Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

19/04/2008 - 09:28

Ibmec e Máquina Finance PR, Harrison Hong discute responsabilidade social em seminário

Em seminário promovido pelo Ibmec São Paulo e pela Máquina Finance PR, Harrison Hong fala dos desafios para medir os efeitos da responsabilidade social e critica os critérios adotados pelo mercado.

O volume de capitais investido em ações de responsabilidade social não pára de crescer em todo o mundo. De 2005 a 2007, os investimentos em sustentabilidade cresceram 18%. Os fundos globais que investem neste setor passaram de 55 carteiras em 1995 para 210 em 2005. Os números foram apresentados hoje, em São Paulo, pelo economista e professor de Princeton Harrison Hong. "O mais intrigante é que não há comprovação dos retornos para os acionistas deste tipo de investimento, mesmo assim é uma tendência inevitável", afirmou ele.

Para o especialista, os investimentos em responsabilidade social são uma espécie de bolha. "Tanto o empresário como o investidor estão indo nessa direção. Então, se hoje eu não invisto em sustentabilidade, no futuro a minha empresa pode valer menos que as concorrentes que investiram", aponta Hong. Por isso, hoje 1 em cada 9 dólares que são aplicados por investidores institucionais segue os princípios da responsabilidade social.

No Brasil, a situação não é diferente. Há 32 fundos de sustentabilidade e governança, com patrimônio de R$2,3 bilhões. "O Brasil foi um dos primeiros a criar um índice de sustentabilidade empresarial para as empresas listadas em Bolsa, o ISE", explicou o diretor de operações da Bovespa, Ricardo Pinto Nogueira, também presente no evento. Criado em 2005, hoje o índice representa 39,65% no valor de mercado da Bovespa.

Os critérios do índice são vistos com ressalva pelo professor de Princeton. "Os critérios para a seleção são subjetivos e o índice mistura governança corporativa com sustentabilidade, que são temas um pouco conflitantes", afirma Hong. Ele explica que "os interesses dos acionistas nem sempre são os mesmos dos demais públicos com os quais ele se relaciona". Apesar das críticas, Harrison Hong elogia a iniciativa do Brasil de se debruçar sobre o tema da sustentabilidade.

O seminário prossegue, na sede do Ibmec São Paulo, com palestras de José Olympio Pereira, do Credit Suisse; Luiz Fernando Resende, da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid); e Maria Helena Santana, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira