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10/10/2018 - 08:29

Indústria e Segurança da Informação: as principais ameaças de 2018


As empresas, devido à sua importância social e econômica, encontram-se no centro das atenções no que diz respeito à segurança. No entanto, ao contrário da segurança física, a proteção das informações tornou-se prioridade apenas recentemente. Enquanto isso, mudanças estão ocorrendo rapidamente neste setor e exigem uma reação igualmente rápida.

Crescimento do número de invasões acidentais de softwares maliciosos — O fator humano tem sido considerado pelos especialistas a principal ameaça à segurança da informação. Os hackers ainda não encontraram uma maneira mais fácil de violar a proteção de uma empresa do que atacando um usuário e um PC específicos. Eles utilizam a engenharia social para obter informações confidenciais, enviando vírus, ransomwares e cavalos de troia.

Para obter sucesso no combate aos riscos gerados pelo fator humano, é necessário controlar todos os canais de transmissão de informações, analisar o tráfego e orientar os funcionários sobre as regras de Segurança da Informação (SI). Monitoramentos regulares no âmbito da SI podem ser realizados dentro da própria instituição ou recorrendo a serviços de empresas especializadas na formação de agentes de segurança da informação, como CTI, Security Awareness Training, entre outros.

Aumento dos ataques às empresas industriais — Em 2017, os especialistas em SI notaram o aumento do interesse de criminosos cibernéticos e agentes internos pelas empresas industriais. Primeiro eles roubam os dados de usuários, planos, esquemas de processos tecnológicos, documentação técnica de engenharia e depois, monetizam os essas informações. O volume de tais crimes só tende a crescer, já que a informatização das instalações industriais tem ganhando cada vez mais força.

Para que os funcionários entendam a responsabilidade pelas atividades internas, é importante informá-los sobre incidentes e respectivas punições em casos de fraudes. Por exemplo, em 2017 foi divulgado o caso de um dos clientes da SearchInform. A empresa Akado Yekaterinburg, iniciou e ganhou uma causa na justiça contra um ex-funcionário e seu cúmplice, que tentaram “vazar” o banco de dados de seus clientes. Os dados obtidos com a ajuda do sistema DLP foram utilizados como prova no processo judicial.

Mineração de moedas criptografadas com recursos da empresa — A mídia tem discutido amplamente os principais escândalos relacionados à mineração de dados no local de trabalho. O caso mais famoso é o da sentença proferida em janeiro de 2017. O funcionário do sistema do Federal Reserve, o Banco Central americano, Nicholas Bertault, instalou no servidor da organização um software destinado à mineração de moedas criptografadas. Bertault alterou a política de segurança para obter acesso remoto ao servidor a partir de seu computador pessoal. Nicholas foi condenado a 12 meses de prisão em liberdade condicional e multa de cinco mil dólares.

Em 2018 a tendência prevalece. Os trabalhadores são atraídos pela facilidade deste tipo de ganho: gastam os recursos da empresa e ainda recebem uma renda adicional. O mais desagradável é que é mais difícil detectar a mineração realizada internamente do que no caso de uma invasão por um vírus minerador. O departamento de segurança deve possuir as ferramentas necessárias para a identificação de tais atividades.

Fraudadores internos usam ferramentas de TI para cometer crimes comuns — Empregados mal intencionados estão utilizando cada vez mais os métodos de fraude cibernética. Um caso real: Um profissional em TI de um dos clientes da SearchInform “espelhou” os e-mails de dois executivos, diretores comercial e geral, em seu próprio correio eletrônico. O acesso ao e-mail foi parar nas mãos dos concorrentes diretos da empresa e, se o sistema de DLP não detectasse as violações, os concorrentes saberiam sobre todos os processos da administração da empresa. As atividades do criminoso foram interrompidas.

Grupos de risco — Em qualquer equipe de trabalho, existem funcionários potencialmente perigosos: pessoas endividadas podem acabar roubando para pagar suas dívidas, alcoólatras e pessoas com outros vícios podem acabar perdendo a cabeça e desrespeitando seus colegas. Esse perfil de empregado será sempre um ponto fraco na empresa, além do que, também podem tornar-se facilmente vítimas de chantagem: quando pressionados, podem acabar cometendo crimes para manter seus segredos pessoais. Munidos com as devidas ferramentas os profissionais em Segurança da Informação podem identificar os “grupos de risco” nas empresas e monitorá-los.

Um cliente da SearchInform conseguiu evitar perdas financeiras em sua empresa graças ao desenvolvimento de uma política de segurança voltada para grupos de risco. O principal analista financeiro da empresa-cliente passou o seu horário de almoço jogando pôquer na internet. O departamento de segurança descobriu que o hobby já havia se tornado um vício há algum tempo, e que o volume anual gasto no jogo pelo funcionário era de mais de 40 mil dólares. A qualquer momento, esse dinheiro poderia ser retirado das contas da empresa. Por isso o funcionário precisou ser desligado.

Integração das soluções de proteção — A segurança da informação é um processo contínuo que requer uma abordagem integrada e uma análise abrangente. A ideia de integração das soluções de proteção em um único sistema é apoiada por reguladores e especialistas da SI, pois aumenta significativamente o nível da segurança da dos dados. Enquanto um sistema identifica o comportamento anormal, determinando o meio de obtenção do acesso à informação, o outro avalia o conteúdo da comunicação. Essa interação entre os sistemas possibilita a investigação completa do crime e a coleta do maior número de evidências.

Apesar da amplitude dos problemas descritos acima, da seriedade dos novos desafios e ameaças, existem razões para olharmos para o futuro com otimismo. Para combater as ameaças à segurança da informação, as empresas de hoje possuem profissionais com a qualificação necessária, e os fornecedores, por outro lado, oferecem soluções de alta tecnologia. Resta combinar esses dois fatores e realizar um trabalho bem planejado.

. Por: Vladimir Prestes, Diretor-Geral da SearchInform no Brasil, líder russa em sistemas de segurança da informação há mais de 20 anos. Com mais de dois mil clientes e cerca de 1.200.000 computadores protegidos, possui escritórios em 16 países.

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