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01/03/2019 - 08:36

Pesquisadora do FGV IBRE analisa resultado do PIB do Brasil em 2018

A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) Juliana Cunha afirma que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro já era esperado, na reta final do ano, mas que anteriormente, as projeções do mercado indicavam crescimento três vezes maior. Segundo ela, a incerteza do período eleitoral e a greve dos caminhoneiros influenciaram o baixo desempenho do PIB.

"Além desses eventos, na reta final de 2018, sofremos ainda os efeitos da crise Argentina, que deverá passar por um ajuste fiscal. A exportação, principalmente de veículos, foi afetada, enfraquecendo um pouco nossa indústria. Afinal, o país é um parceiro comercial importante", analisa Juliana Cunha.

A economista do FGV IBRE ressalta que, após três anos de quedas, os investimentos cresceram 4,1% no ano. De acordo com Juliana Cunha, o número é muito bom, mas inspira cautela já que houve uma mudança na metodologia de cálculo. Plataformas de petróleo que já estavam em funcionamento foram incluídas no cálculo.

"Mesmo sem as plataformas o resultado seria positivo, mas bem menor. Para voltarmos ao mesmo nível do 1° trimestre de 2014, antes da recessão, os investimentos terão que crescer 35,9% acima do nível do 4º trimestre de 2018, considerando o cálculo realizado na série com ajuste sazonal", explica a pesquisadora do FGV IBRE.

2019 -— Juliana Cunha pontua que a FGV IBRE projeta crescimento do PIB em 2,1% no ano, puxado principalmente pela recuperação da construção civil, que já apresenta sintomas de melhora. "Ano passado, apenas a base de cálculo do setor registrava números negativos, enquanto todos os outros componentes do PIB vieram positivos. Este ano, o indicador da construção civil deve ser positivo na casa de 2%. Isso é um bom sinalizador porque desde que entramos em recessão, o setor apresentava queda. É animador porque alavanca o investimento e o mercado de trabalho, embora seja um crescimento vindo de uma base de comparação fraca", relata a pesquisadora do FGV IBRE.

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