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12/02/2019 - 06:40

Produção de laminados cresce 2% na América Latina e no Caribe, aponta Alacero

Consumo permanece estável enquanto a produção de aço bruto aumenta 1% em 2018.

Alacero- São Paulo, Brasil — Refletindo as melhores condições econômicas globais e regionais, o merca-do siderúrgico da América Latina e Caribe apresentou, em 2018, um aumento na produção regional de laminados e aços brutos, 2% e 1%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2017.Além disso, as importações apresentaram queda de 7,8%, afetando o consumo regional, que é suprido por 35% dessas importações. As exportações diminuíram 5% em 2018 comparado ao mesmo período de 2017. Por outro lado, a balança comercial permanece negativa, diminuindo seu déficit em 9% em relação ao período de janeiro a novembro de 2017. “A produção de aço está crescendo na América Latina, embora o consumo esteja estável. Atualmente, as impor-tações de laminados representam uma parte significativa do consumo da região (35%), o que traz desestímulos para a indústria local, fricções comerciais e coloca em risco empregos “, disse Francisco Leal, diretor-geral da Alacero.

Produção com pouco crescimento — Em 2018, a produção de aço bruto na América Latina atingiu 65 milhões de toneladas (Mt), 1% superior à registrada em 2017 (64,2 Mt). O Brasil é o principal produtor com 53% do total regional (34,7 Mt), aumentando 1% em relação a 2017. Embora o Brasil seja o principal produtor, a Argentina foi o país que apresentou a maior variação de crescimento acumulado, com 12% no ano.

Em dezembro de 2018, o volume produzido de aço bruto registrou 5 Mt, 5% menor que dezembro de 2017 e 5% inferior a novembro de 2018.No ano passado, a fabricação de laminados foi de 53,7M, 2% a mais que em 2017. Os principais produtores foram o Brasil com 23,1 Mt (43% do total da América Latina) e México com 19 Mt (35%) . Do total latino-americano em 2018, 49% correspondem a produtos planos (26,1 Mt), 48% a produtos longos (25,9 Mt) e 3% a tubos sem costura (1,7 Mt). Em dezembro de 2018, a produção de laminados fechou em 3,9 Mt, 8% menos que em dezembro de 2017 e 8% abaixo de novembro de 2018.

Consumo* de aço laminado foi estávelNos onze primeiros meses do ano, o consumo de laminados registrou 61,6 Mt, praticamente inalterado em relação ao período de janeiro a novembro de 2017 (61,6 Mt). Os principais países que aumentaram seu consumo, tanto em termos absolutos como em termos percentuais, foram o Brasil (1,4Mt e 8%), Argentina (47 mil e 1%), Equador (65 mil e 4%).Por outro lado, no mesmo período, México, Peru e Venezuela registraram quedas de 4%, 17% e 66% respectivamen-te. Em valor absoluto, a maior queda foi registrada no México que, mesmo com uma queda de 1.035 mil toneladas de planos continua sendo o país que mais consome aço na região. Atualmente, o México produz menos aço do que consome e ao eliminar, em 31 de janeiro deste ano, a salvaguarda de 15% das importações de aço originário de países com os quais não possui acordo de livre comércio, ficou indefeso. Com isso podem entrar milhares de produ-tos com preços de dumping que a médio e longo prazo vão freiar investimentos e empregos. Essa indústria emprega direta e indiretamente 800 mil trabalhadores.Do total latino-americano, 57% correspondem a produtos planos (34,9 Mt), 42% a longos (26 Mt) e 1% a tubos sem costura (893 mil toneladas).* Os dados de consumo são trabalhados com um atraso de dois meses devido a consolidação das informações por parte de cada país.

Balança comercial em déficit — Entre janeiro e novembro de 2018, a América Latina importou 21,5 Mt de laminados, 7,8% menor que o volume importado no mesmo período de 2017 (23,3 Mt). Deste total, 70% correspondem a produtos planos (15,1 Mt), 27,3% a longos (5,9 Mt) e 2,7% a tubos sem costura (589 mil toneladas).

As exportações latino-americanas de laminados alcançaram 9,1 Mt, 5,3% abaixo do registrado entre janeiro e novembro de 2017 (9,6 Mt). Deste, 44,4% correspondem a produtos planos (4 Mt), 41,8% a longos (3,8 Mt) e 13,8% a tubos sem costura (1,3 Mt).Durante o período de janeiro a novembro de 2018, a região registrou um déficit comercial em volume de 12,5 Mt de laminados. Este desequilíbrio é 9% inferior ao observado entre janeiro e novembro de 2017 (-13,8 Mt). O Brasil é o único país que mantém superávit em seu comércio de laminados, com um volume de 2,3 Mt. Contrariamente, o maior déficit foi registrado no México (-5,9 Mt). Seguiram-se a Colômbia (-2,2 Mt), o Chile (-1,4 Mt) e o Peru (-1,4 Mt).

Mercado em 2018 e início de 2019 — A associação disse que o aumento do consumo interno evitou grandes danos em 2018, causados pelas incertezas comerciais intercontinen-tais agravadas pelas medidas protecionistas norte-americanas, como a alta do dólar e a deterioração das moedas latino-americanas. Além disso, o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos da América, juntamente com desacor-dos comerciais, como com a China, aumentam o risco de uma recessão global na cadeia. Especialmente no México, houve um impacto significativo devido à aplicação de taxas derivadas da Seção 232 dos EUA. Desse modo, a grande tensão entre as principais economias mundiais enfraqueceu o sistema de exportação, deixando de ser a principal rota de crescimento econômico, provocando tensões comerciais na América Latina e no Caribe.

— Por outro lado, o ano de 2019 começou preocupando nossa indústria regional, já que no período de junho a novembro de 2018, as exportações da China para o resto do mundo contraíram 5% em relação a 2017. No entanto, no caso da América Latina foi muito diferente, já que no mesmo período a região importou um total de 3,9 Mt de aço chinês, 860 mil toneladas a mais que em 2017, o que representa um aumento de 28%. O total das importações chinesas avançou dois pontos percentuais na América Latina, que passa a receber 11% de todo o aço exportado pelo país, tornando-se seu principal destino. Neste sentido, temos que continuar enviando mensagens aos nossos governos para proteger a indústria local, já que, se esta tendência continuar, muito em breve seremos o grande mercado de exportação de aço da China— conclui a direção da Alacero.

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