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12/12/2018 - 08:50

Os microinfluenciadores e a publicidade ao alcance das PMEs

Investimentos em publicidade eram, até pouco tempo atrás, algo exclusivo para grandes marcas. Ainda há quem pague por espaços caríssimos nos intervalos de programas de elevada audiência na TV e nas páginas de grandes jornais e revistas. Mas as mídias sociais mudaram significativamente o cenário, captando a audiência dos meios tradicionais e descentralizando a propaganda. Ao darem voz a quem não tinha espaço nas grandes mídias, esses canais criaram novas formas de alcançar grandes públicos ou nichos de mercado, democratizando e barateando o acesso de empresas a ações de marketing.

A Internet mudou a comunicação. Inicialmente, deu a um espectador, até então, passivo, poder de escolha e, principalmente, interação. As mídias sociais intensificaram esse movimento dando voz a esse público, que pode gerar e compartilhar conteúdo. Alguns aglutinaram legiões de seguidores ou se tornaram referências sobre determinados temas.

Esses são os influenciadores digitais, peças-chave nas atuais campanhas de marketing e propaganda. Marcas passaram a destinar quantias significativas a esses internautas. Conforme levantamento da Mediakix, este mercado movimentou US$ 4 bilhões no mundo e deve atingir US$ 10 bilhões em 2020.

Não é à toa que as verbas publicitárias migram para este segmento. Um estudo da PricewaterhouseCoopers, divulgado este ano, apontou que 77% dos brasileiros têm suas decisões de compra influenciadas por mídias sociais. Conforme a pesquisa, isso se dá a partir comentários e likes de seguidores e ou dos perfis das marcas.

Boa parte desses investimentos buscam as mesmas celebridades que a publicidade tradicional: atletas, apresentadores de TV, atores e músicos famosos, enfim, celebridades que acumulam milhões de seguidores em seus perfis. Estes chegam a cobrar centenas de milhares de reais de marcas que querem ser citadas em seus posts.

O marketing digital, então, também é apenas para quem tem muito capital para se divulgar? Não! Este mercado é formado, particularmente no Brasil, em sua maior parte por microinfluenciadores que podem ser assim classificados, a grosso modo, por terem até um milhão de seguidores. Alguns gozam de status de celebridade; outros, de prestígio e credibilidade quando tratam de determinados temas. Têm cachês infinitamente mais modestos, mas proporcionam visibilidade perante a públicos que, de fato, consomem determinados itens. Enfim, geram leads e conversões para as empresas.

A exposição que mais negócios irá gerar para, por exemplo, um fabricante de autopeças pode ser no canal do Youtube de um mecânico, e não no Facebook de um jogador da seleção. O último pode até tornar a marca conhecida por um público maior, mas não terá a credibilidade que o outro possui para falar das vantagens dos produtos da empresa.

É um poderio enorme, como a mesma pesquisa da PwC demonstra: dos entrevistados, 43% afirmaram ter conhecido marcas nas mídias sociais. E qual é o investimento? Quando as agências procuram os influenciadores, se deparam com os mais variados pedidos de cachês. Há desde os famosos, que cobram R$ 5 mil, aos que têm seguidores de nichos específicos, que chegam a pedir capinhas de celular por uma postagem. Dentro deste universo, as PMEs podem encontrar quem as divulgue desembolsando quantias que caibam em seus orçamentos.

. Por: Thiago Cavalcante, sócio-fundador da Inflr.

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