Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

24/04/2008 - 10:34

Brasil está preparado para lidar com alta no petróleo e nos alimentos, diz Mantega

Brasília - O país está em situação “privilegiada” para lidar com as pressões internacionais sobre o preço do petróleo e dos alimentos, disse no dia 23 de abril (quarta-feira), o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o aumento da inflação será menor no Brasil que em outros países emergentes, como China, Índia e Rússia.

Mantega afirmou que o Brasil está menos vulnerável aos impactos do aumento no preço das commodities (bens primários com cotação no mercado internacional) por dois motivos: a auto-suficiência em petróleo e o fato de o país ser grande produtor e exportador dos alimentos cujas cotações estão em alta.

O ministro destacou que a política de preços da Petrobras, que não repassa automaticamente para o preço dos combustíveis as oscilações na cotação do petróleo, também contribui para amenizar os efeitos da escalada no barril do produto.

Segundo o ministro, a alta da inflação nos últimos meses deve-se principalmente a fatores externos. “O problema não ocorre somente no Brasil, mas no mundo todo”, alegou. “Mesmo assim, a pressão inflacionária aqui é menor que em outros países.”

Mantega não se pronunciou sobre o aumento dos juros básicos de 11,25% para 11,75% ao ano, anunciado na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Ele afirmou que as razões para a alta estarão na ata do Copom, que será divulgada amanhã (24) e negou qualquer divergência com as autoridades monetárias.

“Cada um faz o seu trabalho. O Banco Central cuida da inflação e o Ministério da Fazenda trata da parte fiscal”, declarou o ministro. “Esse trabalho não tem impedido o país de crescer de forma sustentável e se distinguir dos outros em meio às dificuldades na economia mundial.”

Mantega negou ainda que o governo pretenda aumentar novamente a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para investidores estrangeiros. “Não há estudo em curso no ministério sobre isso nem sobre qualquer medida cambial”, assegurou o ministro, ao sair da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

A cobrança de 1,5% de IOF sobre as aplicações de estrangeiros em renda fixa e em títulos do governo foi uma das medidas anunciadas pela equipe econômica em março para conter a queda do dólar. O pacote cambial também teve medidas para prevenir a entrada da moeda norte-americana no país, como a possibilidade de que os exportadores mantenham no exterior todos os recursos das vendas externas.| Por: Wellton Máximo/ABr

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira