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18/12/2018 - 06:10

Fundos multimercados e de ações representam 90% da captação líquida da indústria no ano

Juntas, as classes tiveram ingressos de R$ 57,5 bilhões.

São Paulo — Os fundos multimercados e de ações tiveram, juntos, captação líquida de R$ 57,5 bilhões, o que representa 90% do total alcançado entre janeiro e novembro de 2018. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais(Anbima), os ingressos líquidos no período chegaram a R$ 64,2 bilhões, contra a média de R$ 83,8 bilhões dos últimos cinco anos.

“Esse é um panorama novo, considerando o histórico da indústria, que ainda é bastante concentrada na renda fixa. O resultado reflete o movimento dos investidores por diversificação das carteiras, que ocorreu principalmente no primeiro semestre, na busca por rentabilidades maiores”, afirma Carlos André, vice-presidente da Anbima.

Mesmo concentrando parte da captação líquida no ano, os multimercados tiveram resultado inferior a 2017: foram R$ 34,1 bilhões em onze meses de 2018, contra R$ 100,8 bilhões no mesmo período do ano passado. Nos fundos de ações, o movimento foi contrário: R$ 23,4 bilhões entre janeiro e novembro deste ano e R$ 12,4 bilhões em igual intervalo de 2017.

A renda fixa acumulou a maior perda do ano, com resgates líquidos de R$ 13,7 bilhões revertendo a captação positiva de R$ 69,9 bilhões de 2017. “Começamos a ver uma retomada dos ingressos nesses fundos na segunda metade do ano”, diz Carlos André.

Em relação aos retornos proporcionados aos investidores, os fundos de ações se destacaram, seguindo o desempenho do Ibovespa. O tipo Índice Ativo (que tem como objetivo superar o desempenho do índice do mercado acionário) apresentou performance de 17% no ano, seguido pelo Ações Valor/ Crescimento (que busca retorno pela seleção de empresas cujo valor das ações negociadas esteja abaixo do preço estimado como justo e/ou aquelas com histórico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento), com 16,9%.

Entre os multimercados, o tipo Long and Short Direcional (que faz operações de ativos e derivativos ligados à renda variável, montando posições compradas e vendidas) teve a melhor rentabilidade da classe, de 12,8% no ano. Na renda fixa, os fundos de prazos mais longos apresentaram os melhores retornos, como o Duração Alta Soberano (que investe exclusivamente em títulos públicos federais de longo prazo), com performance de 12,1%.

Crescimento dos títulos privados nas carteiras — Os títulos privados de renda fixa estão crescendo mais do que os públicos na carteira dos fundos de investimento. Os papéis de empresas e bancos já acumulavam participação maior do que a registrada no fim do ano passado: 17,4% em outubro de 2018, contra 17,2% em dezembro de 2017. Mantido o resultado, este será o primeiro crescimento anual desde 2014, quando a participação desses títulos na indústria de fundos, que era de 25,2%, começou a cair diante da piora da atividade econômica.

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