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22/11/2018 - 07:58

Wilson Andrade é reeleito para o CC do Fundo Comum de Commodities da ONU

O objetivo do comitê é apoiar projetos em commodities que ajudem a criar emprego, aumentar a renda familiar, reduzir a pobreza e melhorar a segurança alimentar.

O empresário e diretor Executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Wilson Andrade, foi reeleito por mais dois anos (2019 e 2020) como membro do Conselho Consultivo (CC) do Fundo Comum de Commodities (CFC) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os membros do CC se reúnem na sede do CFC, em Amsterdam (Holanda), duas vezes ao ano, para análise de projetos apresentados por diversos países em desenvolvimento e têm, dentre outras, atribuições de aconselhar a Diretoria Executiva sobre prioridades e ações do CFC; e aprovar relatórios de projetos em andamento.

A próxima reunião acontece, entre 28 e 31 de janeiro de 2019, para análise dos projetos selecionados no edital encerrado em 30 de outubro. Um novo edital para seleção de projetos será publicado em março de 2019 para análise do CC em julho de 2019. “Com isso se amplia a oportunidade de financiamento para pesquisas e projetos de desenvolvimento de commodities na Bahia e no Brasil. Já conseguimos levar e aprovar um projeto da Bahia que recebeu apoio de US$ 1,5 milhão para projeto com cítricos no semiárido da Bahia”, informa Andrade.

Além disso, o representante brasileiro no CFC firmou uma parceria com a Unijorge e Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da Associação Comercial da Bahia (Comex-ACB) que compreende quatro etapas e visa a divulgação da oportunidade, capacitação de projetistas e acompanhamento de projetos locais. Num primeiro momento, professores e alunos dos cursos de Projetos e de Relações Internacionais vão formar grupos de estudo para conhecer os sistemas de priorização de projetos do CFC e até mesmo sugerir aperfeiçoamentos no processo de seleção, incluído critérios de avaliação social, ambiental, econômica, geográfica, por commodities etc. Em seguida, esses grupos, com o aprendizado do item anterior, farão treinamentos em elaboração projetos, incluindo modelos adequados às demandas da Bahia.

Depois, a Comex-ACB e Unijorge farão ampla divulgação junto às entidades empresariais (Faeb, Fieb, Fecomércio, ACB, Aiba, Abrapa, ABAF, Assocafé, sindicatos industriais, sindicados rurais, cooperativas etc.), aos agentes de desenvolvimento (bancos, Desenbahia, Sebrae, fórum das pequenas empresas da SDE, câmaras setoriais etc), aos agentes governamentais (Seagri, SDE, SDR etc.),na área nacional (CNI, CNA, CNC, academias, institutos de pesquisas, consultorias especializadas em desenvolvimento de projetos agro etc.), entre outros.

“Finalmente, a Unijorge e a Comex-ACB vão oferecer possibilidade de apoio na elaboração de projetos que, uma vez contemplados, terão auxílio na implantação e continuidade. O importante, também, é sensibilizar a sociedade baiana e nacional para esta nova oportunidade de financiamento para projetos de desenvolvimento de commodities”, explica Andrade.

“Esta parceria é uma oportunidade única para se conhecer, do ponto de vista técnico, as oportunidades que este organismo das Nações Unidas oferece para este setor. Um dos papéis da universidade é contribuir para o desenvolvimento local e a nossa intenção com este trabalho é justamente trabalhar nesta perspectiva. Esperamos que os participantes sejam agentes multiplicadores deste conhecimento e destas oportunidades. Ademais, contar com a contribuição de quem conhece bem do assunto, por fazer parte da equipe do CFC, é um privilégio”, declarou Matheus Souza, Coordenador do Bacharelado em Relações Internacionais da Unijorge.

