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13/12/2018 - 08:37

Doença arterial periférica: o que é e como se manifesta

A doença arterial periférica é o acometimento da circulação, principalmente abaixo do joelho e ocorre em consequência do estreitamento dos vasos sanguíneos arteriais, que levam o sangue para nutrir as extremidades do corpo, sendo mais comum acometer os membros inferiores.

A DAP (doença arterial periférica) atinge cerca de 10 a 25% da população acima dos 55 anos, sendo que aumenta com a idade. Cerca de 70 a 80% dos pacientes acometidos são assintomáticos, ou seja, não apresentam qualquer sintoma. Este fato pode retardar e até dificultar o diagnóstico precoce, ponto fundamental para o início do tratamento, tratamento este que melhora as chances de uma evolução positiva da doença. É mais frequente nos homens, mas também pode acometer as mulheres. (Dados da SBACV – Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular).

O principal sintoma da doença é a claudicação intermitente que se caracteriza da seguinte forma: o paciente ao caminhar uma certa distância sente dor, o que o obriga a parar, descansar, se recuperar e se ele voltar a caminhar, normalmente a mesma distância – ou para mais ou para menos– ele volta a sentir dor o que o obriga a parar novamente.

Isso ocorre devido ao acúmulo de placas de ateroma na parede dos vasos, ocasionando estreitamentos e obstruções, levando assim a dificuldade para o sangue circular para os tecidos dos membros.

O diagnóstico é feito em um exame clínico por um cirurgião vascular/angiologista, através de análise dessa circulação que consiste na apalpação dos pulsos. O médico verifica a diminuição e/ou a ausência dessa pulsação na artéria examinada. E após essa constatação pode pedir para ser realizado um ecodoppler arterial dos membros inferiores, confirmando o diagnóstico. Outro exame que também pode ser realizado é uma angiotomografia dos membros inferiores para ver exatamente como está a disposição ou a anatomia das artérias.

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença arterial periférica estão o diabetes, a insuficiência renal crônica e a hipertensão arterial que afetam bastante a estrutura dos vasos propiciando aumento de placas de ateroma. O próprio aumento do colesterol, que pode estar ou não ligado a dieta, ou ser uma tendência familiar é outro fator de risco e não podemos esquecer também do tabaco.

Entre os tratamentos disponíveis o mais comum é o tratamento clínico que consiste na eliminação dos fatores de risco que levam a piora dessa patologia, como por exemplo: tratar o diabetes, parar de fumar, controlar a pressão arterial e através de exame de sangue verificar as taxas do colesterol e se houver necessidade controlar a hipercolesterolemia. Esse é o tratamento geral. Vale também estimular a prática de exercícios como caminhadas e ter cuidados, principalmente para os diabéticos, para não machucar os pés, cuidados com as unhas, com infecções e com o tipo de sapato usado, por causa da perda de sensibilidade.

Além dessas medidas existem medicamentos que também podem ser usados de forma regular, como os vasodilatadores , que vão melhorar a circulação. Caso esses tratamentos não sejam eficientes e o paciente continue com dor, evoluindo no tipo de dor, ou seja, de claudicação ele passa a ter dor de repouso ou ainda apresenta um ferimento, podemos indicar um tratamento cirúrgico que são as revascularizações arteriais ou através da cirurgia endovascular que seria o implante de stent.

Vale lembrar que se o paciente sente dor nas pernas, fadiga nos músculos, câimbras, sensação de queimação é preciso procurar um médico angiologista/cirurgião vascular para um diagnóstico. Quanto mais cedo começar o tratamento, uma melhor qualidade de vida o paciente terá.

. Por: Dr. Ricardo Brizzi, angiologista e cirurgião vascular, é membro da Sociedade de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro e responsável pelo setor de cirurgia vascular e endovascular dos Hospitais Badim, Israelita e Norte D’Or.

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