Acordo Livre Comércio Brasil — Chile

As relações entre Brasil e Chile caracterizam–se pela intensidade e pelo dinamismo do intercâmbio comercial e empresarial, observa o Itamaraty.

De acordo com o Itamaraty, aa coordenação política, área em que ambos os países têm aprofundado sua articulação, o bom entendimento e a adoção de posições comuns têm sido frequentes tanto no âmbito regional quanto no multilateral.

Os investimentos bilaterais crescem ano a ano, beneficiando as economias e as sociedades dos dois países. O Brasil concentra o maior estoque de investimentos externos chilenos no mundo, que já ultrapassou a marca dos US$ 28 bilhões. As empresas chilenas que atuam no Brasil se distribuem por áreas tão distintas quanto papel e celulose, varejo e energia. O Brasil, por sua vez, registra investimentos na economia chilena de mais de US$ 4 bilhões. Em novembro de 2015, os dois países firmaram o Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI), que, quando em vigor, dinamizará ainda mais as relações econômico-comerciais bilaterais, que deverão ser beneficiadas também por outros instrumentos ainda em negociação.

— O comércio entre Brasil e Chile já está liberalizado, ao amparo do Acordo de Complementação Econômica Mercosul-Chile (ACE-35). O Chile é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul. Em 2016, o intercâmbio comercial entre os dois países foi de US$ 6,962 bilhões. Entre os principais produtos da pauta de exportações brasileiras estiveram óleos brutos de petróleo, carnes, tratores e automóveis— destaca.

— No âmbito sul–americano, o Chile é parceiro fundamental do Brasil. Os dois países compartilham o entendimento de que as iniciativas de integração regional em curso podem ser convergentes e trabalham juntos para promover o diálogo entre a Aliança do Pacífico e o Mercosul— continua.

Brasil e Chile têm interesse comum, também, em aprimorar a infraestrutura regional. Entre os projetos nessa área, vale ressaltar o corredor rodoviário Porto Murtinho-Portos do Norte do Chile. Em dezembro de 2015, à margem da Cúpula do Mercosul, os presidentes de Brasil, Argentina, Chile e Paraguai assinaram a Declaração de Assunção sobre Corredores Bioceânicos, atribuindo prioridade à construção do referido eixo.

— Na relação bilateral há, ainda, grande potencial de cooperação em ciência e tecnologia, em operações na Antártida e em matéria de defesa— observa o Itamaraty.