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13/12/2018 - 07:54

Instituto Butantan e a Merck Sharp and Dhome assinam acordo para fazer vacina contra dengue

Financiada pelo BNDES com apoio inicial de US$ 25 milhões, haverá transferência tecnológica de desenvolvimento e comercialização no exterior de vacina de combate à dengue. Butantan permanece como fornecedor exclusivo para o mercado brasileiro. Processo inovador diminiu custos com armazenagem e amplia potencial de distribuição da vacina.

O Instituto Butantan e a Merck Sharp and Dhome (MSD) assinaram no dia 12 de dezembro (quarta-feira), contrato de transferência tecnológica para desenvolvimento e comercialização, no exterior de vacina de combate à dengue. Com um pagamento inicial de US$ 25 milhões, o acordo é o maior do gênero firmado pela indústria farmacêutica brasileira.

Com apoio não reembolsável de R$ 120 milhões do BNDES por meio de duas operações, o Butantan desenvolveu uma vacina que está na fase III de pesquisa clínica, a última antes da solicitação de registro, além de um processo inovador de liofilização, com patente concedida em diversos países do mundo. Esta tecnologia consiste em transformar a vacina em pó, para ser reconstituída no momento da aplicação. Isso diminui o custo de armazenagem e torna mais simples seu transporte, beneficiando mais pessoas, especialmente aquelas que moram nas regiões mais distantes.

A iniciativa é o primeiro caso de retorno de recursos aplicados pelo BNDES Funtec: o contrato com o Butantan prevê a transferência, para o BNDES, de 5% das receitas obtidas com o acordo, inclusive com a comercialização da vacina no exterior. Está garantida, contudo, a exclusividade de exploração no Brasil pelo Instituto Butantan. Com isso, a vacina poderá estar disponível gratuitamente à população brasileira pelo SUS.

Além da remuneração pela comercialização da vacina que será desenvolvida pela MSD, o acordo estabelece uma série de parcerias tecnológicas entre as instituições, como troca de dados clínicos e acesso ao centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa norte-americana, o que pode contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas à saúde no Brasil. A doença — De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus da dengue atinge a marca de 390 milhões de infecções por ano, chegando a 96 milhões de casos com manifestação da doença. Suas formas mais graves levam à letalidade, especialmente em grupos vulneráveis, como idosos, crianças, grávidas e pessoas com o sistema imunológico debilitado.

No Brasil, o maior número de casos foi registrado em 2015, com 1,6 milhão de registros da doença e 863 óbitos. Em 2018, mais de 187 mil casos foram registrados até agosto. O combate à dengue envolve várias medidas preventivas e de controle do vetor, mas seu grau de eficácia é limitado e a vacina representa uma possibilidade real de prevenção da doença.

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