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05/02/2019 - 07:18

As mudanças que o Brasil precisa começam pelo mindset do governo

O último relatório Focus, apresentado em 31 de dezembro de 2018 pelo Banco Central, mostra que a expectativa de investimentos estrangeiros no Brasil em 2019 subiu de US$ 78,4 bilhões para US$ 79,5 bilhões. Já a estimativa do BC é que nosso PIB cresça 2,4%, mas condiciona isso à reformas e ajustes fiscais na economia brasileira.

O que esses dados mostram é que depois da retração dos últimos anos, com investimentos represados, principalmente nos setores de infraestrutura e tecnologia, é primordial que o novo governo apresente uma agenda favorável às reformas necessárias para que este cenário se torne realidade. Especialmente, para evitar novas dificuldades econômicas. Claro que este não é um processo fácil ou tranquilo, mas é necessário para evitar que tenhamos, inclusive, novos retrocessos.

Isso começa por uma mudança de mentalidade do próprio governo. Por exemplo, a cada ano que passa acompanhamos o lançamento de novos produtos e serviços que buscam acompanhar as necessidades de seus clientes. Esta é uma demanda dos próprios consumidores que buscam por experiências inovadoras e que estão cada vez mais exigentes e empoderados de seus direitos.

O jovem não tem interesse em adquirir um imóvel, pois prefere alugar algo mais próximo do trabalho e que seja mais acessível. Eles também não se preocupam em correr contra o tempo para conseguir a habilitação, já que preferem utilizar o serviço de aplicativos de transporte. Portanto, sendo o governo o principal prestador de serviços de um país, está mais do que na hora de se adequar a essa nova realidade. É preciso se modernizar.

Tamanha mudança social demanda por reformas profundas de sistemas como o judiciário, trabalhista, tributário e até mesmo partidário. A reforma tributária, por exemplo, passa por uma reformulação completa do orçamento. De acordo com o Impostômetro, em 2018, foram pagos R$ 2,388 trilhões em impostos no Brasil, um valor equivalente a 50 salários mínimos por mês durante 4,2 milhões de ano. Enquanto o setor privado investe e se prepara para esta nova realidade, os governos se mantêm estagnados, desatualizados e sem entender o momento em que estamos vivendo.

Em contrapartida, temos as tecnologias de conectividade, mobilidade e colaboração disponíveis e já sendo usadas pelos cidadãos e pelo setor privado. Hoje temos inovações como os sensores de IoT, que captam informações para apoiar a tomada de decisões, ou alimentar algoritmos de Inteligência Artificial, que permitem a previsão de tendências. As empresas estão ágeis e os governos precisam perceber esses recursos para reduzir cargas tributárias, melhorarem a relação com o cidadão e com os potenciais investidores no Brasil.

Outro exemplo é a gestão do sistema educacional do país. Veja como esta base de dados está fragmentada, já que cada instituição seja ela privada ou pública, detém para si o registro dos seus alunos. Quando o Ministério da Educação quer fazer uma avaliação, precisa aplicar a Prova Brasil ou checar dados do Enade e do Enem, que não mostram a verdadeira qualidade do ensino porque não são todos os estudantes que fazem as provas. Com uma base de dados integrada e padronizada, seria possível comparar e avaliar em nível nacional as melhores instituições, índices de frequência, notas de alunos, municípios com falta de professores e escolas ou faculdades. Assim, reparar e desenvolver a educação brasileira.

Mas, tudo isso demanda agilidade e a capacidade de antecipar comportamentos, tendências e tecnologias, para que os governantes se adequem à nova realidade. Caso contrário, nosso mercado vai ficar para trás.

As oportunidades e o momento estão aí! As cartas estão dadas.

O governo precisa fazer a sua parte e nós como cidadãos precisamos expressar opiniões construtivas e colaborar para que o resultado positivo seja atingido. Vamos todos trabalhar para que o Brasil não perca mais quatro anos.

Sobre Laércio Cosentino, membro fundador e presidente do conselho de administração TOTVS

Membro fundador e presidente do conselho de administração da TOTVS, maior empresa de software de gestão, plataforma e consultoria da América Latina, Laércio Cosentino, 57 anos, é formado em Engenharia Eletrotécnica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Sua carreira e história consolidaram-se no setor de TI, especialmente com a fundação da TOTVS em 1983. Desde então tornou-a líder absoluta no Brasil e presente em 41 países.

Hoje, Cosentino é um dos principais líderes do mercado brasileiro de software, ativo na defesa e fortalecimento da indústria de TI. Além de acompanhar a companhia, é vice-presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), vice-presidente do Conselho de Administração da B3, presidente do conselho da Mendelics, dentre outras atividades. | Perfil TOTVS — Provedora de soluções de negócios para empresas de todos os portes, atua com softwares de gestão, plataformas de produtividade e colaboração, hardware e consultoria, com liderança absoluta no mercado SMB na América Latina. Com aproximadamente 50% de marketshare no Brasil, ocupa a 24ª posição de marca mais valiosa do país no ranking da Interbrand. A TOTVS está presente em 41 países com uma receita líquida de mais de R$ 2 bilhões. No Brasil, conta com 15 filiais, 52 franquias, 5 mil canais de distribuição e 10 centros de desenvolvimento. No exterior, conta com mais 7 filiais e 5 centros de desenvolvimento (Estados Unidos, México, China e Taiwan). Para mais informações, acesse o website www.totvs. com.

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