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16/01/2019 - 08:03

Aumento das importações latino-americanas faz da região o principal destino do aço chinês, diz Alacero


Em novembro a China exportou 5,1 Mt de aço para o mundo. Deste volume, 730 mil toneladas vieram para a América Latina. A América Latina atinge 11% de participação nas exportações de aço da China. O volume de aço chinês importado de junho a novembro de 2018 é 28% maior que no mesmo período de 2017.

Alacero - São Paulo, Brasil — As exportações de aço chinês para o mundo - que incluem produtos laminados (tubos longos, planos e sem costura) e aços derivados (fio e tubos soldados) caíram 10% em relação ao mesmo período de 2017, totalizando 60,9 milhões de toneladas (Mt). Deste total, 55,4 Mt correspondem a produtos laminados e 5,5 mil toneladas a produtos derivados.

A América Latina representou 11% do total dessas exportações, aumentando sua participação em dois pontos em relação ao período de janeiro a novembro de 2017, tornando-se o principal destino das exportações chinesas. Desta forma, a Coreia do Sul foi deslocada para o segundo lugar (6,5 milhões de toneladas (Mt), 39% menos que no ano passado), enquanto o terceiro destino é o Vietnã (6,4 Mt, 11% menos que em 2017).

Em novembro de 2018 a China embarcou 730 mil toneladas de aço para a América Latina, dos quais 672 mil t corresponderam a laminados e 58 mil t a derivativos do aço. Este total é 26% superior ao registrado no mês de dezembro e 58% superior ao de novembro de 2017.

Até agora, neste ano, a região importou 6,6 milhões de toneladas de aço chinês, dos quais 6 milhões de toneladas correspondem a laminados do aço e 615 mil toneladas a derivados do aço. Esse total é 5% superior aos 6,3 milhões de toneladas (5,7 milhões de toneladas de laminados e 686 mil toneladas de aço derivado) registrados no período de janeiro a novembro de 2017.

O mais alarmante desses números é o crescimento expressivo das exportações para a região registrados a partir de junho. No período de junho a novembro de 2018, as exportações da China para o resto do mun- do contraíram 5% em relação a 2017, porém o caso da América Latina é muito diferente, já que no mesmo período a região importou um total de 3,9 Mt do aço chinês, 860 mil t mais que em 2017, registrando um aumento de 28%.

“Este é um número que deve reforçar e incentivar ações por parte de nossos governos para lidar com as importações chinesas caracterizadas, principalmente, por sua concorrência desleal”, disse Francisco Leal, diretor-geral da Alacero.

Além disso, convém destacar que América Latina é o principal importador de produtos derivados chineses, com uma participação de 12%, o que equivale a 686 mil toneladas. A região é seguida por Filipinas (370 mil toneladas, 7% do total) e Índia (321 mil toneladas, 6% do total).

Importações da China por região — Entre os países da América Latina, o Chile foi o principal destino do aço chinês, entre laminados e derivados, durante janeiro e novembro de 2018, recebendo 21% do total da região, ou 1,4 milhão de toneladas. A região da América Central ficou em segundo lugar, com 1,2 milhão de toneladas (17%); O Peru, com 977 mil toneladas (14%), o Brasil com 902 mil toneladas (13%) e a Colômbia, com 728 mil toneladas (11%), completam as cinco mais destacadas.

Nestes 11 meses, os países que aumentaram suas importações totais de aço da China em relação ao período de janeiro a novembro de 2017 foram Colômbia (29%), Brasil (15%) e Chile (13%). Por outro lado, aqueles que viram a maior queda em suas importações totais de aço da China em termos percentuais em comparação com janeiro a novembro de 2017 foram Venezuela (-87%) e Cuba (-53%).

Importações da China por produtos — 71% do total de produtos siderúrgicos, entre laminados e derivados, importados pela América Latina da China durante o período de janeiro a novembro de 2018 ficaram estáveis, atingindo 4,7 milhões de toneladas. Entre eles, destacaram-se pelo volume: . Chapas e bobinas de outras ligas (1,4 milhão de toneladas, 30% de aços planos importados da China) |. Galvanizados (1,2 milhões de toneladas, 25%) |. Bobinas a frio (700 mil toneladas, 15%).

A China exportou 1,1 milhão de toneladas de aços longos para a América Latina, representando 16% das exportações, concentradas principalmente em fio-máquina (542 mil toneladas, 50% de aços longos) e barras (415 mil toneladas, 39%).

Os tubos sem costura representaram 4% do total das importações de aço chinês, totalizando 241 mil toneladas. Por outro lado, os produtos derivados representaram 9% do total das importações de aço chinês que entraram na região com um volume de 615 mil toneladas, sendo 488 mil toneladas de tubos soldados e 127 mil toneladas de arame.

Perfil — Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, é a organização civil sem fins lucrativos que reúne a cadeia de va- lor do aço na América Latina para promover os valores da integração regional, a inovação tecnológica, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, responsabilidade corporativa e sustentabilidade socioambiental. Fundada em 1959, é integrada por mais de 60 empresas produtoras e coligadas de 19 países da América Latina e do mundo, cuja produção é próxima de 70 milhões de toneladas por ano. A Alacero é reconhecida como uma Organização Consultora Especial pelas Nações Unidas. | www.alacero.org

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