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06/10/2018 - 06:54

O que provoca e como tratar a trombose


Dia 13 de outubro é o Dia Mundial de Conscientização e Combate a Trombose, doença que se não for tratada pode evoluir e até levar a morte súbita. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, estima-se que cerca de 180.000 novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano. O tratamento contra a trombose vai depender da localização da veia afetada, do tempo que ela está obstruída e da extensão do trombo. Para pacientes com diagnóstico recente, dá para tratar com medicações anticoagulantes. Em situações mais graves, a solução é a cirurgia.

As varizes podem levar à trombose, mas não é uma regra. Nem todo paciente que tem varizes vai ter trombose, mas o risco é maior com certeza. Quem possui varizes, possui veias dilatadas onde o sangre circula com uma certa lentidão e isso favorece a coagulação. Quando um coágulo impede o fluxo sanguíneo, acontece a trombose.

Para quem já tem problemas circulatórios, uso de hormônio e cigarro também não é aconselhado. O hormônio pode ser prejudicial, mas o anticoncepcional não é um vilão de um modo geral. O medicamento deve ser utilizado com orientação de um ginecologista e a mulher, que precisa fazer uso, deve tomar a dosagem de acordo com as suas necessidades e características de seu organismo. Só um profissional vai avaliar quais são os riscos e benefícios caso a caso. Quem já teve o problema é desaconselhável. O anticoncepcional, por ser composto de hormônios como o estrogênio, que contribui não só para a formação de coágulos, mas também para que as paredes das veias fiquem mais dilatadas. Já o cigarro contém substâncias que são pró-coagulantes.

Já a afirmação de que só os idosos têm problemas de trombose, não é verdade. Pessoas mais jovens também podem apresentar o problema, principalmente aquelas que estão expostas a mais fatores de risco, como uso de hormônio, hereditariedade, fumo e sedentarismo. A gravidez é um deles. E os principais motivos são a elevação das taxas dos hormônios femininos e o fato do organismo da gestante desencadear uma série de reações químicas com o intuito de evitar que o bebê seja encarado como um corpo estranho aumentam a coagulação. A barriga comprime a veia cava, responsável por transportar o sangue que vem das pernas para o coração e a circulação fica mais lenta e o sangue se acumula nos membros inferiores.

Quem já possui problemas circulatórios devem ficar atentas em viagens longas, principalmente de avião, pois além de ficar confinado na poltrona, o passageiro sofre desidratação pela alteração de pressão. A imobilidade prejudica o retorno do sangue venoso das pernas e pés para o coração. Assim, se o sangue demora a fazer esse retorno pode se formar, dentro das veias, um coágulo sanguíneo. Esse coágulo que entope a veia é o que chamamos de trombose.

Deve-se ter cuidado com o desenvolvimento da Síndrome pós-trombótica (SPT) que são algumas alterações que acontecem nas pernas de quem teve trombose venosa profunda. Após tratamento adequado, geralmente o trombo recanaliza, no entanto, em muitos casos ficam sequelas. Os principais sintomas são: manchas escuras, endurecimento da pele e ferida nas pernas, além de dor, inchaço, coceira, cansaço e sensação de peso.

No entanto podemos evitar esse problema adotando medidas simples como praticar uma atividade física, ter uma alimentação equilibrada e não fumar. E o principal: se notar alguma alteração nas veias das pernas procurar imediatamente um especialista.

. Por: Angiologista e cirurgião vascular Ricardo Brizzi, membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro e um dos responsáveis pelo setor de cirurgia vascular e endovascular dos hospitais Badim, Israelita e Norte D’Or.

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