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08/12/2018 - 07:25

Museu do Amanhã inaugura a exposição "Futuro Comestível


Protótipos para uma nova alimentação".

Proposta da mostra desenvolvida pelo LAA explora novas formas de alimentação para tornar produção e consumo mais saudáveis e sustentáveis. Um dos protótipos apresentados será uma feijoada em cápsulas.

Especialistas apontam escassez de recursos naturais para um futuro próximo. Enquanto isso, a população do planeta Terra aumenta. Como iremos alimentar 10 bilhões de pessoas na década de 2050 com igualdade, qualidade e sustentabilidade? Com base nesse questionamento, o Museu do Amanhã apresenta Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação , a partir do dia 09 de dezembor (domingo). A mostra é resultado da residência artística de Chloé Rutzerveld, futurista de alimentação holandesa, no Laboratório de Atividades do Museu do Amanhã | LAA, com apoio do Consulado Geral dos Países Baixos.

A exposição explora novas formas de criar alimentos, com tecnologia de fabricação digital em que as comidas seriam montadas na ordem que são digeridas, usando menos recursos naturais (como terra, água e energia) e com menos desperdício, já que atualmente nem todos os nutrientes são absorvidos pelo corpo humano. O protótipo desse novo sistema alimentar utilizaria micronutrientes criados a partir de fungos e algas.

Com uma abordagem interdisciplinar, Futuro Comestível combina ainda aspectos de design e ciência. A partir do uso criativo de tecnologias como impressão 3D e encapsulamento, no futuro seria possível alimentar uma população cada vez maior e ainda oferecer formas altamente funcionais e customizáveis para necessidades ou objetivos nutricionais de cada um – como atletas, pessoas vulneráveis, astronautas, entre outros – mas claro, com um toque brasileiro.

De acordo com Marcela Sabino, diretora do LAA do Museu do Amanhã, um novo sistema alimentar abrirá portas para novas experimentações e para deixarmos de lado a percepção do que identificamos como comida. "O surgimento desses novos modelos influenciará diretamente na forma como os alimentos são fabricados, processados e chegam às nossas casas. Além disso, influenciará em nossa cultura alimentar, e até nos talheres e ferramentas que usaremos", afirma.

Cápsulas funcionais — Neste protótipo apresentado na exposição temporária, a comida seria montada em camadas, dentro de cápsulas que se dissolveriam na ordem em que os elementos são processados no nosso sistema digestivo. A cápsula básica teria cerca de cinco milímetros de diâmetro e seria construída a partir de níveis de cada nutriente: carboidratos, proteínas, lipídios e micronutrientes.

Outra forma seria utilizar o carboidrato como um invólucro, e no interior, em tamanhos menores, os demais nutrientes protegidos por uma membrana para que sejam digeridos no local designado no corpo. Dessa forma, a comida teria um aspecto mais similar ao prato original que conhecemos.

"A proposta é facilitar essa possível fase de transição, oferecendo comida que pareça mais familiar ao paladar, como uma feijoada, por exemplo. Ou seja, embora os ingredientes possam parecer aos de uma feijoada, todos os componentes seriam fabricados digitalmente a partir de nutrientes de origem alternativa, explica Marcela. "A maioria das pessoas absorve apenas 75% dos nutrientes que consome. Uma das razões disso pode ser atribuída à recorrente presença de alimentos processados em nossas dietas. Foi pensando nisso que esse trabalho propõe um novo modelo que proporcione uma digestão 100% eficient e, com um custo reduzido e sustentável para o planeta."

Criação de micronutrientes para cápsulas funcionais — Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação sugere dois métodos para a criação de micronutrientes: uma com a ajuda de microalgas e a outra usando fungos modificados, chamado de "carvão de milho". Nesses sistemas, os nutrientes seriam colhidos, desidratados, triturados e guardados em pó para a produção das cápsulas alimentares funcionais.

Spirulina, chlorella e scenedesmus são exemplos de microalgas que produzem macronutrientes adequados ao consumo humano. Além de fornecer carboidratos, proteínas e lipídios, também contêm antioxidantes e micronutrientes (vitaminas e minerais).

O outro método não-convencional seria desenvolver o cultivo, em grande volume, de milho, batata ou trigo para servirem como hospedeiros para fungos que contêm nutrientes. A inspiração para esse método vem do "carvão do milho", uma alteração causada pelo Ustilago maydis, um fungo parasita que se propaga pelas espigas do milho – e considerado uma iguaria no México, por exemplo. Para escalar essa produção, esses fungos poderiam ser modificados e cultivados em células climatizadas controladas, instaladas em edifícios abandonados.

