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12/02/2019 - 07:08

SNA recebe governador e secretário de agricultura do Rio de Janeiro


Em encontro com o presidente da SNA, Antonio Alvarenga, o governador do Rio, Wilson Witzel, destacou a importância de destinar investimentos em infraestrutura para o escoamento da produção do agronegócio no Estado, incrementar as exportações via aeroporto do Galeão e reavaliar condições de propriedades improdutivas.

Os desafios para a retomada do desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio foram debatidos durante almoço realizado não dia 07 de fevereiro (quinta-feira) na Sociedade Nacional de Agricultura. A convite da SNA, o governador Wilson Witzel e o secretário estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, Eduardo Lopes, estiveram presentes à ocasião.

Na abertura do encontro, o governador fez um breve discurso sobre os primeiros dias de seu governo e destacou o empenho da nova administração para impulsionar o agronegócio fluminense. A meta, segundo Witzel, é fazer com que a participação do setor no PIB do estado salte dos atuais 3% para 10%.

“A agricultura, junto ao turismo, é essencial para equilibrarmos nosso PIB. O que eu preciso é que nós façamos uma rodada de conversas com o secretário para que tenhamos mais gente produzindo”, convocou o governador.

Ele informou que tem mantido conversas com produtores de todo o estado para ouvir suas demandas, e dentre elas destacou a dos criadores de aves do Vale do São José do Rio Preto. De acordo com Witzel, a maior dificuldade daquela região é o abastecimento da ração animal.

Oportunidades — Outro ponto abordado pelo governador foi a questão de terras improdutivas. “Temos muitas terras que estão aí paradas. Precisamos que os proprietários coloquem essas terras para trabalhar ou fazer um trabalho de venda de parte dessas terras para mais gente produzir”, declarou o governador.

Ainda na área de oportunidades para o setor agrícola, Witzel disse que irá viajar para a Alemanha com o propósito de “vender o Rio de Janeiro que os empresários precisam conhecer” e defendeu a utilização do aeroporto do Galeão como um importante hub para exportações e importações.

Além disso, o governador ressaltou a melhoria nos indicadores de violência do estado, com o aumento de apreensão de celulares em presídios, construção de novas unidades penitenciárias e a retomada do turismo fluminense.

Recuperação do estado: “É muito gratificante ver um governador cheio de energia e ideias novas. Temos de resgatar o Rio. Não podemos aceitar que o estado fique para trás. São quatro os pilares de sustentação do estado: segurança, saúde, educação e alimentos. Vamos torcer para que o Rio de Janeiro seja resgatado do descalabro em que se encontra”, disse o presidente da SNA, Antonio Alvarenga.

O secretário de Agricultura Eduardo Lopes citou números que ilustram um cenário preocupante: cerca de 70% dos alimentos consumidos no Rio não são provenientes do estado. “E de tudo que é produzido aqui, 70% vêm da agricultura familiar. Precisamos mudar isso”, defendeu Lopes.

De acordo com o secretário, há muitas ideias que precisam ser colocadas em prática. “Queremos aprimorar a legislação existente e criar novas, porque precisamos repensar questões importantes como a tributação em nosso estado”, disse Lopes, que revelou o apoio da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) para a criação de um plano importante para o setor.

“Quero me colocar à disposição de todos os representantes do setor do agronegócio para que, juntos, possamos tornar o Rio de Janeiro economicamente viável. Estamos trabalhando com as nossas empresas vinculadas e a FAO na criação do Plano Estadual de Desenvolvimento do Agronegócio, em que iremos atuar para alavancar a economia. O nosso estado, o nosso povo merece dias melhores”, concluiu.

Produção regional — Já o diretor da SNA, Alberto Figueiredo, disse que seria mais importante para o agronegócio estipular metas de participação da produção regional do setor no consumo fluminense, ao invés de focar na maior participação no PIB do estado. Ele também chamou a atenção para o fato de que as cooperativas do estado “estão jogando leite fora, mesmo respondendo por apenas 17% do consumo da região”. Segundo Figueiredo, empresas de outros estados estão se utilizando de brechas jurídicas para vender produtos locais no Estado do Rio com isenções fiscais.

Plano de logística — O diretor Chequer Abud Chequer destacou a relevância de o estado ter um Plano Diretor de Logística. Para ele, é importante que as futuras concessões levem em conta que as rodovias que têm maior volume e movimentação de cargas ajudem a subsidiar aquelas que têm menor tráfego, mas que são igualmente importantes para o setor.

Também participaram do encontro na SNA Ramon de Paula Neves, subsecretário de estado de Agricultura do Rio de Janeiro; José Luiz Zamith, secretário de estado da Casa Civil; os juízes federais Walner de Almeida Pinto, Fabrício de Castro e Mônica Nascimento; Hamilton Lopes, assessor de Comunicação da secretaria de Agricultura; Antonio Queiroz, presidente da Fecomércio RJ; os vice-presidentes da SNA, Hélio Sirimarco e Tito Ryff; os diretores da instituição Jorge Ávila, Antônio Freitas, Francisco Vilela, Frederico Grechi, Hélio Meirelles, Marcio Sette Fortes, Paulo Protásio, Rony de Oliveira e Sérgio Malta; o conselheiro fiscal Rui Otávio Andrade; Cristina Baran Alvarenga, editora da revista A Lavoura e Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA.

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