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17/04/2008 - 09:18

BC deveria aumentar o depósito compulsório e não a Selic, avalia economista

Rio de Janeiro - O economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Reinaldo Gonçalves disse no dia 16, que não havia necessidade de aumentar a taxa básica de juros, uma vez que a inflação brasileira é mais ligada ao custo do que à demanda.

Para ele, ao contrário de elevar a Selic em 0,50 ponto percentual como fezno dia 16, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) poderia optar pelo aumento do depósito compulsório. “Ou seja, reduzir a base de expansão de crédito”, explicou.

Na visão de Gonçalves, o aumento seria uma alternativa somente se fosse registrada no país uma pressão inflacionária muito forte, “o que não é verdade”. O economista afirmou que a elevação da taxa de juros mostra a inconsistência macro-econômica do governo Lula. “Porque, ao mesmo tempo em que você está aumentando a taxa de juros, você está mantendo uma expansão de crédito muito forte na economia brasileira”.

Segundo o economista, os impactos poderão ser observados pelas pessoas endividadas, que verão a renda cair. A expectativa em termos de investimentos e gastos também se deteriora, apontou Gonçalves.

“Sinaliza [o aumento da taxa Selic] mais uma vez aquela história do vôo da galinha. A economia cresce, tem uma pressão inflacionária e os juros voltam a subir. É aquela gangorra. Juros caem, a renda sobe. Aí, os juros sobem e a renda cai. Isso deteriora muito as expectativas em relação à economia brasileira”, registrou.

Reinaldo Gonçalves disse, ainda, que o aumento dos juros mantém o mecanismo de atração de capital de curto prazo especulativo para o Brasil, deixando o dólar num patamar artificialmente muito baixo e prejudicial à atividade produtiva. | Por: Alana Gandra | ABr

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