"Em 2030, os agricultores vão cultivar proteínas e colher carboidratos em vez de cultivar gado e colher batatas", prevê Chloé.

A nova mostra temporária introduz a temática de alimentação, que será explorada ao longo de 2019 no Museu do Amanhã. Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação amplia ainda as discussões sobre alimentação, mencionadas na exposição Ofiskua 2068: Imaginando um Futuro do Trabalho, em cartaz na instituição carioca, especificamente nas áreas: Geladeira com gel especial asséptico, Smart Horta, Apiário Indoor e Impressora de Comida 3D.

O Museu do Amanhã é um museu de ciências aplicadas que explora as oportunidades e os desafios que a humanidade terá de enfrentar nas próximas décadas a partir das perspectivas da sustentabilidade e da convivência. Inaugurado em dezembro de 2015 pela Prefeitura do Rio de Janeiro, o Museu do Amanhã é um equipamento cultural da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, sob gestão do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG). Exemplo bem-sucedido de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, o Museu do Amanhã já recebeu mais de três milhões de visitantes desde a inauguração. Com patrocínio máster do Banco Santander e uma ampla rede de patrocinadores que inclui empresas como Shell, IBM, IRB-Brasil RE, Engie, Grupo Globo e Ins tituto CCR, o museu foi originalmente concebido pela Fundação Roberto Marinho.

O Instituto de Desenvolvimento e Gestão(IDG) é uma organização sem fins lucrativos especializada em gerir centros culturais públicos e programas ambientais. Atualmente, o IDG é responsável pela gestão do Paço do Frevo, em Recife, e do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, além de atuar como como gestor operacional e financeiro do Fundo da Mata Atlântica.

Futuro Comestível: Protótipos para uma nova alimentação, de terça a domingo, das 10h às 18h, no Museu do Amanhã, Praça Mauá, nº 1, Centro – Rio de Janeiro (RJ).

Feira do Lavradio terá edição extra de Natal

A segunda edição do mês será realizada no dia 15 de dezembro.

Não tem como negar, o clima do Natal já está no ar! E para celebrar esta data especial, a Feira do Lavradio terá uma edição extra de Natal!! Será no sábado (15 de dezembro).

A partir das 10 horas, as barraquinhas já tomarão conta da Rua do Lavradio com exposição de artesanato, obras de arte, antiguidades, vestuário, entre outros excelentes produtos apresentados por mais de 400 expositores. Com R$ 100 é possível encontrar todo tipo de presente na Feira do Lavradio. Os cadernos e agendas feitos à mão pelo artesão Albino Ursulino, da marca Arte Fatos da Vida, custam a partir de R$ 30. Já as camisas em estilo artesanal, feitas em fibra e super fresquinhas, da artesã Maria Cecilia Pintos, custam a partir de R$ 45. Os produtos decorativos feitos com madeira e ferro do artesão Carlos Oliveira podem ser encontrados por R$ 30. Na feira, há ainda produtos religiosos, máscaras artesanais, roupas infantis, brinquedos artesanais, bolsas e arranjos florais.

E quem vai abrilhantar o palco musical será o trompetista britânico Tom Ashe & banda, além dos talentosos músicos mirins do projeto Favela Brass, que se apresentarão com instrumentos de sopro e percussão. O show acontecerá a partir das 16h30, no espaço montado em frente à Praça Emilinha Borba (esquina da Rua do Lavradio com Rua do Senado).

Promovida pelo Polo Novo Rio Antigo há 22 anos, a Feira Rio Antigo é um dos eventos gratuitos mais prestigiados da cidade e chega a reunir até 30 mil visitantes em cada edição. O passeio pelo Centro do Rio Antigo é ainda uma excelente alternativa para os apreciadores de arquitetura, da boa gastronomia e de diversão. As lojas e restaurantes dos arredores também ficam abertos durante a realização da feira.

Feira do Lavradio – especial de Natal, dia 15 de dezembro (sábado), das 10h às 19hRua do Lavradio, entre a Av. Mem de Sá e a Av. Visconde do Rio Branco, Centro do Rio Antigo – Rio de Janeiro (RJ). Entrada grátis. Classificação livre. | A Feira no Instagram: @feiradolavradio

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