Para o estudante Danilo C. Prates Pereira, este trabalho é extremamente proveitoso. “De uma maneira lúdica e assertiva, combinaram-se conhecimentos de história, economia, finanças, gerenciamento de projetos e atualidades nas vozes de grandes personalidades do meio acadêmico soteropolitano. A possibilidade de estarmos juntos de um dos membros do CFC faz com que a equipe entenda os parâmetros básicos para aprovação de projetos. Podemos ser embriões de uma grande parceria entre a instituição e o governo do estado da Bahia para a atração de investimentos que tragam desenvolvimento a nossa gente, reforçando as economias locais e o sentimento de pertencimento dos territórios de identidade”, disse.

Para Andrade, com a presença de um brasileiro no CC, a Bahia e o Brasil ganham pelo acesso às informações e pela maior interação entre os países no desenvolvimento de commodities. “A Bahia e o Brasil precisam se internacionalizar mais. O Brasil, por exemplo, participa com apenas 1% das exportações mundiais. E este esforço não pode ser só do Governo. Na participação do CC, temos a possibilidade de trazer informações importantes e, com isso, estarmos mais perto das oportunidades. E não apenas pela possibilidade de atração de financiamento, mas pela proximidade com outros fundos da ONU e de países-membros nas áreas sociais, ambientais e econômicas. Além disso, podemos levar à possíveis interessados as demandas da área do agronegócio – o setor que mais ajuda o Brasil a crescer”, explica o empresário.

Perfil — O CFC é uma instituição financeira intergovernamental autônoma estabelecida no âmbito da ONU e tem 101 Estados-membros, dentre estes o Brasil. Sua visão e missão incluem: contribuir para o crescimento social e econômico, o desenvolvimento sustentável, o acesso aos alimentos e a integração dos países em desenvolvimento com os mercados internacionais e regionais através da adição de valor sustentável a commodities e cadeias de valor relacionadas. Espera-se que o CFC seja um parceiro líder na operacionalização de atividades para commodities em países em desenvolvimento.

O CFC seleciona, aprova e apoia cerca de 12 projetos por ano com um compromisso indicativo de US$ 10 milhões. Cada projeto recebe de US$ 300 mil a US$ 1.5 milhão, com até sete anos de prazo de execução. São propositores elegíveis: instituições públicas e privadas, instituições de desenvolvimento bilaterais e multilaterais, cooperativas, organizações de produtores, pequenas e médias empresas, empresas de transformação e comercial e instituições financeiras locais.

Entre 2012 e 2015, o CFC aprovou 348 projetos no valor total de US$ 300 milhões atendendo demandas, inclusive do Brasil, de madeira, algodão, gado, juta, sisal, cacau, café, couro, batata, caju, chá, frutas, peixe, mel, milho, flores, bambu e leite. Os projetos devem ser financeiramente sustentáveis, escaláveis e com amplo impacto no desenvolvimento das partes interessadas nas cadeias de valor das commodities. Devem criar emprego, especialmente para jovens e mulheres; aumentar a renda familiar; reduzir a pobreza; melhorar a segurança alimentar e criar colaboração efetiva e econômica entre produtores, indústrias, governos, organizações da sociedade civil e outros interessados no desenvolvimento baseado em commodities.

Wilson Andrade — diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF) que congrega empresas produtoras de celulose, papel, mineração, energia, móveis e outras que utilizam madeira de florestas plantadas. É sócio controlador da Thoro International, com atividades de trading e investimentos em geral e consultoria nas áreas de recuperação de empresas e implantação de projetos pioneiros para a iniciativa privada e organizações governamentais. Na área internacional, prestou serviços de consultoria para a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), e é Professor de Economia Internacional e Comércio Exterior.

Outros cargos atuais: Cônsul Honorário da Finlândia na Bahia e em Sergipe; Presidente da INFO – International Natural Fibres Organization – Amsterdam; Vice-Presidente do Grupo Intergovernamental de Fibras da FAO; Fundador e Membro da Câmara Setorial de Fibras Naturais no Ministério de Agricultura; Ex-Presidente e Membro Permanente do Conselho Diretor da Associação Comercial da Bahia; Presidente da Bolsa de Mercadorias da Bahia; Conselheiro da Federação das Indústrias do Estado da Bahia; presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais da Bahia; Membro da Coalisão Empresarial Brasileira (Sindifibras).

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