiste ou às orientações que recebe. No caso das empresas muita atenção precisa ser dada à coerência e à transparência dos atos administrativos alinhados com os princípios, a visão e missão das organizações. Rapidamente deslizes e falhas podem gerar enorme insegurança o que é muito nocivo para a gestão e desenvolvimento das empresas.

No caso da política, infelizmente ainda estamos na condição de espectadores.

. Por: Thomas Lanz, fundador da Thomas Lanz Consultores Associados, empresa especializada em governança corporativa, gestão de empresas médias e grandes no Brasil.

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