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28/11/2018 - 09:17

Filhote de Seriema é monitorado pela comunidade do campus da Esalq

A Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) é privilegiada por ser moradia de varias espécies de animais. Nesse mês de setembro, ela foi contemplada com novos moradores: dois filhotes de Seriema.

No dia 5 de setembro, por acaso, um dos filhotes passou sozinho em frente ao Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação da Fauna Silvestre (LEMaC), do Departamento de Ciências Florestais (LCF) da Esalq. Os ornitólogos do laboratório, coordenados pela professora Kátia Maria Paschoalleto Micchi de Barros Ferraz, oportunamente, capturaram o filhote para fazer a marcação com uma anilha padrão metálica Cemave/Ibama e uma anilha branca em suas pernas.

“Fizemos essa marcação, pois temos um projeto chamado ‘Eu vi uma ave usando pulseira?!’ sendo executado no laboratório. Esse projeto tem como objetivo testar o envolvimento do público geral no monitoramento de aves em ambientes urbanos e rurais da região” disse um dos ornitólogos, Eduardo Roberto Alexandrino.

Segundo o pesquisador, a ideia é marcar as aves com uma anilha colorida, pois elas permitem que qualquer pessoa identifique de longe a ave marcada sem precisar capturá-la novamente, assim como fizeram com o filhote de Seriema, que é uma ave que a população tem certo carisma, de acordo com o ornitólogo.

“Embora o projeto tenha sido idealizado para aves florestais, quando vimos a Seriema não pensamos duas vezes e resolvemos testar se funcionaria na Esalq”, contou Alexandrino.

O objetivo principal da pesquisa é ver se o filhote vai crescer de forma segura em meio aos perigos do campus como gatos, cachorros e carros. Uma das preocupações dos pesquisadores é a “tranquilidade” dos filhotes, pois eles estão crescendo em um ambiente em que estão se acostumando com a presença de pessoas.

Assim que marcado, os pesquisadores soltaram o filhote no mesmo lugar que o capturaram e, no dia seguinte, espalharam nas redes sociais mensagens incentivando as pessoas a monitorar o filhote no campus. As mensagens obtiveram reações do público que contaram em seus comentários os locais em que viram o filhote junto com sua família.

“Foi uma baita surpresa ver o engajamento da comunidade esalqueana! Conseguimos juntar dados muito ricos com um baixo custo e em um curto período de tempo, algo muito difícil de realizar via métodos tradicionais da ornitologia”, relatou o pesquisador.

Foram mais de cinquenta alunos, funcionários e pessoas que passaram pelo campus durante o mês. Os relatos foram em pontos diversificados do campus como a Casa de Hóspedes, o gramado em frente do Edifício Central, no Departamento de Entomologia e Acarologia, entre outros.

De acordo com Alexandrino, a Seriema é comum nas áreas rurais da cidade. “Não sabemos se essa família que está no campus é a mesma que vivia nas áreas rurais da cidade ou se é uma nova família”, relatou o pesquisador.

Para ajudar na pesquisa, mande fotos da seriema com o local do campus em que foi encontrada e horário pelo e-mail [email protected] ou publique no grupo público da Esalq do Facebook https://www.facebook.com/groups/esalq/

Para saber mais sobre o projeto, o endereço: http://www.sibbr.gov.br/cienciacidada/#/portfolio/projetos/euviumaaveusandopulseira/ ou https://scistarter.com/project/18304-Did-I-see-a-banded-bird , na versão em inglês.

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