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29/11/2018 - 08:14

A arte de servir na era digital


Antes de todas as coisas, servir ainda é uma habilidade exclusivamente humana e depende do quanto o individuo está em unidade consigo mesmo. Por “unidade consigo” podemos definir como saber encontrar a si mesmo, saber se amar, entender a unicidade, a exclusividade e airrepetibilidade.

É inútil buscar fora para convencer os outros, a arte de servir é um projeto dentro de si, somente você faz como ninguém. É quando se faz algo com identidade, proporcionando uma experiencia única e dando uma dimensão de valor. É como o conhecimento, aumenta com a sua utilização, ou seja, quanto mais ensinamos, mais aprendemos.

Por exemplo, se o seu projeto de natureza é ensinar, você dará aulas autenticas, terá um jeito original de mostrar conteúdo de valor para os seus alunos. Depois, poderão ser tantos meios, e-Learning, YouTube, Quizlet, Skype, Instagram Live e etc. Entretanto são apenas meios.

Há muita confusão para identificar em si próprio este projeto interno único. De certa forma, esta cisão de si consigo mesmo é uma autossabotagem de se objetificar para ser aceito no meio em que se vive. Eu me anulo, pareço com todos e todos gostam de mim.

Este projeto interno único é simples de se perceber, é sempre aquilo que se faz sem a dimensão tempo espaço consciente. Em outras palavras, é uma ação que te envolve tanto que você não percebe que as horas passaram, não percebe a fome, o sono, o cansaço, a doença. Você simplesmente faz como se não houvesse outra coisa a fazer no mundo naquele momento.

Quero ressaltar a importância da palavra único na arte de saber servir. Porque é um, é uno, é uma coisa só que você faz como ninguém. Como nos ensinaram os antigos romanos: aquele que é extroverso em muitas coisas é inferior em cada uma delas. A vida, temos apenas uma. Enquanto se escreve uma carta não se consegue escrever contemporaneamente outras dez.

Na era digital — Estamos numa era de escala global, de pensamentos massificados, onde quantidade conta mais do que qualidade. Escrevo isso sem juízo de valor, apenas contextualizando o cenário digital. Ao certo, é um novo modelo de negócios que surge e parece ser inevitável.

Como consumidor digital, meu prezado leitor, atenção ao vício da vídeo-dependência. Ainda hoje observei atentamente um ônibus cheio e realizei que todos os passageiros, inclusive os que estavam de pé, estavam com um pequeno monitor na mão – smartphone – consumindo conteúdo rápido, leve e superficial.

Se isso te distrai, é uma consciência correta, pois geralmente serve apenas como distração. Se isso te influencia, aí temos um ponto: analises preditivas fundamentadas em comportamentos de dados históricos não irão substituir a intuição. Na prática, somente você sabe o que é melhor para si mesmo aqui e agora. Nenhum robô com inteligência artificial e com técnicas de aprendizado de máquina irá substituir a sua pessoal capacidade de escolher o melhor para si mesmo. Exceto se você se tornar um robô como comportamento e consciência, apesar de continuar humano.

De outro lado, se você quer servir e este modelo de negócios digital é um meio para a realização do seu projeto, podemos nos prevalecer com inteligência. Afinal, como o não compreendido Maquiavel nos ensinou, os fins justificam os meios.

Os autores do livro “Customização em Massa, 6 passos para conquistar o cliente”, Edward J. Fern, Norma S. Wolfe e Willian S. Postma, trazem-nos pensamentos de base para a compreensão de que – apesar de um meio massificado – cada pessoa impactada deve se sentir como se fosse uma experiencia exclusiva.

Na prática, seus meios de comunicação, produção e operação devem convergir para desejos individuais de consumidores que cada vez mais procuram experiencias personalizadas.

Por exemplo, uma aula pode ao mesmo tempo ser disponibilizada como videoaula, podcast e texto (artigo ou e-book). O que é importante compreender: os meios digitais estão disponíveis para todos, são meios competitivos igualmente entre todos, portanto seu diferencial será acompetência do conteúdo.

Conclusivamente, o bem-sucedido digitalmente terá foco em qualidade – a competência do conteúdo – e na quantidade através da capacidade de fazer relação com tantos meios, tantos influenciadores, tantos distribuidores do seu conteúdo.

Desejo-te sucesso em suas iniciativas digitais.

. Por: Fábio Camara, CEO da FCamara. | www.fcamara.com.br

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